ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Ambiental
Autores
R.s. Silva, S. (IFPB CAMPUS JOÃO PESSOA)
Resumo
Este trabalho tem como objetivo o estudo dos impactos ambientais causados durante o manuseio, armazenamento e transporte do coque verde. O coque é um combustível solido que atualmente vem sendo importados da Venezuela, Estados Unidos e Golfo do México, e sua entrada no estado despertou o interesse da indústria local por ser uma fonte de energia alternativa barata e de alto poder calorífico, mas vem sendo alvo de criticas e desconfianças por parte da população local, pois acham que o transporte manuseio e armazenamento do produto podem causar sérias doenças. Mostraremos aqui que de acordo com o porte do estado e da cidade poderemos implantar medidas de preservação da saúde da população e preservação ambiental para que não tenha riscos de causar um problema de saúde e ambiental.
Palavras chaves
Sustentabilidade ; Meio Ambiente; Coque Verde
Introdução
O petróleo é uma poderosa fonte de energia e através do processo de refino, podem ser obtidos uma série de produtos derivados que são utilizados em aplicações diversas. Esta operação gera um resíduo denominado de coque de petróleo, e que no início do século XX era simplesmente descartado. Atualmente o coque é uma alternativa ao uso carvão mineral. Ele é composto basicamente de carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre, cloretos e oxigênio. Na queima do coque em alto forno há a liberação de enxofre e nitrogênio que podem ser canalizados para movimentar turbinas gerando energia elétrica.Preserva-se assim o meio ambiente destas impurezas do processo e se poupa o uso de carvão mineral da natureza. A busca por fontes alternativas de energia é muito discutida atualmente e a busca por reaproveitamento energético é amplamente aceito. No caso do petróleo, há um resíduo sólido que é amplamente utilizado em ambiente industrial e em termelétricas que é o coque de petróleo. Ele é um produto sólido com 90 a 95% de sua composição de carbono e é resultante do processo de destilação a vácuo do petróleo. Pode ser obtido a partir do craqueamento térmico e sua granulometria varia de 0 a 75 mm e é conhecido no Brasil como petrocoque (petcoke do inglês)( C. Cardoso, 2006).
Material e métodos
Trabalho realizado através de revisões bibliográficas, consultas a dados disponíveis em empresas do setor e demonstrações exemplos de utilização da Cogeração de energia em algumas empresas no mundo. Os procedimentos metodológicos adotados tiveram como base a pesquisa bibliográfica e verificação comparativa da sustentabilidade da queima do coque verde de petróleo aliada ao equipamento mais adequado para contenção das substâncias resultantes da combustão, para isso foram realizadas algumas etapas como realização da pesquisa bibliográfica, desenvolvimento da fundamentação teórica estudo dos impactos causados na queima do coque e por ultimo analise e interpretação dos dados.
Resultado e discussão
O material resultante da queima de qualquer combustível está intimamente
relacionado com a sua composição química. Os gases poluentes e materiais
particulados contidos nas emissões e os resíduos da queima dependem do
combustível e do sistema de combustão utilizado. Estes poluentes devem ser
removidos em parte ou no todo, para que os gases possam ser liberados na
atmosfera exterior devidamente dentro dos padrões estabelecidos pelos órgãos
ambientais, ou seja, sem que ofereçam riscos à saúde das pessoas e danos
ambientais. Os equipamentos que possuem essa finalidade são: Filtros,
Coletores de poeira, Lavadores de gazes e queimadores. Para o controle de
material particulado existem muitas tecnologias e algumas delas bastante
antigas e tradicionais. Entre as tecnologias mais aplicadas em escala
comercial tem-se os ciclones, os precipitadores eletrostáticos e os filtros
de manga, Ciclones ou coletores centrífugos, São equipamentos para controle
de material particulado onde ocorre a separação sólido-gás devido a força
centrífuga aplicada às partículas. De um modo geral os ciclones são mais
eficientes para retenção de grandes partículas, pois para pequenas
partículas a eficiência de separação cai consideravelmente para menos de
90%. Para resolver esse problema, dimensionam-se ciclones de cilindro e cone
de grande comprimento em relação ao diâmetro elevando de forma considerável
sua eficiência. Para o controle das emissões de SOx na combustão, recomenda-
se a combustão em leito fluidizado, que utiliza geralmente o calcário como
solvente para capturar o enxofre no próprio leito durante a queima.
A legislação ambiental, em diversos países, proíbe a queima de substâncias
ricas em enxofre que pode provocar chuva ácida.
Conclusões
combustão do coque verde de petróleo não pode gerar criticas ou desconfianças pois já exitem tecnologias sendo aplicadas, tais tecnologias são empregadas atualmente em todo o mundo, principalmente nos países desenvolvidos que dependem deste combustível como fonte de energia por fazer parte de uma cultura de consumo de sólidos energéticos. Além disso, tais tecnologias podem controlar as emissões de poluentes até mesmo abaixo dos padrões definidos em lei.
Agradecimentos
Referências
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http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema003/solidos/coque/altern.html