ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Iniciação Científica
Autores
Buriti, F.J. (IFRN) ; Medeiros, A.J.D. (IFRN)
Resumo
Análises palinológicas são realizadas para identificar as plantas que mais são visitadas pelas abelhas africanizadas (A. mellifera). O objetivo deste trabalho foi conhecer através de análise microscópica, os tipos polínicos dos pólens coletados nas colmeias africanizadas na CETAPIS localizada na UFERSA no município de Mossoró/RN, Semiárido brasileiro. Para tanto foram realizadas imagens de amostras de pólen apícola acetolisadas. A identificação palinológica ainda está em processamento.
Palavras chaves
Abelha; Pólen; Identificação
Introdução
O pólen é o gameta masculino das flores das plantas, sendo produzido pelas anteras e atraído pelo ovário com o objetivo de garantir a fecundação e consequentemente a reprodução da planta, assim como a sobrevivência da espécie. Os pólens são formados por minúsculos grãos (50 μm) com formas e cores diversas, e normalmente com forma esférica. O pólen apícola é recolhido pelas abelhas e levado para o interior da colmeia, sendo utilizado na preparação do alimento das larvas jovens, devido ao seu alto valor nutritivo (NOGUEIRA, 2012). Sua composição é muito variada em função da espécie floral e localização geográfica, sofrendo, também, a influência da idade, das condições nutricional da planta e do meio ambiente, entre outros (PORTELA e GALLEGO, 1999 apud FERREIRA, 2012). Segundo Almeida (2003) as abelhas realizam a visita as flores para suprirem suas necessidades nutricionais. O pólen e o néctar encontrado nas flores constituem basicamente sua única fonte de alimento, sendo que o pólen é fonte concentrada de proteína e o néctar importante fornecedor de energia, contendo sacarose, frutose e glicose. Os grãos de pólen fornecem informações importantes como, por exemplo, a origem botânica e geográfica dos produtos apícolas e essas informações auxiliam no conhecimento da flora, já que a composição palinológica do pólen apícola é um reflexo da flora local ao redor das colmeias (Diaz-Losada et al., 1998 apud ALVES, 2013, p. 14). Partindo dessas premissas, o presente trabalho tem como objetivo identificar os tipos de pólens através de analises em microscópico óptico.
Material e métodos
O trabalho tem como estudo, fazer análises em pólen apícola, com o intuito de identificar através da análise microscópica, de quais plantas eram coletados os pólens pelas abelhas africanizadas (A. mellifera), quantificadas em 500 pólens. A partir daí, foram realizadas coletas em cinco colméias de abelhas africanizadas da CETAPIS, localizada na Universidade do Semiárido (UFERSA) na cidade de Mossoró/RN. Após colhidas, as amostras foram levadas ao Laboratório de Pesquisa do IFRN, realizada a limpeza dos pólens, secagem em estufas e armazenadas no freezer a -22 ºC e 14 ºC (utilizando o método de Roulston et al., 2000). Para a determinação dos tipos polínicos, foi realizado o processo de acetólise, para identificar os grãos, quantificados na contagem de 500 pólens por amostra. Todas as amostras acetolisadas, foram lavadas em tubos falco com água destilada e montadas em 3 lâminas não permanentes por amostra e levadas para microscópio óptico para visualização.
Resultado e discussão
Nas análises polínicas, é possível visualizar diversas imagens de pólens
coletados pelas abelhas. Esses pólens apresentam diversos formatos: rugosas,
circulares, lisas, ovoides, segmentadas, entre outras.
Com o Microscópico Eletrônico de Varredura (MRV), podemos observar de forma
ilustrativa os pólens como nos mostra a figura 1.
O trabalho de identificação foi realizado utilizando uma palioteca montada
pela UFERSA. Sendo assim, podemos afirmar que através de uma análise em
microscópico óptico, quantificadas em 500 pólens em triplicadas de laminas
por amostra, podemos ter a definição de quais plantas estão sendo coletados
os pólens. Dessa forma, nos possibilita ressalta o florestamento entorno do
apiário, que por se tratar de uma região Semiárida, sua vegetação nativa é a
predominante da caatinga.
Até o presente momento, como as análises feitas no Laboratório de Pesquisa
do IFRN precisa de uma confirmação da identificação palinologica, que estar
sempre visto no Laboratório de Pesquisa da UFERSA, não é possível concluir a
identificação apenas com as imagens do MRV, por se tratar de imagens
ilustrativas.
Figura 1 - Formatos ilustrativos do Pólen Apícola do MRV Fonte: Arquivo pessoal, 2015
Conclusões
No presente estudo as amostras apresentaram diversos formatos de pólens. Sendo assim, isso representa a visita das abelhas em diferentes tipos de plantas.
Agradecimentos
Ao IFRN- Campus Ipanguaçu, e a orientadora
Referências
1NOGUEIRA C. M. P. Instituto Polínico de Bragança, Escola Superior Ágraria, Bragança, 2012.
2FERREIRA . R .C. Avaliação das características físico-químicas e microbiológicas do pólen da Melipona scutellaris Latreille submetido a diferentes processos de desidratação. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia -Faculdade de Farmácia, Salvador, 2012.
3ALEIDA, D. Plantas Visitadas por Abelhas e Polinização - ESALQ – Divisão de Biblioteca e Documentação, Ed .Especial, Piracicaba, 2003.
4ALVES, R. F. Análise palinológica do pólen apícola produzido no estado de Sergipe, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Biológicas - Programa de Pós-Graduação em Botânica, Feira de Santana, 2013.
5BRASIL. Instituto Nacional de Metereologia - INMET, Brasília, 2015.
6BURITI, Francisca Janekely. Registro das imagens do Microscópico Eletrônico de Varredura. Foto. 2015.
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