ISBN 978-85-85905-15-6
Área
Iniciação Científica
Autores
Cole, H.L.A. (UEG) ; Silva, D.S. (UEG) ; Santos, M.H. (UEG) ; Neves, P.L.F. (UEG) ; Menezes, A.C.S. (UEG)
Resumo
Com a procura em obter substâncias ativas de plantas, o principal aspecto a ser observado, consiste nas informações da medicina popular. É senso comum que é muito mais provável encontrar atividade biológica em plantas orientadas pelo uso na medicina popular, do que em plantas escolhidas ao acaso (YUNES, 2001). As Artemias salinas adultas podem alcançar a maturidade sexual em apenas 2 semanas quando a temperatura ambiental supera os 25°C (ARANA, 1999). O presente trabalho foi realizado testes microbiológicos com náuplios, primeiro estágio de vida, remanescentes de óvulos de Artemia colocados para eclodir em água salina, no método aperfeiçoado para testar pequenas concentrações de extrato bruto da planta. Verificando-se a ausência de citotoxidade.
Palavras chaves
Citotoxidade; Odontadenia lutea; Artemia salina
Introdução
O emprego de plantas medicinais na recuperação da saúde tem evoluído ao longo dos tempos, provavelmente utilizadas pelo homem das cavernas, até as formas tecnologicamente sofisticadas da fabricação industrial utilizada pelo homem moderno (LORENZI et all, 2000). O uso das plantas para fins medicinais tem despertado um grande interesse pelo conhecimento da composição química das plantas (SIMÕES, 2001).Dos vegetais são extraídas várias substâncias, e grande parte delas responsáveis pela aplicabilidade na alimentação e na saúde. Isto tem sido estímulo ao desenvolvimento do estudo de muitas plantas, dentro do âmbito da química orgânica, objetivando o estudo das estruturas e da química destes compostos que é extremamente ampla e diversificada (SANTOS, 2002). Quando se procura obter substâncias ativas de plantas, um dos principais aspectos a serem observados consiste nas informações da medicina popular. Já é senso comum que é muito mais provável encontrar atividade biológica em plantas orientadas pelo uso na medicina popular, do que em plantas escolhidas ao acaso (YUNES, 2001). Para a determinação da atividade biológica, é necessário verificar a citotoxidade do extrato, cujo melhor método da-se frente à náupilos de Artemias salinas. As Artemias adultas podem alcançar a maturidade sexual em apenas 2 semanas quando a temperatura ambiental supera os 25°C ou em 1 ou 2 meses quando as temperaturas são baixas e podem viver 2 a 4 meses (ARANA, 1999). No ciclo de vida da Artemia podem se distinguir 4 estágios morfológicos de desenvolvimento: náuplio, metanauplio, pré-adulto e adulto.
Material e métodos
PREPARAÇÃO DOS EXTRATOS: As folhas foram coletadas e secadas em uma estufa com circulação de ar, a 40°C, por 36 horas, e posteriormente triturada. Após essa etapa, foi realizada a extração exaustiva utilizando etanol P.A , por 30 dias. O solvente foi filtrado e teve seu volume reduzido em um rotoevaporador sob pressão reduzida e foi obtido o extrato bruto etanólico (O.L.F.E.), extrato verde escuro e viscoso. Preparo das Artemias salinas: As larvas de Artemias salinas foram colocadas para eclodir em um funil de separação grande, denominado no procedimento de Artemilheiro. Os ovos de alta eclosão foram colocados no funil juntamente com uma solução de água doce filtrada e sal mineral marinho, uma concentração de 40% (m/v) e extrato de levedura. No Artemilheiro foram colocados os ovos de alta eclosão, deixados a uma temperatura ambiente num período de 36 horas, com aeração constante. As larvas foram capturadas com o auxílio de uma fonte luminosa e captadas em uma placa de petri. Testes De Citotoxicidade Dos Extratos Em Artemias salinas: Os extratos foram solubilizados a uma concentração de 2000 μg/mL. A partir de cada solução padrão, foi retirado três alíquotas, que diluídas em água salina, tiveram suas concentrações diminuídas. Além do teste com as três concentrações de extratos diferentes, foi realizado o chamado teste de controle positivo, com K2Cr2O7(Dicromato de potássio), e com DMSO 5% e deixado durante 24 horas para a avaliação da toxicidade. Os náuplios foram contados novamente após o prazo experimental de 24 horas. ANÁLISE ESTATÍSTICA: A fundamentação estatística da citotoxicidade dos extratos em teste microbiológico com Artemias salinas baseiam-se nos cálculos de DL50, com analise de PROBIT,analisado no programa BioStat 2009.
Resultado e discussão
As plantas da família Apocynaceae caracterizam-se quimicamente por
apresentar em sua composição alguns metabólitos secundários que possibilitam
uma bioatividade ressaltando a citoxidade dos extratos em Artemias salinas.
As frações obtidas a partir da partição com celulose microcristalina
possibilitou a análise das citoxidade dos extratos vegetais frente a
linhagem de náuplios de Artemias salinas com três concentrações dos extratos
vegetais da casca do caule, que foram diluídos em DMSO 5% . As concentrações
de 1000 μg/mL, 100 μg/mL e 10 μg/mL, que foram obtidas das soluções padrões
de 2000 μg/mL, resultaram-se provenientes de 5,0 miligramas de cada extrato
e foi observado que nenhuma das frações apresentou o resultado segundo a
FIGURA 1.
A análise de PROBIT foi gerado gráficos de letalidade, indicando a
quantidade de artemias mortas pela percentagem e a dosagem a ser utilizada
para matar essa quantidade, conforme a FIGURA 2.
A partir desses dados, é possível verificar a concentração ideal para que
haja a letalidade de 50% das artemias, frente a cada extrato e também se
pode propor a dosagem para que haja uma letalidade de 100%.
ANALISE DE DL50 DOS EXTRATOS DA FOLHA
ANALISE ESTATISTICA (PROBIT) PARA OS EXTRATOS FRACIONADOS
Conclusões
Observando os resultados obtidos, observamos que os extratos fracionados não apresentaram citotoxidade alguma frente a Artemia salina. Com os resultados obtidos, serão feitos novos testes frente a células in vitro e in vivo, e também analises para novas técnicas de agricultura. Serão realizados, caso haja resultados positivos, processos para elucidação dos compostos, a fim de se buscar substância inibidora tumoral, e inibidoras agrárias.
Agradecimentos
Agradeço à CAPES, FAPEG, PrP - UEG.
Referências
CARDOSO, I. N. Plantas tóxicas no perímetro urbano de Caxias, Maranhão. Monografia apresentada ao curso de Especialização em Educação Ambiental, CESC-UEMA, 2004.
IGARASHI, M. A. Pubvet, V. 2(31), Ed.42, Art. 386,2008.
NASCIMENTO, J.E.; MELO A.F.M.; LIMA, T.C.; VERAS FILHO, J.; SANTOS, E.M.1; ALBUQUERQUE, U.P.; AMORIM, E.L.C. Estudo fitoquímico e bioensaio toxicológico frente a larvas de Artemia salina Leach. de três espécies medicinais do gênero Phyllanthus (Phyllanthaceae). Ver. Ciênc. Farm. Básica,29(2): 145-150, 2008.
PISUUTTHANAN, S.; PLIANBANGCHANG, P; PISUTTHANAN, N.; RUANRUAY, S.; MUANRIT, O. Brine Shrimp Lethality Activity of Thai Medicinal Plants in the Family meliaceae. Naresuan University Journal, 12: 13-18, 2004.
KRISHNARAJU, A. V.; RAO, T. V. N.; SUNDARARAJU, D.; VANISREE M.; TSAY, H.S.; SUBBARAJU, G. V. Assessment of Bioactivity of Indian Medicinal Plants Using Brine Shrimp (Artemia salina) Lethality Assay. International Journal of Applied Science and Engineering, 3,2: 125-134, 2005.
RAHMAN, Atta-ur; CHOUDHARY, M. Iqbal; THOMSOM, W. J. Bioassay techniques for drug development, Harwood academic publishers, 2001.
YUNES RA, Pedrosa RC, Cechinel Filho V 2001. FÁRMACOS E FITOTERÁPICOS: A NECESSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DE FITOTERÁPICOS E FITOFARMACOS NO BRASIL. Química Nova l: 147-152