ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Produtos Naturais
Autores
Moura, K.S. (UNEAL) ; Cunha, A.L. (UNEAL) ; Farias, J.C.B. (UNEAL) ; Santos, A.F. (UNEAL) ; Silva, J.C.S. (UNEAL)
Resumo
A espécie Mimosa caesalpiniaefolia Benth conhecida popularmente como sabiá, é uma leguminosa pertencente à família mimosácea (leguminosae mimosoideal) nativa do nordeste brasileiro. Apresenta um alto potencial farmacológico e medicinal, sendo amplamente utilizada pela população no tratamento de diversas enfermidades, tais como: bronquite e feridas traumáticas. Age no organismo humano como um antioxidante natural, combatendo o excesso de radicais livres e retardando o envelhecimento celular. Dessa forma é importante determinar o potencial de atividade antioxidante que o extrato etanólico das folhas da espécie Mimosa caesalpiniaefolia possui. A determinação da atividade antioxidante foi realizada através dos métodos DPPH, FTC (Tiocianato Férrico) e determinação de compostos fenólicos.
Palavras chaves
Sabiá; Peroxidação; Antioxidante
Introdução
O uso de plantas medicinais para o tratamento de injurias ou doenças faz parte do convívio humano desde os primórdios das civilizações. Não se pode precisar com exatidão a origem da fitoterapia, mas desde a antiguidade o homem aprendeu a conhecer as plantas e tirar proveito de suas propriedades curativas. Diferentes culturas dos mais distintos lugares, desenvolvidos ou não, conhecem e utilizam o potencial terapêutico dos vegetais no tratamento de diversas doenças (SILVA,et al., 2012). Neste contexto, plantas que apresentam atividade antioxidante são de grande interesse visto que a presença de radicais livres está associada a diversos fatores como mutação do DNA, oxidação de proteína e peroxidação lipídica (SANTOS et al., 2010). A mimosa caesalpiniifolia benth é comumente utilizada como: anti-helmíntico, anti-inflamatório, adstringente, colestérico, anti-hemorrágico, diurético e analgésico. Dentre os vários compostos presentes nessa espécie destacam-se os antioxidantes que agem no organismo humano retardando ou prevenindo a oxidação das células. Diante do que foi exposto o trabalho teve como objetivo estudar o potencial antioxidante presente no extrato etanólico das folhas da espécie Mimosa caesalpiniaefolia Benth.
Material e métodos
A avaliação da capacidade antioxidante, do extrato etanólico da folha do sabiá, sucedeu-se por meio da captura do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril- hidrazila), onde a amostra foi avaliada a partir de seis concentrações (100, 200,300, 400, 500 e 600µg/ mL), para cada concentração foi realizado (em triplicata) soluções com 2,5mL da solução estoque e 1mL da solução etanólica de DPPH e ainda soluções (branco) que consistia em 2,5mL de etanol 99% e 1mL da solução de DPPH; após a conclusão do teste as absorbâncias foram analisadas e assim identificando o percentual de atividade antioxidante da amostra. Para uma maior conclusão, sobre o potencial de retardar uma reação oxidativa, o extrato etanólico da amostra vegetal foi submetido a análise pelo método FTC; utilizando uma solução estoque da amostra e outra solução estoque contendo o BHA. Após a análise do FTC, foi possível realizar o método TBA; e ainda foi relevante a identificação da quantidade de compostos fenólicos pelo método Folin-Ciocalteau.
Resultado e discussão
Diante dos testes realizados, foi perceptível a capacidade do sabiá ser utilizado
de forma terapêutica, pois a amostra vegetal apresentou um bom percentual de
atividade antioxidante, atingindo mais de 59% de atividade captadora do radical
DPPH. E comparando-se a com a capacidade, inibitória da lipoperoxidação, do BHA
com o extrato etanólico do sabiá é visível seu potencial de ser utilizado como
antioxidante. E através do método Folin-Ciocalteau identificou uma quantidade de
0,12165875 mg equivalentes de ácido gálico.
Conclusões
Diante do que foi exposto, é possível afirmar a importância de estudar a capacidade, de algumas amostras vegetais, de retardar e proteger o organismo contra as reações dos radicais livres. E assim encontrando possíveis soluções para a medicina no tratamento de algumas enfermidades, geradas pelo estresse oxidativo. Portanto, através deste trabalho foi demonstrado o quão importante é avaliar o potencial antioxidante do sabiá.
Agradecimentos
FAPEAL, CNPq, GRUPEQ.
Referências
SANTOS, P.M.L; JAAP, A.S, LIMA, L.G; SCHRIPSEMA, J.; MENEZES, F.S.; KUSTER, R.M. Atividade antioxidante do extrato das folhas de Jacaranda puberula Cham, Bignoniaceae, uma planta medicinal Brasileira usada como depurativo do sangue. Rev Bras de Farmacogn. Vol. 20, nº2, 2010.
SILVA, D.J.M ; ENDO, L.H.; DIAS, T.L.A.; SILVA, A.G.; SANTOS, H.M.; SILVA, A.P. Avaliação da atividade antioxidante e antimicrobiana dos extratos e frações orgânicas de Mimosa caesalpinufolia Benth. (Mimosaceae). Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl. Vol. 33, nº2,p. 267-274: 2012.