Avaliação da atividade antimicrobiana das espécies Brosimum rubescens, Clarisia racemosa e Dipteryx odorata

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Produtos Naturais

Autores

Souza de Melo, A. (UFAM/ICET) ; da Silva Abreu, A. (UFAM/ICET)

Resumo

O ensaio de citotoxidade das espécie estudadas frente ao microcrustáceo Artemia salina Leach foi realizado conforme descrito por MEYER, (1982), com pequenas adaptação, no qual objetivou se com este estudo avaliar a toxicidade do extrato etanólico de Dipteryx odorata, Clarisia racemosa e Brosimum rubescens, visando a segurança e eficácia de sua utilização em ensaios pré-clínicos, clínicos e para detectar compostos bioativos em extratos vegetais. A Dipteryx odorata, foi considerada espécie com elevada toxicidade devido a seus respectivos valores de LD50. 137,9129291 (μg/mL). A Clarisia racemosa, foi considerada espécies com elevada toxicidade devido a seus respectivos valores de LD50 141,4562839 (μg/mL). A Brosimum rubescens, foi ser consideradas espécies com elevada toxicidade devido a seus respectivos valores de LD50 141,4562839 (μg/mL).

Palavras chaves

toxidade; espécie; ensaio

Introdução

A espécie Brosimum rubescens (Moraceae) é uma espécie de porte médio, cilíndrico, com diâmetro superior a 90 cm, casca com até 2 cm de espessura, cerne vermelho brilhante e alburno de tonalidade creme (alcançando de 15-20 cm) (INPA, 2009; HAYASIDA et al, 2011). A Clarisia racemosa (Moraceae) é árvore de médio a grande porte, com até 40 m de altura e geralmente 0,6-0,7 m de diâmetro (Informativo Técnico RSA, 2008). A Dipteryx odorata, (Fabaceae), o cumaru, é uma espécie arbórea de grande porte, atingindo até 30 m de altura na floresta primária, porém de porte mais baixo quando cultivada ou em florestas secundárias (REVILLA, 2000 apud PINTO, et al, 2008). Estudos com plantas medicinais buscam identificar substâncias ativas, ressaltando que o uso indiscriminado das plantas pela população pode trazer riscos, por isso é importante a realização de testes de toxicidade na busca de uma terapêutica eficaz, trazendo assim um maior conforto e melhor qualidade de vida aos pacientes (HOCAYER et al.; 2012). O teste de toxicidade contra a Artemia salina é um ensaio biológico considerado como uma das ferramentas mais utilizadas para a avaliação preliminar de toxicidade. Desta forma, A. salina tem sido utilizada como um organismo alvo para detectar compostos bioativos em extratos de plantas (ALVES et al. 2000; HOCAYER et al.; 2012.

Material e métodos

Os resíduos de madeira, foram coletadas na Mil Madeira Preciosa Ltda (Precious Woods Amazon Ltda), na estrada AM 010, no Km 38, Itacoatiara/AM. As amostras foram secas em estufa a uma temperatura de 45ºC por um tempo de aproximadamente 48 horas e submetidas à extração contínua pelo processo de extração sólido- líquido, que teve o etanol como solvente, com duração de aproximadamente 20 horas, sendo então concentrado com auxílio de um rotaevaporador, logo após, o volume residual do solvente foi totalmente evaporado na estufa a uma temperatura de 45ºC, até que extrato bruto esteja seco. O ensaio de toxicidades frente ao microcrustáceo Artemia salina Leach foi realizado conforme descrito por MEYER, (1982). A determinação da toxicidade foi realizada através do percentual de mortalidade das larvas, que será corrigido através da Fórmula de ABBOTT (1925) 29. A DL50 foi obtida através do gráfico da % de animais mortos em função do logarítmico da dose testada utilizando o método de análise PROBIT descrito por FINNEY (1971) 30.

Resultado e discussão

As espécies estudadas foram expostas frente ao microcrustáceo Artemia salina Leach, da seguinte forma 4 ml das soluções de cada extrato em concentrações diferentes (1000 μg/mL, 750 μg/mL, 500 μg/mL, 250 μg/mL e 100 μg/mL) por um período de 24h, seguido da contagem dos vivos e dos mortos. Os dados obtidos dessa análise,foi possível ter os valores da dose letal (LD50), Brosimum rubescens 141,4562839, Dipteryx odorata 137,9129291 e Clarisia racemosa 141,4562839. Segundo Meyer (1982) uma relação entre o grau de toxicidade e a dose letal média (LD50), apresentada por extratos de vegetais sobre larvas de Artemia salina, entretanto, considera se que quando são verificados valores acima 1000 μg/mL, estes, não são considerados tóxicos. Sendo assim, a Dipteryx odorata, foi considerada espécie com elevada toxicidade devido a seus respectivos valores de LD50. Artemia salina tem sido utilizada como um organismo alvo para detectar compostos bioativos em extratos de plantas, a toxicidade para este crustáceo tem demonstrado uma boa correlação com a atividade citotóxica contra tumores humanos e atividade contra o Trypanossoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas (HOCAYEN et al, 2012). Foram utilizados 51,2 mg de Clarisia racemosa, 51,1 mg de Dipteryx odorata e 51,4 mg do extrato bruto de

Conclusões

Através deste estudo foi possível verificar que as espécies apresentaram as seguintes LD50 Brosimum rubescens 141,4562839, Dipteryx odorata 137,9129291 e Clarisia racemosa 141,4562839, portando podem ser consideradas espécies tóxicas devido a seus respectivos valores de LD50.

Agradecimentos

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem a UFAM, e a FAPEAM.

Referências

ABBOTT, W. S. J. Econ. Entomol. 18, 265, 1925.
ALVES, T.M.A.; SILVA, A.F.; BRANDÃO, M.; GRANDI, T.S.M.; SMÂNIA, E.F.A.; S MÂNIA JR., A.; ZANI, C.L. Biological screening of Brazilian medicinal plants. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 95: 367-373, 2000.
FINNEY, D.J. Probit analysis. Cambridge, England: Cambridge UniversityPress,31p. 1971.
HACAYEN, P. A. S.; CAMPOS, L. A.; POCHAPSKI, M. T.; MALFATTI, C. R. M. Avaliação da Toxicidade do extrato bruto metanólico de Baccharis dracunculifolia por meio do bioensaio com Artemia salina. INSULA Revista de Botânica, n. 41, p. 23-31. 2012.
MEYER, B. N. FERRGNI, N. R.; PUTNAM, J. E.; JACOBSEN, L. B.; NICHOLS, D. E.; MCLAUGHLIN, J. L. Brine shrimp: A convenient general bioassay for active plant constituents. Plant Med. v.45, n.1, p.31-34, 1982.

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