ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Silva, T.D.P. (IFRO- CAMPUS ARIQUEMES) ; Santos, A.C.S. (IFRO - CAMPUS ARIQUEMES) ; Conde, T.T. (IFRO - CAMPUS ARIQUEMES) ; Castro, G.R. (IFRO - CAMPUS ARIQUEMES) ; Lima, M.M. (IFRO - CAMPUS ARIQUEMES)
Resumo
Durante o Estágio Supervisionado, foram observadas as aulas de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental e concluiu-se que essa disciplina é ministrada de forma tradicional, o que não favorece ao aluno conhecer a importância do porquê estudar esses conteúdos. Isto é reflexo da realidade da educação no Brasil: falta de infraestrutura e de valorização do profissional da educação, que não conseguem arrumar tempo hábil para pesquisar formas práticas para lecionar os conteúdos, por terem uma carga horária de trabalho muito grandes. Por isso foi realizado um trabalho utilizando maquetes e jogos lúdicos para trabalhar a tabela periódica, com o objetivo de facilitar a aquisição de conhecimento por parte desses alunos.
Palavras chaves
ensino; tabela periódica; jogos lúdicos
Introdução
Segundo Cunha (1998), Gomes e Friedrich (2001), Kishimoto (1996), os jogos didáticos tem como objetivo proporcionar aprendizagens, discriminando-se do material pedagógico da escola, por conter características lúdicas e por ser utilizado para alcançar objetivos pedagógicos, sendo uma ferramenta para melhorar o desempenho dos estudantes em conteúdos que dificultam a aprendizagem. Inúmeras metas podem ser atingidas a partir da utilização dos jogos didáticos, como a cognição, personalidade, afeição, a socialização, a motivação e a criatividade (Miranda, 2001). Os jogos didáticos entram como ferramenta de aprendizagem, na medida em que estimula o interesse do aluno, desenvolve diferentes níveis de experiência, tanto pessoal como social, além de ajudar na construção de novas descobertas. Desse modo o professor utiliza os jogos didáticos para auxiliar o aluno na formulação de novos conceitos utilizando seus conhecimentos prévios e articulando como novos conhecimentos. (POZO, 1998). Neto (1992) afirma que se o ensino for lúdico e desafiador, a aprendizagem pode se prolongar fora da sala de aula, chegando ao cotidiano, até mesmo nas casas. Na maioria das ocasiões, o material mais adequado nem sempre será o visualmente mais bonito, muitas vezes, durante a construção de um material o aluno tem a oportunidade de aprender química de forma mais efetiva. Já em outros momentos, o mais relevante já não será o material, mas a discussão e resolução dos problemas ligados ao contexto da aula. Em razão do exposto, será relatado a execução de aulas com metodologias diferenciadas para o ensino da Tabela Periódica na disciplina de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental.
Material e métodos
O estudo iniciou com a observação participante de uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental, durante a disciplina de Ciências, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Roberto Turbay na cidade de Ariquemes-RO. Posteriormente, foi solicitado sugestões de conteúdo para professor da disciplina na turma, para que fossem planejados e executados atividades durante a regência no estágio supervisionado. Foi realizado levantamento bibliográfico, pesquisa de metodologias alternativas relacionados ao tema, produção de material didático, assim como o planejamento da aula. A aula versou sobre o conteúdo “Organizando os elementos: a classificação periódica”. Cartazes contendo informações sobre o conteúdo da aula, tabela periódica, maquete em forma de tabela periódica, bingo químico foram empregados como recursos metodológicos. Introduziu-se o tema através da entrega das tabelas periódicas aos alunos, da exposição oral e com o auxílio dos cartazes e da maquete da tabela periódica. Em seguida, a turma foi solicitada a pegar uma cartela para jogar o bingo químico, onde nas cartelas continha o símbolo dos elementos e no sorteio das “pedras” era sorteado o nome dos elementos, para que fizessem a correlação; vencia o aluno que completasse a cartela. Logo após, a turma foi dividida em cinco grupos para confeccionar uma tabela periódica, com cartolina e canetinhas hidrocolor.
Resultado e discussão
Durante a pesquisa bibliográfica foi encontrado inúmeras práticas a serem
desenvolvidas no conteúdo de Química presente na disciplina de Ciências do 9º
ano, todas disponíveis na internet, que inclui desde oficinas, práticas
laboratoriais, até jogos lúdicos. A aula foi planejada para que fossem
utilizadas metodologias diferentes para o estudo da tabela periódica, trabalhada
com o bingo dos elementos químicos e posterior montagem da tabela periódica em
cartolina. A participação dos alunos durante o bingo foi significativamente mais
participativos, pois os mesmos ficaram animados com o jogo e concentrados a cada
“elemento químico” sorteado. Após o bingo, a turma foi dividida em cinco grupos
para montarem a tabela periódica, que contou com a participação ativa de todos
os alunos, que demonstraram ter compreendido o significados dos símbolos dos
elementos químicos presentes na tabela.
Conclusões
No decorrer do planejamento e execução da aula foi possível perceber algumas dificuldades encontradas pelos professores diferenciar sua metodologia, como a ausência de materiais didáticos disponíveis na escola e a falta de espaço físico. As aulas ministradas com jogos lúdicos e maquetes são mais dinâmicas e favorecem o aprendizado desse conteúdo que, é por muitos, considerado como de difícil compreensão. Porém, os jogos pedagógicos não podem substituir os métodos de ensino já existentes. Tem que ser considerados como suporte para o professor e recurso de aprendizagem para os alunos.
Agradecimentos
Referências
CUNHA, H.S. (1998). Brinquedo, desafio e descoberta. 1ª edição.FAE/MEC/RJ.
GOMES, R.R. e FRIEDRICH, M.A. (2001). Contribuições dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. Em: Rio de Janeiro, Anais, Erebio, p. 389.
NETO, E. R. Laboratório de química. In: Didática da Matemática. São Paulo: Ática, 1992. p. 44-84.
POZO, J.I. (1998). Teorias Cognitivas da Aprendizagem.3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, p.284.
KISHIMOTO, T.M. (1996). Jogo, Brinquedo,Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez, p.183