ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Assis Jr, P.C. (CESP/UEA-AM) ; Chagas, H.O. (CESP/UEA-AM) ; Mata, M.S. (CESP/UEA-AM) ; Melo, M.G. (CESP/UEA-AM) ; Santos, R.X. (CESP/UEA-AM) ; Santos, V.A. (CESP/UEA-AM) ; Souza, C.R.S. (CESP/UEA-AM) ; Teixeira, G.C. (CESP/UEA-AM)
Resumo
A questão ambiental no Brasil é um assunto bem discutido, pois o Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade, porém nos últimos anos o crescimento urbano vem transformando o retrato da biodiversidade e o que antes era natureza hoje são arranha céus, fábricas - o verdadeiro retrato da degradação. Muito se fala sobre meio ambiente, sobre preservação, sustentabilidade, mas infelizmente pouco se faz para que isso se torne possível, pois existem muitos desafios a serem vencidos para que possamos ter uma vida mais limpa e sustentável. E é através desses desafios que construimos metas que nos conduzirão a essas conquistas tão desejadas.
Palavras chaves
educação ambiental; ensino de ciências; sustentabilidade
Introdução
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher seu futuro e a aprendizagem se torna vital nesse processo de transformação que passamos a todo o momento – à medida que o tempo passa o mundo se torna cada vez mais frágil, exigindo de cada um de nós medidas cabíveis para gerarmos uma sociedade sustentável, baseada no respeito a natureza, nos direitos humanos e na justiça econômica e cultural, para isso começaremos pelas escolas, que é um meio de propagação educacional.• Sensibilizar cada aluno para a questão ambiental apresentando de forma clara e expressiva as competências da educação ambiental inseridas nos contextos econômico, social e cultural, para que todos possam compreender a responsabilidade que temos com o meio ambiente e a sustentabilidade. • Chamar a atenção dos alunos para as questões ambientais do nosso dia-a-dia relacionado ao contexto da Química; • Mostrar as competências ambientais e suas vertentes na sociedade capacitando, desta forma cidadãos mais éticos; • Promover uma nova visão ambiental na vida de cada um deles possibilitando assim uma melhor relação entre a natureza e a sociedade através da gravação de vídeo educativo com a participação dos alunos da escola; • Desenvolver uma apresentação folclórica com materiais recicláveis em indumentárias.
Material e métodos
Foram desenvolvidas na Escola São Francisco de Assis (Parintins-Amazonas) as atividades semanais com 143 alunos em sala de aula no turno matutino. Foram trabalhadas as competências ambientais no contexto educacional de química, tais como: processo de produção de matéria orgânica (adubo orgânico), chorume, produtos químicos industriais dentre outros, tudo dentro dos conteúdos programáticos, trabalhados nos componentes curriculares. Nessas atividades foram utilizados diversos meios didáticos, como Minis Palestras com apresentação de vídeo e distribuição de folders; Debate sobre os desafios do meio ambiente no contexto escolar; Teatro educativo em forma de cordel; Jogos didáticos com a temática ambiental aplicado em sala de aula ( jogos lúdicos, paródias, gincanas, exposição de desenhos e redações). No final houve uma apresentação folclórica do boi bumbá mirim “Francisquinho”, que trazia indumentárias confeccionadas por alunos do curso de química, utilizando materiais recicláveis alusivo ao meio ambiente. Foi aplicado um questionário sobre Educação Ambiental para saber o conhecimento da comunidade a respeito do assunto. Foram feitas as seguintes perguntas: 1) A reciclagem pode contribuir no ensino? 2) Há campanhas de reciclagem no seu bairro? 3) Na sua escola tem lixeiras de reciclagem? 4) Você conhece as cores da reciclagem? 5) É feito aproveitamento de material reciclável na sua casa? 6) Você é a favor da reciclagem? Materiais utilizados: Panfleto Tinta guache Cartolinas Tinta sintética E.V.A. Copo, prato e colheres descartáveis reaproveitado Jornal Sementes de plantas diversas Chapéu Adubo Isopor Garrafas PET Papelão Capim seco Tinta guache Cola Papel A4 (palavras-cruzadas, caça-palavras, redação e desenhos) Tampinhas de garras PET e etc.
Resultado e discussão
As atividades desenvolvidas em sala de aula, por conta dos meio didáticos alternativos, (jogos didáticos, folderes, exposição de desenhos, parodias) observou-se maior interatividade dos alunos e interesse na sua execução; as gincanas foram produtivas e o aprendizado era notório. Nos cine apresentados foram feitos discussões com alunos que participavam mostrando grande compreensão dos temas, e nas práticas e oficinas de reutilização de materiais a participação era em massa, Houve ainda mini palestras e apresentações voltadas ao meio ambiente, onde os alunos obtiveram informações mais técnicas dos conteúdos (dentro do contexto e realidades dos componentes curriculares). A apresentação do boi bumbá mirim Francisquinho despertou a criatividade e ao mesmo tempo a sensibilidades com o meio ambiente, tratando de questões como reduzir o consumo exagerado de materiais, reciclagem e reutilização. Os resultados obtidos com o questionário foram os seguintes: 1) A reciclagem pode contribuir no ensino? 90% responderam SIM, o que é muito animador pois com isso tivemos abertura para a realização do projeto. 2) Há campanhas de reciclagem no seu bairro? 80% responderam NÃO, o que é muito preocupante, por isso a necessidade de agir imediatamente. 3) Na sua escola tem lixeiras de reciclagem? 100% responderam NÃO. 4) Você conhece as cores da reciclagem? 10% responderam SIM, o que já foi um ponto positivo para o desenvolvimento do trabalho. 5) É feito aproveitamento de material reciclável na sua casa? 20% respoderam SIM, o que mostra a real necessidade de se trabalhar a Educação Ambiental na escola e em casa. 6) Você é a favor da reciclagem? 100% responderam SIM, o que tornou o nosso trabalho mais fácil de realizar e prazeroso.
Conclusões
Com as atividades conseguimos trabalhar essa questão da reutilização das coisas “velhas, inúteis, sem valor”, os alunos puderam desenvolver habilidades práticas de reutilização e repensar nessas definições e a diferença entre lixo e resíduos, o que de se deve e o que não se deve “jogar fora”, ressaltando que o “jogar fora” não descarta a possibilidade de estar inserindo no meio em se vive materiais com o potencial de causar danos ao ambiente em vivemos.
Agradecimentos
Referências
CAVALCANTI, Clóvis. (org.). Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez 2003.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1992, p. 208. Agenda 21.mwww.agenda21grandeporto.com. Página visitada em 28 de Novembro de 2009
SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. O ambiente urbano. Atual. 4 ed. São Paulo, 1999.
SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. Do nicho ao lixo – ambiente, sociedade e educação. Atual. 18 ed. São Paulo, 2009.