A contextualização da química no ensino fundamental através da abordagem da indústria com atividade dinâmica para um melhor ensino-aprendizagem.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Nascimento, L. (IFPI) ; Fernandes, G. (IFPI) ; Farias de Sousa Santana, J. (IFPI) ; Raissa Barbosa das Chagas, L. (IFPI) ; Dias Nunes, M.F. (IFPI) ; Chaves Santos, M. (IFPI) ; Teixeira da Silva, T. (IFPI) ; Natana Furtado de Carvalho, T. (IFPI) ; Brenda Andrade de Souza, Y. (IFPI)

Resumo

A busca pela comodidade levou o homem a produzir tecnologias muito eficazes para sua sobrevivência. Buscando desenvolver um projeto de sustentabilidade e conhecimento industrial, propôs aos alunos de uma escola do município de Teresina- Pi, a refletirem sobre as vantagens e desvantagens da indústria química, onde o principal objetivo do projeto é contribuir no desenvolvimento crítico dos alunos do 9º ano do ensino fundamental da referida escola.

Palavras chaves

Julgamento da ciência; Novas metodologias; Ensino-aprendizagem

Introdução

Hoje em dia, dentro de um processo de intensa industrialização, além da urbanização acelerada e concentrada, impulsionada por saberes científicos e tecnológicos, estamos em contato com os sabões e detergentes, a borracha, a metalurgia, o petróleo e a sofisticação da medicina científica. Ao passo que ameaças cada vez mais reais o buraco na camada de ozônio, a bomba atômica, a fome, as doenças endêmicas não controladas e as decorrentes da poluição. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando, cada vez mais, o mundo e o próprio ser humano. (PCN) Assim nota-se a importância do conhecimento teórico e prático referente à indústria e os seus impactos, criando um ambiente em que o aluno desenvolva um pensamento crítico reflexivo sobre o seu cotidiano. A divisão que muitas vezes se faz entre o conhecimento científico e o desenvolvimento de tecnologia para a produção e para outros aspectos da vida é geralmente imprecisa. Isso vale tanto para a roda d’água medieval, para a pasteurização de alimentos, para as indústrias farmacêutica e química e para o motor elétrico do século passado como para o desenvolvimento do laser, da imunologia e dos semicondutores neste século. O Estágio supervisionado é considerado um dos processos mais importantes para a formação inicial do professor, pois este possibilita a consolidação da formação docente vinculada com a prática, ou seja, o estágio permite o trabalho conjunto entre a teoria e a prática. Para a formação inicial o trabalho docente possibilita o aprender e o ensinar, ou seja, ele prepara e auxilia na construção dos saberes e das aprendizagens. “[...] Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (FREIRE, 1996,P.23).

Material e métodos

O projeto foi realizado na escola Y no município de Teresina-PI, no segundo semestre de 2013, como amostra de 50 alunos no turno vespertino do 9º ano do ensino fundamental. A instigação dos alunos se deu por apresentação do conteúdo da aula expositiva sobre a indústria química e seus ramos: indústria de refinaria de petróleo, de sabões, de vidros, têxteis, de automóveis, metalurgia e de plásticos, sendo sucedida por uma atividade para estimular a curiosidade e verificar o nível de conhecimento dos alunos. A atividade foi disposta da seguinte forma: 1. O que é indústria? 2. A indústria está a serviço do bem ou do mal? 3. Quais os impactos causados pela indústria? 3. Descreva 20 produtos industrializados na sua casa e indique, para cada um o ramo da indústria correspondente a cada produto. Após a análise da resposta das atividades realizada pelos alunos, foi proposto o julgamento da ciência.

Resultado e discussão

O resultado do projeto foi satisfatório, considerando os passos desenvolvidos. De início os executores do projeto muniram os alunos de informações sobre o conteúdo em questão, por meio de aulas expositivas interativas, sendo utilizado como recurso suporte um data show, onde as aulas contavam com imagens, vídeos e discussões. Em seguida buscou-se instigar os alunos a pensarem sobre a indústria por meio de perguntas estimuladas através da visualização de imagens na aula e de pesquisas que os mesmos fizeram fora do ambiente escolar. Trabalhou-se também por meio de exercícios que levassem os alunos a identificarem a indústria química dentro de suas casas e a pensarem sobre o que vale a pena em termos de vantagem e desvantagens,o que na realidade prejudica mais do que ajuda. Munidos de toda a informação possível, chega a hora de os alunos tomarem a palavra e debaterem os resultados de toda a pesquisa feita no decorrer do desenvolvimento do projeto e de suas pesquisas pessoais, é hora então do Julgamento da Ciência. Finalizando a execução do projeto é o momento dos orientadores ditar as regras do julgamento, explicou-se as regras e dividiu a turma em acusação, defesa e júri. Logo após foram também distribuídos os temas, cada tema (ramo da indústria química) teve um responsável por defendê-lo e outro por acusá-lo, posteriormente o júri se reunia e dava o seu veredito. Passado o julgamento é hora de avaliar e analisar os resultados, para tanto usou uma avaliação escrita, a resolução das atividades, a participação nos debates e um trabalho escrito trazido por quem não participou do julgamento por se sentir tímido para falar, neste trabalho cada um devia acusar, defender e tomar uma decisão por um lado ou outro, com isso foi possível obter resultados positivos no projeto.

Conclusões

A maioria dos alunos participou ativamente ao trazer informações muito pertinentes e novas, construindo uma visão e uma postura crítica a respeito da indústria química e seu impacto ambiental, construindo, além disso, uma ponte entre o ensinado em sala com o seu cotidiano. Por fim podemos dizer que pouco importa o resultado, ou o veredito do julgamento simbólico, mas sim o debate de ideias nas duas salas e a experiência que fica para estes alunos que os acompanhará para o resto de sua vida acadêmica e além, reafirmando a contribuição de atividades dinâmicas em sala de aula.

Agradecimentos

Agradeço a escola, ao professor que disponibilizou suas turmas para a realização do presente projeto.

Referências

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Pais e Terra, 1983.
VEIGA, I. Lições de didática. Campinas: Papirus, 2006.

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Apoio

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Realização

ABQ