Utilização da massa de modelar aplicada ao estudo das ligações químicas e geometria das moléculas, uma forma lúdica de compreender o comportamento das substâncias químicas

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Santos, I.A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Santos, A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Santos, A.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Santos, M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Junior, A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Silva, M.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; Santos, J.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Resumo

O presente trabalho mostra o aproveitamento satisfatório de uma turma da 1ª série do ensino médio da Escola Estadual Fernandina Malta, situada no município de Rio Largo – AL, após a utilização da massa de modelar nas aulas de ligações químicas, um trabalho desenvolvido nas aulas do 1º semestre de 2014. A atividade lúdica proporcionou aos alunos um melhor entendimento de como cada átomo se liga a outro, além de despertar a curiosidade sobre geometria das moléculas e comportamento das substâncias.

Palavras chaves

Massa de Modelar; Lúdico; Ligações Químicas

Introdução

A função do ensino de química é formar cidadãos capazes de participar ativamente de uma sociedade em constante evolução científica. Atualmente o mesmo tem se caracterizado pela transmissão exaustiva de conhecimentos sem contextualização dos conteúdos. Pensando em uma melhora nesse sentido várias formas de transformar as aulas mais aplicáveis vem sendo estudadas, como o uso de aulas experimentais, jogos e materiais lúdicos para desenvolver em sala de aula, transformando assim o conteúdo mais proveitoso e instigador (CUNHA, 2012). As atividades lúdicas têm como elementos motivadores e facilitadores do processo de ensino e aprendizagem de conceitos científicos, seu objetivo não se resume apenas a facilitar que o aluno memorize o assunto abordado, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, à (re)construção do seu conhecimento (SANTANA & WARTHA, 2006). O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho e aproveitamento de uma turma de 1ª série do ensino médio, após a utilização da massa de modelar nas aulas de ligações químicas como forma lúdica de aprendizagem.

Material e métodos

A aula foi iniciada com exposição do conteúdo abrangendo todos os tipos de ligações químicas e comportamento de alguns elementos e moléculas, com duração de 2 horas. Após a aula expositiva a turma foi dividida em grupos de 4 pessoas e cada grupo recebeu uma caixa de modelar e um caixa de palitos de dentes. No quadro foram representadas algumas moléculas e os alunos reproduziram as mesmas utilizando a massa de modelar. Em seguida, cada componente do grupo reproduziu uma molécula, além disso, uma das tarefas foi classificar os tipos de ligações envolvidas. Com o intuito de avaliar o desempenho e o aproveitamento dos alunos, um questionário foi aplicado no fim das atividades.

Resultado e discussão

Como pode-se observar na Figura 1, os alunos obtiveram sucesso ao reproduzir as moléculas além de classificá-las de acordo com o tipo de ligação. Os mesmos demonstraram atenção e interesse durante a aula (Figura 2) fazendo questionamentos e perguntas sobre o conteúdo, também foi possível uma breve abordagem de alguns conceitos básicos sobre geometria molecular aumentando o conhecimento e aproveitamento dos alunos referente à aula. Segundo Cabrera & Salvi (2005) o processo de ensino-aprendizagem as atividades lúdicas ajudam a construir uma práxis emancipadora e integradora, ao tornarem-se um instrumento de aprendizagem que favorece a aquisição do conhecimento em perspectivas e dimensões que perpassam o desenvolvimento do educando. Os questionários aplicados tiveram o objetivo de avaliar o nível de aprendizagem dos alunos e foi constatado um bom aproveitamento. No questionário foram realizadas 5 perguntas, dentre elas destaca-se: Qual a diferença entre as ligações iônicas e covalentes? Qual a importância do estudo das ligações químicas? E como o uso da massa de modelar pode ajudar na aprendizagem do conteúdo? Após a análise dos dados foi verificado que 70% dos alunos conseguiram distinguir os tipos de ligações, através da aula expositiva aplicada antes da atividade lúdica, 76% frisaram que é importante o estudo das ligações químicas para melhor compreensão do comportamento das substâncias, das reações químicas e da interação entre os átomos e 80% dos alunos destacaram a importância da atividade lúdica como forma de interpretar o mundo microscópico e assim relacioná-lo com o cotidiano.

Figura 1.

Moléculas representadas por massa de modelar, respectivamente estão a molécula da água, gás carbônico, metano e gás oxigênio.

Figura 2.

Alunos executando a atividade.

Conclusões

A atividade lúdica oferece estímulo e o ambiente necessários para propiciar o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos além de permitir que o professor amplie seus conhecimentos sobre técnicas ativas de ensino e desenvolva suas capacidades pessoais e profissionais, estimulando-o a recriar sua prática pedagógica (Brasil, 1999). Com a utilização da massa de modelar na sala de aula os alunos se sentiram mais motivados a entender o conteúdo e mais animados a participar ativamente das aulas, o que proporcionou uma maior interação na relação entre professor-aluno e aluno-aluno.

Agradecimentos

Referências

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnologia, Ministério da Educação. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. In: Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 1999.

CUNHA, M. B. da. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Química Nova na Escola, Vol. 34, Nº 2, p. 92-98, maio 2012.

SANTANA, E.M.; WARTHA, E. J. O Ensino de Química através de jogos e atividades lúdicas baseados na teoria motivacional de Maslow. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 13, Campinas (Unicamp), 2006. Anais, Campinas – São Paulo, 2006.

CABRERA, W.B.; SALVI, R. A ludicidade no Ensino Médio: Aspirações de Pesquisa numa perspectiva construtivista. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5. Atas , 2005.

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