ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Oliveira, V.N.L. (UFAL) ; Aquino, N.C. (UFAL) ; Santos, C.C.F. (UFAL) ; Silva, C.S. (UFAL) ; Silva, M.B. (UFAL) ; Junior, A.C. (UFAL) ; Silva, M.L.B. (UFAL) ; Mendonça, A.L. (UFAL) ; Lima, S.F. (UFAL)
Resumo
A aplicação de aulas práticas no ensino de química tem apresentado melhores rendimentos no contexto do ensino aprendizagem. A inserção de alunos de estágio supervisionado, em escolas estaduais, permite uma melhor compreensão e contextualização da disciplina, tornando-a mais atrativa e de fácil compreensão. Com este objetivo foi feito um estudo de caso, com a aplicação de um questionário, em uma escola da rede pública, contemplando as séries do segundo e terceiro ano do ensino médio a fim de avaliar de que modo seria mais eficiente a atuação do estagiário: ministrando aulas práticas ou teóricas. Os resultados apontaram que 100% dos alunos concordam que as aulas práticas contribuem no processo de ensino aprendizagem.
Palavras chaves
Estagiário; Experimento; Rede pública
Introdução
No ensino de química, destaca-se a dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta. Considerando que a teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade (SERAFIM, 2001), fazendo com que o aluno não reconheça o conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não sendo capaz de compreender a teoria.Acrescenta-se ainda que para conhecer a teoria é preciso experimentá-la (FREIRE, 97). A realização de experimentos, em Ciências, constitui uma excelente ferramenta para que o aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável relação entre teoria e prática.Neste contexto e diante da grande necessidade de professores para o ensino de química nas escolas públicas do estado de Alagoas é apresentado um estudo de caso, através da aplicação de questionários com perguntas fechadas, visando avaliar o impacto da inserção de graduandos em licenciatura em química na ministração de aulas prática durante o período de estágio supervisionado.
Material e métodos
O estágio curricular supervisionado no ensino de química foi desenvolvido em três turmas do segundo e duas do terceiro ano do ensino médio em uma escola da rede estadual, no município de Maceió, durante o primeiro semestre de 2014, no período de 16 semanas, com carga horária de 5 horas/aula semanais, em turmas de 45 alunos com idades entre 14 a 19 anos. Durante este tempo foram ministradas aulas práticas (Figura 1) referentes aos conteúdos abordados pelo professor em sala de aula. Ao final do período de estágio foram aplicados os questionários com nove questões, contendo perguntas fechadas, que avaliaram a preferencia dos alunos entre aulas teóricas e teóricas com práticas experimentais realizadas estagiários. No questionário, os alunos definiram o tipo de aula que facilitava sua aprendizagem, os aspectos que lhes desmotivavam ao estudarem a disciplina de química, a contribuição das aulas experimentais para sua aprendizagem e a sua preferencia em relação à participação dos alunos de estágio em aulas teóricas ou práticas. Os dados levantados pelos questionários foram quantificados e transformados em estatísticas para melhor avaliar a inserção de aulas práticas no contexto do ensino aprendizagem de química.
Resultado e discussão
Os resultados decorrentes da aplicação dos questionários, na escola, apontaram
que 7% dos alunos preferiam apenas aula teórica, 30 % apenas aulas práticas e
63% aulas teóricas e práticas quando questionados qual seria a melhor forma de
aplicação dos conteúdos de química (Figura 2a). Quanto ao tipo de aula que os
estagiários deveriam ministrar 12% optaram pelas aulas teóricas e 88% pela
aplicação de aulas práticas (Figura 2b). Já a contribuição das aulas
experimentais no desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos foi
identificada como sendo de 100%.
A avaliação dos dados levantados pelos questionários mostrou a relevância da
atuação dos estagiários na aplicação de aulas práticas em detrimento das aulas
teóricas, proporcionando um ambiente de aprendizagem mais atrativo e produtivo,
instigando os alunos a participarem de todas as atividades desenvolvidas durante
o período de estágio.
Aula prática de cinética química (a e b); Aula prática de oxidação (c e d)
Percentual quanto ao melhor forma de aplicação das aulas de química (a), preferência dos alunos quanto a atuação dos graduandos nas aulas (b).
Conclusões
Durante a atividade experimental ficou evidente que para o desenvolvimento de um pensamento crítico, os alunos devem ser estimulados a encontrar na teoria uma aplicação à sua realidade que pode ser alcançada através de aulas experimentais. Neste sentido, a inspeção de estagiários na ministração de aulas práticas constitui uma importante ferramenta de ensino aprendizagem para alunos de escolas públicas.
Agradecimentos
UFAL- PIBID- CNPQ
Referências
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. SERAFIM, M.C. A Falácia da Dicotomia Teoria-Prática Rev. Espaço Acadêmico, 7. Acesso em 10 de julho de 2014. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/007/07mauricio.htm, 2014.