ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Monteiro da Silva Junior, C. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Lima do Santos Costa, L. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Augusta de Lima, J. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Santos Carvalho dos Anjos, D. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Angela Vieira, G. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO) ; Barreto Silveira Costa, K. (IF-SERTÃO PERNAMBUCANO)
Resumo
O jogo “O cotidiano e o enigma dos elementos da Tabela Periódica” é baseado nos elementos químicos e sua classificação na tabela periódica, tendo como objetivo o reconhecimento dos elementos no cotidiano do aluno, conhecimento da ordem dos elementos e sua história, familiarização das questões de vestibular e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), procurando despertar no aluno de forma divertida e prazerosa a busca pela ciência, a socialização e interação dos alunos e professores em sala de aula. Com a aplicação do jogo obteve resultados satisfatórios, mostrando-se uma ótima ferramenta para o ensino-aprendizagem. O jogo foi desenvolvido pelos alunos do curso de Licenciatura em Química do PIBID- IF Sertão Pernambucano e aplicado na turma do 1º ano do Ensino Médio com duração de 3 semanas.
Palavras chaves
Jogo Lúdico; Cotidiano; Tabela Periódica
Introdução
A busca por novas estratégias no ensino de química é um dos principais pilares para firmar o aprendizado do aluno nos dias atuais, sendo de suma importância para o professor capacitar-se para poder utilizar essas ferramentas com maestria, sabendo que essas novas metodologias, como exemplo os jogos lúdicos são ferramentas para auxiliar o ensino-aprendizagem do aluno. Segundo Kishimoto (1996) apud Soares e Cavalheiro (2006), o jogo educativo tem duas funções: a primeira é a função lúdica, propiciando diversão e o prazer quando escolhido voluntariamente e a segunda é a função educativa, ensinando qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber e sua compreensão de mundo. Quando nos referimos ao ensino de Química no Ensino Médio notamos que a prática comumente efetivada em sala de aula consiste na transmissão-recepção de conhecimentos que, muitas vezes, deixa lacunas no processo. De acordo com Melo (2005), o lúdico é um importante instrumento de trabalho. O mediador, no caso o professor, deve oferecer possibilidades na construção do conhecimento, respeitando as diversas singularidades. Essas atividades oportunizam a interlocução de saberes, a socialização e o desenvolvimento pessoal, social, e cognitivo quando bem exploradas e tem como objetivo tornar o aluno mais competente na produção de respostas criativas e eficazes para solucionar os problemas. O jogo foi aplicado com o objetivo de servir como ferramenta didática de auxílio ao professor e que facilitasse na abordagem do conteúdo para que o aluno pudesse compreender a classificação dos elementos na tabela periódica e sua história.
Material e métodos
O jogo foi desenvolvido para o público do 1º ano do Ensino Médio com o assunto da Tabela Periódica e a classificação dos elementos químicos. Teve-se a preocupação em criar o jogo visando alguns pontos importantes como: o baixo custo, tempo de confecção, sua aplicação e a construção de forma fácil para que os alunos pudessem confecciona-lo depois. Os materiais utilizados foram: folhas de papel oficio, caixinhas, figuras de objetos que neles contém elementos químicos da Tabela periódica, cola, tesoura e a tabela periódica dos elementos químicos. O jogo foi desenvolvido a partir do tema “Tabela Periódica” onde formulou-se perguntas que envolvesse os elementos do cotidiano do aluno e a classificação dos elementos. Essas questões foram os enigmas que os alunos tiveram que desvendar. Sendo que cada enigma correspondia a uma figura que tivesse o elemento. Em seguida, imprimiu-se todas em uma folha de oficio. Enumerou-se as 20 questões e foram recortadas e embaralhadas em uma caixa. As 20 figuras foram escolhidas de acordo com os enigmas, recortadas e colocadas em outra caixa. Foi entregue para cada grupo uma tabela com 10 espaços para colocar as figuras e as informações do elemento desvendado e uma cópia da Tabela Periódica. Inicialmente aplicou-se um pré-teste sobre tema para analisar o conhecimento prévio dos alunos. Em seguida, foi abordado de forma introdutória o conteúdo e exibido um vídeo sobre a sua história. Posteriormente, a turma foi dividida em 5 grupos. Depois foi explicado como seria o jogo e suas regras. Os enigmas eram sorteados em sequência e lidos pela professora, mediadora do jogo. Foram sorteados um total de 10 enigmas. Ganha o jogo quem desvendou mais enigmas. O jogo durou aproximadamente 1 hora e 40 minutos. E na aula seguinte a aplicação do pós-teste.
Resultado e discussão
Primeiramente, foi aplicado um pré-teste com 5 questões (ENEM e vestibular)
sobre o tema Tabela Periódica e a classificação dos elementos para levantamento
dos conhecimentos prévios dos alunos. Após a aplicação, foram feitas as
correções, sendo os resultados não satisfatórios. O gráfico 1 mostra uma grande
porcentagem de erro, levando a supor um alto desconhecimento do assunto. Assim,
propôs-se a aplicação de um jogo didático, envolvendo o tema. Após, ministração
da aula e apresentação do vídeo aplicou-se o jogo. Em outro momento, foi
aplicado um pós-teste contendo 10 questões, 6 sobre o conteúdo proposto e 4
sobre a metodologia aplicada. O gráfico 2, mostra o resultado da análise do pós-
teste, onde é possível ver uma melhora significativa no número de acertos,
levando a sugerir que a metodologia adotada para a exposição do conteúdo
proposto facilitou a compreensão do tema.
A 6º questão do pós-teste era sobre o tema do vídeo exposto. O alto índice de
acertos pode indicar que houve uma compreensão do tema abordado, demostrando sua
importância como uma ferramenta eficaz do ensino-aprendizagem. A 7º questão era
subjetiva (Figura 2).
As demais respostas foram correlatas. Como relata Cunha (2000), o jogo educativo
contribui para o estreitamento da relação aluno-professor e aluno-aluno, podendo
facilitar o processo de inclusão. Resultados positivos têm sido obtidos com a
utilização de diversos jogos no ensino de química ou ciências com diferentes
enfoques e aplicações.
A 8º questão tratava-se da execução do jogo lúdico, metade respondeu que achou
fácil e a outra metade moderada e nenhum achou difícil. Já as questões 9º e 10º
tratavam da metodologia aplicada, sendo unanime como uma boa ferramenta para o
ensino-aprendizagem.
Gráficos com os resultados do pré teste e pós-teste. Mostrando o comparativo referente a aplicação do jogo lúdico.
Pergunta da 7º questão subjetiva do pós-teste e resposta do aluno C.
Conclusões
O jogo utilizado foi muito importante para o ensino-aprendizagem do aluno e que o conteúdo abordado foi ensinado de forma prazerosa, divertida e descontraída através de recursos lúdicos de forma que os alunos assimilaram da melhor forma desenvolvendo não só o conhecimento sobre o assunto da tabela periódica e a classificação dos elementos, mas também o envolvimento entre os alunos e o professor.
Agradecimentos
Referências
SOARES, M. H. F. B.; CAVALHEIRO, E. T. G. O Ludo como um Jogo para Discutir Conceitos em Termoquímica. Química Nova na Escola, 2006. n. 23, p. 27-31. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc23/a07.pdf>. Acesso em: 04 jun.2014.
MELO, C. M.R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar ao processo de construção do conhecimento. Información Filosófica. V.2 nº1 2005 p.128- 137.
CUNHA, M.B. Jogos didáticos de Química. Santa Maria: Grafos, 2000.
KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1996.