ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Hellmann, T. (UEMA) ; Santos, L.L.S.B. (UEMA) ; Santos, M.S. (UEMA) ; Carvalho, R.M. (UEMA) ; Santos, T.S.M. (UEMA) ; Junior, A.F.S. (UEMA) ; Silva, I.P. (UEMA) ; Vasconcelos, A.F.F. (UEMA) ; Coimbra, V.C.S. (UFMA)
Resumo
Os jogos lúdicos são muito utilizados para distrair e estimular a mente do usuário. É nesse contexto que utilizou-se os passatempos com o objetivo de fixar os conteúdos sobre a tabela periódica, mudança de estado da matéria, número de oxidação e soluções, ministrados em sala de aula por meio de caça palavras e palavras cruzadas. A pesquisa foi desenvolvida com noventa e quatro alunos do segundo ano do Ensino Médio do Centro de Ensino Cidade Operária II, na cidade de São Luís- MA. A utilização de passatempos mostrou-se eficiente ao despertar no discente grande interesse e aceitação.
Palavras chaves
Jogos lúdicos; Passatempos; Ensino de química
Introdução
O ensino de Química sempre foi apresentado com dificuldade, uma vez que tudo fica mais fácil ou mais difícil dependendo dos métodos utilizados para ministrar a disciplina. O ensino de química seria bem mais simples e agradável se fossem abandonadas as metodologias ultrapassadas utilizadas no ensino tradicional. Para Cunha (2012, p.92) os professores podem utilizar jogos didáticos como material auxiliar na construção dos conhecimentos em qualquer área de ensino. Dessa forma é de grande importância aplicar metodologias alternativas no ensino–aprendizagem como forma de dinamizar e estimular o interesse dos educandos pelas aulas de química, melhorando assim, sua compreensão (ROSA, 2012). Diante do relatado, este trabalho apresenta uma maneira para facilitar o aprendizado, possibilitando o entendimento dos conteúdos, através do uso de passatempos, tais como caça palavras e palavras cruzadas, que permitem aos alunos revisarem e/ou exercitarem operacionalmente conceitos e definições sobre a tabela periódica, mudança de estado da matéria, número de oxidação e soluções. O uso dos jogos foi proposto como uma atividade conjunta à resolução de exercícios tradicionais. Tal proposta foi aplicada em turmas do Ensino Médio de uma escola pública de São Luís, desenvolvidas por bolsistas do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) através do Projeto de iniciação à docência (PIBID).
Material e métodos
O jogo lúdico teve como base para desenvolvimento, um teste de sondagem, a fim de verificar o nível de entendimento dos alunos sobre os conteúdos de química, o qual continha sete perguntas, das quais cinco eram de múltipla escolha e duas descritivas. Posteriormente houve a aplicação do Passatempo, este confeccionado em folha de papel A4 contendo um caça palavras sobre tabela periódica e palavras cruzadas sobre mudança de estado da matéria, nox e soluções.Este jogo foi aplicado em três turmas do segundo ano do ensino médio, envolvendo um público de 94 alunos do Centro de Ensino Cidade Operária II, na cidade de São Luís – MA.
Resultado e discussão
Trazer o lúdico para sala de aula tem sido nos últimos tempos uma prática comum,
pois essa estratégia tem mostrado eficácia quanto ao ensino-aprendizagem por ter
um caráter motivador e dinâmico (D’ÁVILA, 2006). A análise dos Questionários
permitiu verificar o perfil e as impressões dos alunos sobre a Química antes das
oficinas. Durante a aplicação dos passatempos, os alunos mostraram-se
interessados e motivados com a atividade, apresentando grande desenvoltura com
relação ao jogo, uma vez que estes estimulam o aprendizado, e os alunos por sua
vez, aprendem se divertindo, pois ficam mais descontraídos tornando a aula mais
atraente. Utilizar jogos no ensino é muito interessante, principalmente quando
criados pelos professores e educandos (SANTOS, 2006). Além de
contribuir com o ensino-aprendizagem, os jogos tornam os alunos mais
disciplinados. Os jogos possibilitam uma oportunidade de conviver com regras, e
este convívio não se limita à aceitação e a obediência, mas também leva à
criação de uma normatização (PIAGET, 1994). Utilizar o jogo como avaliação
permite
que os alunos fiquem mais tranquilos para solucionar o que lhes é proposto,
obtendo-se um resultado mais satisfatório. O jogo como promotor da aprendizagem
e
do desenvolvimento passa a ser considerado, nas práticas escolares, um
importante aliado para o ensino, pois colocar o aluno diante de jogos pode ser
uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos (KISHIMOTO, 2001). Ao término
das apresentações, observou-se por parte dos alunos uma boa aceitação quanto ao
uso dos passatempos como metodologia conjunta às atividades tradicionais, uma
vez que passaram a ver a Química com mais entusiasmo. A
figura 1 representa alguns dos passatempos aplicados como metodologia
alternativa.
Conclusões
O passatempo foi importante, uma vez que despertou nos discentes a curiosidade e os motivou a participar e interagir de forma satisfatória. Dinamizou as aulas com atividades lúdicas, trouxe benefícios, pois além de proporcionar a aprendizagem reforçou a relação de professor e aluno. Contudo, defende-se que os jogos não devem ser adotados como única ferramenta de ensino, porém devem estar mais presente no cotiano dos alunos como mais uma alternativa para o ensino de química.
Agradecimentos
À CAPES pela concessão da bolsa de iniciação à docência e à escola Centro de Ensino Cidade Operária II.
Referências
CUNHA, M. B. da. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Química Nova Na Escola. Vol. 34, N° 2, p. 92-98, Maio 2012.
D´ÁVILA, C. M. Eclipse do Lúdico. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 15, n. 25, p. 27-41, jan./jun., 2006.
KISHIMOTO, T. M. (Org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5. ed. São Paulo: Editora
Cortez, 2001.
PIAGET, J.O. Juízo Moral da Criança. São Paulo, Summus, 1994 (Trad.: Elzon Lenardon)
ROSA, Débora Lázara. Aplicação de metodologias alternativas para uma aprendizagem significativa no ensino de química. São Mateus- Espírito Santo, 2012.
SANTOS, M. J. E. dos. Ludicidade E Educação Emocional Na Escola:
Limites E Possibilidades. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 15, n. 25, p. 27-41, jan./jun., 2006.