AS DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE QUÍMICA NO TERCEIRO ANO 3° DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL BRANDÃO DE AMORIM (PARINTINS – AM)

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Coelho Cardoso, T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS) ; Freitas Moraes, P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS)

Resumo

O presente trabalho tem como finalidade analisar as dificuldades encontradas pelos alunos do primeiro ano do ensino médio referente à aprendizagem dos conteúdos de química na Escola Estadual Brandão de Amorim no município de Parintins – AM. Para identificar as dificuldades dos alunos, a metodologia adotada foi o estudo de caso, e o instrumento utilizado foi os questionários com questões abertas aplicado em salas de aula, para que os mesmos pudessem expor os obstáculos encontrados nesta etapa escolar. Após essa etapa, foi realizada uma análise e discussão dos dados que estão dispostos em gráficos, com a opinião de 25 alunos. Em seguida selecionamos alguns problemas mais críticos que foram apontados pelos entrevistados e também propomos algumas alternativas para solucionar as dificuldades.

Palavras chaves

Dificuldade; Ensino e Aprendizagem; Química e Aluno

Introdução

A disciplina de Química no ensino médio é uma prática que deveria desenvolver no aluno o senso de curiosidade (Freire, 1996), pois a disciplina estuda a estrutura das substâncias, a composição e as propriedades das diferentes matérias, suas transformações e variações de energia. Entretanto, não é isto que vem acontecendo no Ensino Médio, há uma dificuldade de contextualização entre os conteúdos ministrados pelo professor em sala de aula e os conhecimentos que os discentes já possuem na forma empírica, do cotidiano. Com o trabalho realizado na Escola Estadual Brandão de Amorim, queremos contribuir para o debate de quais são as dificuldades na aprendizagem da química no terceiro ano 3° do Ensino Médio, pois se pensa ser consequência de varias situações como: deficiências de conhecimentos acumulados ao longo do ensino médio, falta de estrutura adequada para exploração dos conteúdos. O ensino médio além de ser um degrau a mais para formação dos discentes oferece ao aluno uma nova forma de pensar, com isso a química se apresenta como uma disciplina complexa, ora estuda faz transformações da matéria, ora matematiza determinadas soluções, como o discente não possui uma boa interpretação de texto e resolução de cálculos matemáticos, termina por não gostar de química (Souza, 2010). No trabalho, as dificuldades na aprendizagem da química na Escola Estadual Brandão de Amorim, que iremos expor a seguir, foram realizadas por meio de discussão junto com alunos. Toda a discussão envolvem os problemas convenientes ao aprendizado da química no terceiro ano 3° do ensino médio.

Material e métodos

A partir dos dados coletados juntos aos alunos, o pesquisador irá mapear quais as dificuldades na aprendizagem desta disciplina, que é de suma importância para a formação do indivíduo. A forma mais comum para a coleta de dados é a pesquisa por meio de questionário. Por isso usamos este método para podermos desenvolver o nosso trabalho de maneira qualitativa e quantitativa. Entrevistamos 25 alunos do terceiro ano 3° do ensino médio, no turno noturno. Esses dados nos ajudaram a elaborar um perfil das dificuldades na aprendizagem da química, na escola. Nas perguntas voltadas para os alunos, um dos objetivos era identificar o grau de diferença entre a química e as outras disciplinas, bem como a importância da mesma para o cotidiano do aluno, a maneira como ela é trabalhada e como eles gostariam de explorar esse conhecimento e por fim quais as maiores dificuldades diante desta disciplina.

Resultado e discussão

A primeira pergunta foi sobre a identificação dos alunos com a disciplina. Nele podemos verificar que a grande maioria gosta de estudar a disciplina que corresponde a 80%, em quanto uma parte considerável equivalente a 20% declararam não gostar de química. Na segunda pergunta, 12% responderam que não a diferença entre elas, já 48% disseram que apenas as fórmulas diferem as duas disciplinas, e 40% afirmaram que só a teoria é diferente. Na terceira pergunta, podemos observa que a forma como é trabalhada a química enfatiza os cálculos matemáticos dando ênfase as fórmulas predefinidas. Na quarta pergunta podemos observar que 80% dos alunos disseram que o professor usa material didático para ilustrar as aulas, enquanto 20% responderam que não. Apesar de a maioria dizer que o professor usa recursos, os citados foram: livro, slide e laboratório. Alem disso foram obtidos os seguintes resultados, 36% responderam que a química não tem importância e 64% disseram que o ensino da química é de muita importância. Na quinta pergunta, quando questionados sobre como gostariam de estudar química, as respostas obtidas foram às seguintes: 04% só na sala de aula, 36% gostaria de estudar na sala mais com experiências, já 60% gostariam de estudar no laboratório. Foram apurados tambem 52% dos entrevistados disseram que o conteúdo tem relação com seu cotidiano, 36% declararam haver pouca relação, porém 12% disseram que a química, estudada na escola, não tem relação com o cotidiano. E pra finalizar os resultados, 44% dos entrevistados responderam que entender os cálculos é a maior dificuldade, 12% interpretarmos a teoria, 40% dos alunos acham a relação entre teoria e prática é o maior problema, enquanto 04% disseram que a forma como é trabalhado a disciplina causa uma não compreensão do conteúdo.

Conclusões

Portanto, ao final da pesquisa destacam-se a falta de estrutura da escola para dar suporte ao processo de ensino aprendizagem e principalmente as deficiências que os alunos adquiriram ao longo do ensino médio principalmente na área da matemática. Com isso estamos propondo a todas as pessoas que fazem parte do quadro de educadores e aquelas comprometidas com a educação de qualidade algumas atitudes para melhorar o desempenho e compreensão dos discentes frente à química, pois, percebemos que a forma de ensinar depende a cada dia que o educador vá sempre à busca de atualizações.

Agradecimentos

Agradeço a Deus, a CAPES pela bolsa concedida do PIBID a UEA a professora Patrícia Moraes e alunos do terceiro ano 3°.

Referências

BRANDÃO, G. F. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Passo a Passo. 3. ed. – São Paulo: Avercamp, 2007
FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (coleção leitura).
SOUSA, V. A. História da Educação Popular – Publicado em 2006. Disponível em: . Acesso em 22 de dez. de 2010

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