ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Lima Luz, B.R. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Aires Rocha, M.C. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Barros Resplandes, A.C. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Costa Souza, K. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Aires Duarte, G.G. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; da Silva, A.L. (IFMT-CAMPUS CONFRESA)
Resumo
Este projeto foi criado através da iniciativa de discentes do curso de Química do Instituto Federal de Mato Grosso-IFMT(CAMPUS CONFRESA), no intuito de promover a educação ambiental através de oficinas de reciclagem de papel e seminários no município de CONFRESA-MT. O nosso enfoque principal foi levar a população a uma reflexão sobre a biodiversidade e os meios de garantir a sustentabilidade com o uso racional dos recursos naturais e, por isso, tem se tornado um espaço no qual o processo de construção se dá de forma coletiva e partilhada, sem desconsiderar a individualidade, e promovendo a autonomia de cada membro. Os esforços também estão centrados em como se dá o processo de aprendizagem coletiva, levando em consideração a diversidade como peça chave na construção de uma identidade coletiva.
Palavras chaves
reciclagem de papel; educação ambiental; , conscientização ambient
Introdução
A educação ambiental, segundo Medina e Santos (1997), é definida como um processo que consiste em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do meio ambiente, para elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição crítica e participativa a respeito das questões relacionadas com a conservação e utilização adequada dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado, visa à construção de relações sociais, econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças. Como objetivos mais específicos, o projeto tem como proposta trabalhar as técnicas de reciclagem e transformação do papel; refletir sobre educação ambiental e tudo o que possa remeter à prática da reciclagem como gesto de cidadania; trazendo uma abordagem prática que promova mudanças no comportamento; propõe-se que cada participante vivencie o conhecimento teórico adquirido através das atividades dirigidas, principalmente na incorporação da ideia de sustentabilidade e qualidade de vida (SOSSAI et al. 1997). Além disso, o projeto buscou unir conhecimentos químicos com a prática de estimulação da sociedade a mudanças de valores individuais e coletivos tomando-se o tema da reciclagem como um instrumento de leitura do cotidiano, tendo como foco principal a reciclagem de papel, que se tornou um dos pilares objetivos do projeto. Este projeto foi criado visando propiciar aos acadêmicos um processo de reconstrução interna dos indivíduos a partir da interação com temas mundialmente discutidos, como natureza, reciclagem, efeito estufa, recursos hídricos e desmatamento; novas ideias são construídas ou reelaboradas, refletindo, assim, no desenvolvimento de suas relações sociais (JACOBI, 2005).
Material e métodos
O projeto foi implantado em escolas estaduais e municipais, centros de educação profissional e tecnológica, além do próprio instituto, assim diferentes públicos são atingidos, sendo usadas diferentes abordagens pedagógicas, que variam de idade para idade. A aplicação prática de métodos pedagógicos é realizada por meio de seminários e oficinas de reciclagem de papel. Um material didático, em forma de uma cartilha informativa sendo elaboradas para explicar conceitos teóricos que tenham relação com a realidade dos alunos e demais participantes, buscando metodologias que aproximem o conteúdo do cotidiano. As cartilhas são utilizadas como material de apoio pedagógico, tidas como ferramentas adequadas e um subsídio para discussões de vários temas e, nesse caso específico, a relação existente entre o consumo, o lixo e a degradação ambiental. As oficinas são estruturadas a partir de um seminário sobre “O Meio Ambiente e a Reciclagem”, no qual se apresenta um material com dados explicativos acerca da questão ambiental, bem como a apresentação de slides para elucidar a discussão, refletindo sobre direitos e deveres em relação ao outro e consequentemente sua relação com o cotidiano. Em seguida, realiza-se a oficina de reciclagem de papel, que se configura em um espaço de expressão artística das instituições que foram aplicados o projeto (Escola Estadual 29 de Julho, Escola Estadual Teotônio Carlos da Cunha Neto; Escola Municipal Central, Escola municipal Profª Creuslhi de Sousa Ramos). Frisando que as habilidades manual desperta a criatividade por meio das artes com o papel reciclado. Durante as oficinas discutem-se vários temas, como a toxicidade dos corantes, os prejuízos de produtos sintéticos ao meio ambiente (PITOMBO e LISBOA, 2001).
Resultado e discussão
O projeto teve como foco primordial a questão ambiental enquanto elemento
qualificador da educação, à medida que ao estabelecer, desenvolver e motivar
práticas ambientais constrói-se relações de respeito, valorização e preservação.
Desde 2013, o projeto realizou várias ações, começando em escolas da rede
pública de CONFRESA-MT, com palestras de conscientização ambiental e oficinas de
reciclagem de papel para os professores e alunos do Ensino Fundamental, Ensino
Médio e Educação de Jovens e Adultos (CEJA.), atingindo mais de 270 pessoas. Em
2014, o projeto participou de vários eventos, além de realizar ações em escolas
da rede pública. Em parceria com as prefeituras municipal de CONFRESA-MT. Foram
atendidas quatro escolas, atingindo mais de 1000 alunos de diferentes faixas
etárias. Além disso, será promovido o Dia “D”: Conscientização Ambiental, que
será um dia de conscientização dos acadêmicos do IFMT (Campus – CONFRESA-MT),
sobre a importância de reciclar o lixo em geral, relacionando temas cotidianos
com a vida acadêmica. Alcançando assim as nossas perspectivas, pois o projeto
teve resultados satisfatórios, por iniciar um debate no interior do Instituto e
por implantar uma ação concreta no cotidiano das escolas tanto da rede pública e
estadual, estimulando ações de preservação ao meio ambiente.
Conclusões
O sucesso deste projeto recicle, dependeu inteiramente da participação da comunidade. Por meio das palestras e oficinas de reciclagem de papel, propões a difusão da educação ambiental, promovendo o consumo moderado dos recursos naturais. De forma vantajosa concretizou a ação de ensino-pesquisa-extensão, possibilitando aos integrantes a geração de compromisso ético, científico e consciente, atribuindo uma iniciativa independe dentro do contexto acadêmico. Foi de suma importância para que os mesmos adquirissem uma maior vivência com os problemas advindos da disposição dos resíduos no meio ambiente, bem como, de processos simples para a reutilização desses resíduos
Agradecimentos
A DEUS, pelo dom da vida e pela infinita bondade de nos guiar até aqui
Referências
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem12.php
http://funverde.wordpress.com
http://envolverde.com.br/sociedade/reciclagem-de-oleo-de-cozinha-usado-preservacao-do-meio-ambiente-e-fonte-de-energia-renovavel/
DIAS, G, F. Educação ambiental princípios e práticas. 2ª edição, São Paulo: Gaia, 1993. pág. 84.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília:MEC/SEF, 1998.
CARVALHO, I. C. M. O ambiental como valor substantivo:uma reflexão sobre a identidade da EA. In: SAUVÉ, L.;ORELLANA, I.; SATO, M.(Orgs.). Textos escolhidos em Educação Ambiental: de uma América à outra. Montreal:Publications ERE–UQAM, 2002. p. 85–90.
JACOBI, P. R. 2005. Educação ambiental: o Desafio da Construção de um Pensamento Crítico, Complexo e Reflexivo. Educação e Pesquisa. 31: 233-250.
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PITOMBO, L. R. M. e LISBÔA, J. C. F. 2001 Sobrevivência humana: um caminho para o desenvolvimento do conteúdo químico no ensino médio. Química Nova na Escola, 14:31-39.
RAMOS, A. M.; GUIMARÃES, C. P. 2002. O papel da escola na educação ambiental reciclando o lixo e atitudes. São Cristóvão. Monografia – Centro de Ciência Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Sergipe – UFS.
SOSSAI, J. A.; CARVALHO, D. A.; SIMÕES, M. da P. C. 1997. Avaliação de Textos Utilizados por Professores de Primeiro Grau como Apoio para Atividades de Educação Ambiental. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. 188:124-156.
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