ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Alves de Oliveira, M.E. (UESPI) ; Araújo Sousa, D. (UESPI) ; Cardoso, F.S. (UESPI) ; Alves Lima, F.C. (UESPI)
Resumo
O presente trabalho mostra resultados de um trabalho na escola estadual Gabriel Ferreira em Teresina-PI, sobre a importância das aulas práticas de Química realizada em turma de 2° ano do Ensino Médio. Tendo como objetivo apontar a importância das aulas práticas de Química com a utilização de materiais do cotidiano do aluno para a realização de experimentos, buscando ampliar a metodologia no ensino de Química, aliando teoria e prática que facilitaram a compreensão dos alunos acerca dos conteúdos estudados de forma teórica com o professor da turma. Então, essas aulas (teoria-prática) aguçaram o interesse dos estudantes pela disciplina, despertando a curiosidade e a vontade de aprender.
Palavras chaves
Gabriel Ferreira; aulas práticas; Química
Introdução
A aula experimental em Química pode ser considerada uma estratégia pedagógica dinâmica que tem a função de gerar problematizações, discussões, questionamentos e buscas de respostas e explicações para os fenômenos observados, possibilitando a evolução do aspecto fenomenológico (macroscópico) observado para o teórico (microscópico), e chegando, por conseqüência, ao representacional (MACHADO et al., 2007). A aula prática é uma maneira eficiente de ensinar e melhorar o entendimento dos conteúdos de Química, facilitando a aprendizagem. Os experimentos facilitam a compreensão da natureza da Química e dos seus conceitos, auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no diagnóstico de concepções não-científicas. Para que a compreensão da química ocorra satisfatoriamente, devemos tomar como elemento facilitador a exposição teórica juntamente com outras ferramentas de ensino, como a execução de práticas experimentais, de forma a desenvolver no aluno o seu senso crítico e pensamento químico para relacionar o aprendizado às transformações do cotidiano, pois se trata de “uma ciência extremamente prática que tem grande impacto no dia a dia” (BROWN et al., 2005). Muitas críticas ao ensino tradicional referem-se à ação passiva do aprendiz que frequentemente é tratado como mero ouvinte das informações que o professor expõe. Tais informações, quase sempre, não se relacionam aos conhecimentos prévios que os estudantes construíram ao longo de sua vida. E quando não há relação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem não é significativa (GUIMARÃES, 2009). O presente trabalho tem como objetivo apontar a importância das aulas práticas para alunos do 2° ano de ensino médio da escola estadual Gabriel Ferreira Teresina-PI.
Material e métodos
As aulas foram planejadas com o Professor que ministra aulas de Química, desenvolvidas nas turmas de 2° ano do Ensino Médio. A escola não possuía laboratório, por isso as aulas eram realizadas na própria sala de aula da própria escola e posteriormente as aulas teóricas. As práticas eram executadas com aplicações de exercícios impressos e materiais de fácil acesso ao educando, como por exemplo: água, sal, copinhos descartáveis, chuchu, fermento, vinagre, garrafa pet, suco em pacote, balão entre outros itens que são de fundamental importância para a compreensão do estudante. Estes são alguns exemplos de práticas realizadas, materiais e reagentes utilizados: 1) Osmose: água, sal e pedaços de chuchu. 2) Soluções saturadas e insaturadas: água e pacotinhos de suco. 3) Gases: garrafa pet, balão, fermento e vinagre. 4) Pilha de batata: calculadora, prego, moedas de cobre e pedaços de batata. O exemplo de práticas Pilha de batata tem por objetivo identificar parâmetros elétricos simples, como tensão, corrente e associá-los a fenômenos de conversão de energia. Também visa conhecer algumas reações eletroquímicas espontâneas utilizando materiais do cotidiano dos educandos e facilitando assim o ensino-aprendizagem.
Resultado e discussão
Observou-se a falta de aulas práticas e que na maioria dos casos, essa
disciplina é trabalhada apenas na teoria o que a torna, na visão dos alunos, não
o suficiente para despertar o interesse por parte deles. Ao longo da aulas os
alunos despertaram um maior interesse pelo assunto a partir do momento em que
foram realizados os experimentos, os alunos tiveram o interesse de participar,
de fazer questionamentos, indagações, perguntas, enfim, mostraram que estavam
curiosos em aprender mais sobre a Química, revelaram satisfação quando as aulas
deixaram de ser apenas teórica e desfrutar um pouco mais dos experimentos. Para
comprovar essas indagações foi realizada na turma uma pesquisa sobre a visão
deles a respeito das aulas. As perguntas foram respondidas por 70% da turma e as
respostas não foram diferentes, acompanhe o gráfico e tabela a seguir: Essas
respostas só afirmam a importância das aulas práticas para o ensino, o que
muitas vezes não é possível pela sequência didática do professor e pela
estrutura da escola que é desprovida de laboratório de Química seguindo apenas
uma metodologia tradicionalista “teoria e apenas teoria”.
Gráfico 1: Porcentagens de respostas colhidas nos questionamentos realizados oralmente nas turmas ministradas.
Conclusões
Conclui-se que as aulas práticas atuam de forma essencial para o processo de ensino-aprendizagem, conseguindo manter teoria e prática em conjunto para uma melhor capitação do assunto abordado pelos alunos, ocorrendo assim, uma intervenção das aulas práticas com os alunos despertando atitudes investigativas acerca dos assuntos e consequentemente melhorando seu rendimento acadêmico, aguçando o interesse dos estudantes pela disciplina, despertando a curiosidade e a vontade de aprender.
Agradecimentos
A Deus pela realização deste trabalho e a nossa universidade UESPI.
Referências
BROWN, T. L.; LEMEY Jr., H. E.; BURTEN, B. E.; BURD¬GE, J. R. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química. Química nova na escola. V. 31, N° 3, p. 198-202, 2009.
MACHADO,P. F. L.; MÒL, G. S. Experimentando química com segurança. Química Nova na Escola. N° 27, p. 57-60, 2007.