ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Ferreira da Silva, J. (IFSP-SP) ; Idalgo M, R. (IFSP-SP) ; Liu S, A. (IFSP-SP) ; Miranda Junior, P. (IFSP-SP)
Resumo
Neste trabalho foram realizados experimentos envolvendo diversas formas de se construir pilhas alternativas como pilha de limão, pilha de batata, pilha de refrigerante. Os conceitos de oxirredução foram utilizados para explicar o que ocorria no experimento.
Palavras chaves
pilhas alternativas; oxirredução; experimento
Introdução
Os resultados dos IDEB- 2011, indicam que as escolas públicas estão enfrentando sérias dificuldades em termos de educação. Esse resultado pode estar associado à falta de interesse por parte dos alunos, que pode ser agravado com a estratégia abordada, pautada na transmissão de conhecimentos, onde o professor é o centro deste processo de ensino e aprendizagem, e o aluno atua como sujeito passivo, aprendendo o que está sendo ensinado (CARDOSO, 2000). O projeto PIBID pode contribuir para minimizar esse problema, oferecendo aos alunos uma forma diferenciada de aprender química, por meio da elaboração de atividades que os motivam e ao mesmo tempo propiciam uma melhor internalização do conhecimento. Dentre essas atividades, o planejamento e execução de aulas práticas são relevantes, pois podem estimular o raciocínio e a iniciativa, além de desenvolver conteúdos procedimentais e atitudinais, pois o aluno deve relacionar os fenômenos observados, registrar dados obtidos e confrontar os resultados com os objetivos, desenvolvendo assim competências básicas importantes. No presente trabalho foi desenvolvida uma atividade experimental abordando conceitos de pilhas, o que envolve boa contextualização, já que existem inúmeras reações de óxido-redução no cotidiano, permitindo ao aluno uma construção mais adequada do conhecimento químico (MARCONDES, 2008; CARDOSO, 2000). O objetivo deste trabalho foi aplicar aos alunos da Escola Municipal Darcy Ribeiro experimentos de química, envolvendo conceitos de pilhas. Foram abordados conceitos de oxirredução para explicar os resultados obtidos, abordando estes fenômenos para enfatizar a química envolvida no cotidiano.
Material e métodos
As atividades propostas envolveram cerca de noventa alunos do 3o ano do ensino médio da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Darcy Ribeiro, conveniada do PIBID e localizada na zona leste de São Paulo. Inicialmente, foi realizada uma abordagem teórica sobre conteúdos de oxirredução. Para o desenvolvimento da aula prática, os alunos foram divididos em grupos constituídos por 5 alunos, onde cada grupo recebeu um roteiro. Cada grupo desenvolveu uma pilha, constituídas de batata, refrigerante, limão e uma pilha modelo da de Daniel feita pelo professor. Após a confecção das pilhas, os alunos observavam se o LED acendia e mediram a voltagem de cada uma por meio de um voltímetro. Em seguida, os alunos responderam algumas questões sobre a determinada pilha e trocaram informações com os outros grupos.
Resultado e discussão
Inicialmente, foram abordados conceitos teóricos sobre reações de oxirredução e
a história do desenvolvimento da pilha.
Posteriormente, a aula prática foi desenvolvida dispondo em cada bancada os
materiais necessários para o experimento, assim como os diferentes meios nas
quais a pilha seria construída.
Uma pilha de Daniel montada pelo professor, constituída pelos eletrodos de zinco
e de cobre (Figura 1), foi passada por todas as bancas, explicando-se o
experimento, o conceito de em série e paralelo.
Em seguida, cada grupo de alunos montaram a sua pilha em questão (figura 1), e
testaram sua eficácia com o auxílio de um multímetro. Em seguida as diferentes
pilhas foram passando de mesa em mesa, para que cada grupo observasse a pilha
montada pelo outro. E como curiosidade final juntou todas as pilhas em um
circuito em série, e ligaram um LED e uma calculadora (figura 2).
Com base nos resultados obtidos, pode ser inferido que a metodologia empregada
foi eficaz. Ao rever as respostas para as questões propostas, foi possível
observar que apresentam alguns erros, permitiu aos alunos participarem da
construção do seu próprio conhecimento.
Desta forma, pode ser ressaltado que as aulas experimentais com enfoque
problematizador permitiram aos alunos realizar, registrar, discutir com os
colegas, levantar hipóteses e discutir com o professor todas as etapas
envolvidas no experimento, tornando a aprendizagem mais significativa, conforme
apontado por GUIMARÃES, 2010.
Pilha de limão e pilha de refrigerante Pilha de batata
Pilha de Daniel, e as pilhas ligadas em série.
Conclusões
Com relação às atividades propostas neste trabalho mostrou-se se satisfatórias alcançando uma aprendizagem mais significativa, demonstrando assim que é importante ensinar química por meio de oficinas temáticas com resolução de problemas e exercícios, pois as oficinas apresentam subsídios para que os alunos possam entender o tema de estudo. E ao colocar questionários ao fim da aula experimental alem de gerar um conhecimento especifico, ocorre também um desenvolvimento de habilidades e raciocínio que muitas vezes não é trabalhado.
Agradecimentos
A CAPES, ao projeto PIBID e ao IFSP
Referências
CARDOSO, S. P.; Explorando a Motivação Para Estudar Química. Química Nova, v.23, n. 3, p. 401-04, 2000.
GEPEC – Grupo de Pesquisa em Educação Química. São Paulo: IQUSP, 1995.
GUIMARÃES, O.M. O Papel Pedagógico da Experimentação no Ensino de Química. Disponível em: http://www.eduquim.ufpr.br/matdid/novomat/pdf/Capitulo2.pdf
Acesso em 20/12/2012
MARCONDES, M. E. R. ¨Proposições Metodológicas para o ensino de Química: oficinas temáticas para aprendizagem da ciência e o desenvolvimento da cidadania¨. EM EXTENSÃO, Uberlândia, v.7, 2008.