O TESTE DO BAFÔMETRO: CONTEXTUALIZAÇÃO ATRAVÉS DE EXPERIMENTO NA SALA DE AULA.

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ensino de Química

Autores

Santos, A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Santos, A.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Santos, I.A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Santos, M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Silva, J.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Silva, M.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL) ; Junior, A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL)

Resumo

Nos últimos anos, tem-se constatado em nosso país que grande porcentagem dos acidentes de trânsito são causados por pessoas alcoolizadas. Para diminuir esses índices alarmantes, tem-se importado um dispositivo preventivo que mede a quantidade de álcool no sangue mediante teste do ar exalado em sua respiração. Esse aparato recebeu o nome popular de bafômetro. Atualmente a busca pela contextualização em sala de aula vem tomando espaço nas pesquisas educacionais, deste modo o presente trabalho tem como objetivo inserir a experimentação atrelada a um problema cotidiano, o alcoolismo no trânsito. A aula foi aplicada a alunos da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Fernandina Malta, através dessa técnica que une prática e teoria pode-se observar um maior empenho e rendimento dos alunados.

Palavras chaves

Contextualização; Ensino de química; Bafômetro

Introdução

O teste do bafômetro, usado para identificar motoristas que dirigem depois de ingerir bebidas alcoólicas, é baseado na mudança de cor que ocorre na reação de oxidação do etanol com o dicromato de potássio em meio ácido. Segundo Axt (1.991, p. 79/80): "A experimentação pode contribuir para aproximar o ensino de Ciências das características do trabalho científico, além de contribuir também para a aquisição de conhecimento e para o desenvolvimento mental dos alunos.” O ensino de Química no ensino médio tem enfatizado o trabalho com conceitos químicos de forma fragmentada e descontextualizada, sendo abordada em sala de aula, muitas vezes, resumindo-se a cálculos matemáticos e memorização de fórmulas e nomenclaturas de compostos. A interdisciplinaridade tem uma função instrumental, trata-se de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para resolver às questões e aos problemas sociais contemporâneos. (BRASIL, 2002). A interdisciplinaridade e a contextualização alimentam-se mutuamente, pois ambos trazem as questões com temas sociais relacionando-as entre os objetos de conhecimento, de modo que não é possível fazer um trabalho contextualizado tomando-se uma perspectiva disciplinar rígida. Sendo assim, fundamental a busca de temas que propiciem um ensino contextualizado, no qual o aluno possa vivenciar e aprender com a integração de diferentes disciplinas e assim possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto de um conhecimento químico sem fronteiras disciplinares. Este trabalho visa relacionar à química e a problemática do álcool inserido no trânsito, alertando e conscientizando os alunos propiciando uma visão crítica sobre a temática, preparando- os para a sociedade e fazendo com que possam entender como a química está inserida.

Material e métodos

Inicialmente foi realizada uma aula expositiva , na qual foi abordado o conceito e os conteúdos das reações redox, e em seguida o esclarecimento de possíveis dúvidas dos alunos. Subsequentemente, foi proposto o experimento do teste do bafômetro com o intuito do aprimoramento e fixação do assunto. O teste do bafômetro foi realizado em uma turma de 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Fernandina Malta, localizada na cidade de Rio Largo – AL, as quais os alunos foram divididos em grupos, no intuito de que todos pudessem participar e para facilitação da realização do experimento. Para isso, foram necessários um erlenmeyer com rolha de dois furos, um tubo de ensaio (ou vidrinho transparente, tipo para remédio), tubos de vidro, tubo látex, álcool comum, solução de dicromato de potássio 0,1 mol/L misturado com igual volume de ácido sulfúrico a 20 mL/L (ou seja, dicromato de potássio 0,05 mol/L em meio fortemente ácido) por grupo. Soprando para dentro do erlenmeyer que contém álcool, o ar arrasta vapores de do mesmo que, borbulhando na solução ácida de dicromato de potássio provoca uma mudança de coloração (ou aumento da acidez da solução de dicromato): ALARANJADO → MARROM → VERDE → AZUL.

Resultado e discussão

Quanto mais integrada à teoria e a prática, mais sólida se torna a aprendizagem de Química, ela cumpre sua verdadeira função dentro do ensino, contribuindo para a construção do conhecimento químico e os faz interagir com conteúdo e com o mundo vivencial dos alunos de forma diversificada, associada à experimentação do dia-a-dia, aproveitando suas argumentações e indagações. (RUSSEL, 1994). Foi observado que houve um maior envolvimento e interesse por parte dos alunos, que se apresentaram bastante motivados e tiveram um bom desenvolvimento durante o experimento, demonstrando que a prática juntamente com a teoria, encaminha um processo de ensino-aprendizagem mais significativo e dinâmico. Além de incluir o conhecimento químico foi possível trazer aos alunos a importância da educação no trânsito através de um tema bastante discutido atualmente, o alcoolismo.

Conclusões

A aula experimental no ensino de química, traz benefícios para o aprendizagem do aluno que a vê, como uma disciplina habitualmente desinteressante e cansativa. De modo que a veja de forma mais prática, havendo a contextualização com seu cotidiano e conhecimentos previamente adquiridos, despertando a curiosidade, indagação e senso crítico para tudo que ocorre em sua volta, preparando-os para a sociedade.

Agradecimentos

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2002.

M. A.& AXT, R. O papel da experimentação no ensino de Ciências, in MOREIRA. Tópicos em ensino de Ciências, Sagra, 1991.

BRAATHEN, P. Christian. Princípio Químico do Bafômetro. Química Nova na Escola, n° 5, p.3, Maio 1997.

RUSSELL, J, B. Química Geral. 2. ed. São Paulo. 1994

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