ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Ferreira, A. (UEMA) ; Lima, F.M. (UEMA) ; Luso, W. (UEMA) ; Vallois, J. (UEMA) ; Monteiro, L. (UEMA) ; Monteiro, L. (UEMA) ; Santos, H. (UEMA) ; Santos, G.K. (UEMA) ; Souza, T. (UEMA)
Resumo
Em meio aos desafios da atualidade o ensino de química ainda está de certa forma distanciado da realidade dos alunos. Acredita-se que este fator esteja associado à linguagem científica utilizada pelo professor e falta de relação do conteúdo com o cotidiano. Esse trabalho foi realizado na escola Centro de Ensino São José de Ribamar no município de São José de Ribamar - MA e foi possível observar que a aplicação de novas técnicas de ensino motiva os alunos a desenvolverem um maior interesse em aprender química. Diante desses resultados podemos concluir que a forma de ensinar química tem que ser reformulada, pois apesar da maioria das escolas não possuírem recursos adequados o professor precisa procurar alternativas para tornarem as aulas de química mais dinâmicas incentivando o alunado.
Palavras chaves
Química; Ciência e Escola; Jogos lúdicos
Introdução
Há muito tempo, foi descoberta a importância das brincadeiras e dos jogos. Segundo SOUZA (1996) “entre os egípcios, romanos e maias, o lúdico se destacava em importância, pois era através dos jogos que as gerações mais jovens aprendiam com os mais velhos os valores e conhecimento de sua cultura”. Torna-se necessário então que o educador entenda os anseios dos alunos para assim compreender a importância do lúdico, uma vez feito isso, o próximo passo é o de associar o lúdico ao conteúdo a ser ministrado, sem que os dois percam suas essências. Quando há o equilíbrio entre as duas funções conseguem-se o jogo educativo. (SCHWARTZ, 1998, p.36). Os jogos despertam a criatividade dos alunos, por meio dos experimentos os mesmos conseguem visualizar o conhecimento teórico apreendido nas aulas expositivas de maneira mais prática e palpável, tais fatores contribuem para o desenvolvimento crítico do aluno. Embora existam dificuldades de se trabalhar com essa temática, o professor deve procurar artifícios para contornar essas situações e aplicar recursos alternativos, visando uma otimização do conhecimento. De acordo com SERAFIM (2001), no ensino de Ciências, podemos destacar a dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta. Considerando que a teoria é feita de conceitos que são abstrações da realidade, podemos inferir que o aluno que não reconhece o conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não foi capaz de compreender a teoria.O presente trabalho foi realizado na escola Centro de Ensino São José de Ribamar no município de São José de Ribamar – MA com o objetivo de desenvolver e aplicar os principais conceitos de funções inorgânicas de maneira dinâmica e atrativa através do jogo didático Quimicágil.
Material e métodos
Inicialmente foi feito a organização do material para a realização do jogo: cartolina, papel laminado, cola branca, tesoura e uma tabela periódica. Antes da aplicação do jogo foi verificado o grau de conhecimento dos alunos sobre os principais conceitos de funções inorgânicas através da aplicação de um questionário. Em seguida, foi feito a revisão através de uma aula expositiva e dialogada dos principais conceitos das funções inorgânicas necessárias para a realização do jogo, tais como: as principais funções inorgânicas, fórmulas moleculares e nomenclatura. Logo após, foram dadas as regras do jogo, que foram às seguintes: A turma foi dividida em duas equipes, onde cada uma recebeu a mesma quantidade de fichas; Cada equipe recebeu 16 fichas com os mesmos elementos; Cada aluno teve a identificação (no peito) com o símbolo do elemento; O coordenador dizia qual substância a ser formada; Os alunos estavam atentos para correr e unir-se com o colega que tem o outro elemento para a formação da substância. Após a formação do elemento, a equipe dizia a fórmula molecular, nome da substância formada e onde poderíamos encontrá-la no cotidiano. Ao final foi aplicado novamente o mesmo questionário, utilizado como ferramenta avaliativa dos conhecimentos aprendidos depois da aplicação do jogo.
Resultado e discussão
A tabela 1 se refere ao primeiro questionário aplicado antes do jogo. De acordo
com a pesquisa 42,35% dos alunos consideraram sua aprendizagem regular e 34,15%
avaliaram como ruim. Eles afirmam que os conteúdos ministrados em química são
difíceis de serem compreendidos tanto por conta da complexidade em si, quanto à
dificuldade de perceberem esses conteúdos no dia-a-dia, além da maneira que o
professor ministra os conteúdos. A tabela 2 expressam os resultados da
reaplicação do questionário. Todos os alunos consideraram de grande importância
e bastante utilidade às substâncias inorgânicas no cotidiano. Quando foi
perguntado se os jogos lúdicos ajudam no processo de ensino e aprendizagem 100%
afirmaram que sim, pois tornam as aulas mais dinâmicas e atrativas, além de
facilitar a compreensão e identificação rotineira dessas substâncias. Como
afirma Tiba (1998), uma boa aula é como refeições, quanto mais atraente
estiverem os pratos que o cozinheiro oferecer, mais desejarão saboreá-lo.
Questão 1
Questão 2
Conclusões
Diante dos resultados obtidos durante o desenvolvimento do projeto observemos que o jogo Quimicágil foi uma ótima estratégia para despertar a importância das substâncias inorgânicas no cotidiano dos alunos do Centro de Ensino São José de Ribamar, além disso, no que se refere à aprendizagem, o jogo ajudou a desenvolver maior concentração, agilidade e memorização. Desta forma podemos concluir que os jogos didáticos e outras diferentes formas de ensinar tornam o processo de construção do conhecimento mais prazeroso e significativo para alunos e professores.
Agradecimentos
Aos meus amigos, professores e alunos que colaboraram com a elaboração e realização deste trabalho.
Referências
SCHWARTZ, Gisele Maria. O Processo Educacional em Jogo: Algumas Reflexões Sobre a Sublimação do Lúdico. Revista Licere/ Centro de Estudos de Lazer e Recreação/EEF/UFMG. v.1, n.1.Belo Horizonte,1998.
SERAFIM, M.C. A Falácia da Dicotomia Teoria-Prática .Rev. Espaço Acadêmico. (n°07, 2001). Disponível em < www.espacoacademico.com.br> Acesso em 04.out.2011.
SOUZA, Edison Roberto. O lúdico como possibilidade de inclusão no Ensino Fundamental.Revista Motrivivência. V. 8 , n. 9, 1996.
TIBA, I. Ensinar aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo: Gente, 1998.