ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Silva, R.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Silva, F.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Guedes, J.N. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Batista, E.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Santana, R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Morais, S.S.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Gonçalves, M.I.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Silva, F.D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP))
Resumo
O artigo objetiva analisar a importância das aulas práticas no ensino e aprendizado dos alunos. A coleta de dados ocorreu na escola da Zona Sul de Macapá-AP, denominada Escola Estadual Marechal Castelo Branco, a pesquisa foi executada com uma população de 50 alunos regulamente matriculados no segundo ano do ensino médio do turno da manhã, onde 25 alunos da amostra geral eram da “TURMA Y” e tiveram uma aula contextualizada sobre o conteúdo Cinética Química e com a realização de experimentos, os outros 25 alunos da chamada “TURMA X”, foi aplicado o mesmo conteúdo da turma anterior, porém de forma tradicional. Através dos dados coletados pode se concluir que quando o ensino tradicional é aliado com uso de experimentos, a compreensão por parte dos alunos torna-se mais significante.
Palavras chaves
Atividades Experimentais; Cinética Química; Tradicional
Introdução
O atual ensino de química no Brasil, na maioria das escolas públicas têm se caracterizado pelo professor conteudista, que dificilmente planeja métodos de ensino diferentes para abordar os assuntos de química. Dessa forma, ocasionando a desmotivação e o desinteresse em grande parte dos alunos, já que estes não conseguem compreender e relacionar a química com o seu cotidiano e, assim se torna uma disciplina sem noção e consequentemente abstrata. A grande maioria dos professores de química das escolas estaduais do estado Amapá, ainda utiliza o modelo de ensino tradicional na abordagem dos conteúdos, ou seja, não fazem relação do que é estudado em sala de aula com a vida cotidiana do aluno. Desta forma, acarretando em uma não formação do aluno para o exercício da cidadania, e por outro lado na memorização de fórmulas, diagramas e equações. Formar para a cidadania por meio da química é poder desenvolver a criticidade do aluno, para que este possa debater junto com a sociedade temas atual que envolva conhecimentos químicos. Assim, visou-se nesta pesquisa, analisar a importância que as aulas experimentais têm no aprendizado dos alunos. Um dos motivos principais deste estudo foi devido às observações feitas no período de estágio supervisionado I, II e III onde detectou-se o desinteresse e a desmotivação pela maioria dos alunos nas aulas de química, problemas esses que podem ser ocasionados pela possível falta de uma metodologia inovadora por parte dos professores. Dessa forma, a pesquisa de campo vem com a temática, A Relevância das Aulas Práticas no Aprendizado de Química, que busca verificar a real importância do aprendizado quando o conteúdo de cinética química é trabalhado em conjunto com as atividades experimentais.
Material e métodos
A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Marechal Castelo Branco localizada no município de Macapá no estado do Amapá, na região amazônica, com o público alvo de 50 alunos matriculados no segundo ano do ensino médio.Os alunos que estudam nessa escola são oriundos de variados núcleos familiares, na sua maioria humilde e de baixo poder aquisitivo. A natureza da pesquisa é do tipo de campo qualitativa com características quantitativas, A pesquisa foi aplicada em duas turmas denominadas “X” e “Y”, de segundo ano do ensino médio, as turmas foram escolhidas de acordo com analise realizada pelo professor de química, sendo assim as turmas que foram selecionadas apresentaram maiores dificuldades em compreender os conteúdos de química. Na turma X, foi explanado o conteúdo sobre cinética química, utilizando como metodologia o ensino tradicional e, no fim da aula, foi aplicado um questionário contendo o total de cinco perguntas com o intuito de verificar se a metodologia aplicada foi eficaz para o desenvolvimento do aprendizado dos alunos. Na turma Y, foi abordado o mesmo tema usado na turma X, porém de forma contextualizada procurando sempre relacionar os conceitos teóricos sobre cinética química com a realidade dos alunos, e no final da abordagem do conteúdo a turma foi dividida em cinco grupos para a realização de quatro experimentos. Por fim foi aplicado o mesmo questionário da turma anterior a fim de verificar- se a qualidade da aprendizagem quando utilizado como metodologia de ensino uma abordagem contextualizada aliada à realização de experimentos. O tratamento de dados estatísticos foi elaborado pela construção de gráficos, produzidos com o auxílio do Software Excel 2010®, por meio dos resultados obtidos pelas respostas dos questionários respondidos.
Resultado e discussão
Na Figura 1, os gráficos mostram a diferença entre os dois métodos quando se
busca despertar o interesse investigativo pela Química e possibilitar aos alunos
relacionar os conteúdos com o cotidiano, pois as respostas dos questionários nas
turmas foram contrárias.
CLEMENTINA (2011) afirma que quando o professor aplica
técnicas de ensino capazes de despertar o interesse investigativo, a relação
professor e aluno torna-se efetiva e a aprendizagem mais significativa. Os
resultados da turma X condizem com os pensamentos de Moraes (2013) que diz, o
interesse dos alunos pela disciplina só é despertado quando o mesmo consegue
entender o que é ensinado. Portanto é importante buscar novas alternativas de
ensino que possam contribuir para o processo ensino aprendizagem do alunado
despertando neste o interesse investigativo pela disciplina.
Na Figura 2, os gráficos produzidos a partir do questionário mostram que a
maioria dos alunos em ambas as turmas concordam que se as aulas de química
fossem trabalhadas com a realização de aulas práticas, o aprendizado se tornaria
melhor e ajudaria relacionar o conteúdo ensinado com o cotidiano e formar um
aluno crítico.
SANTOS (2010) afirma que as estratégias para um aprendizado mais significante,
são as metodologias de ensino que em paralelo com a aula expositiva contribuem
para a participação efetiva dos alunos sobre o tema abordado.
De acordo com os PCNEM (1999) no mundo atual o ensino médio não deve ser mais
preparatório para um exame de seleção para vestibular, onde o aluno é treinado
para resolver questões que sempre exige a mesma resposta. Assim é necessário que
na escola ocorra as interações entre o aprendiz, o professor e o mundo que os
cerca, interações essas que devem produzir conhecimentos contextualizados.
Em Relação à Contribuição das Aulas Práticas e à Importância das Aulas Práticas para Formar Alunos Críticos.
Em Relação ao Conteúdo Aplicado e ao Interesse Investigativo do Aluno Sobre o Conteúdo Abordado.
Conclusões
Esta pesquisa torna claro que se o professor trabalhar com o conjunto teoria e prática o processo de aprendizagem trona-se mais significativo, fato que foi constatado na turma em que se aplicou a metodologia inovadora. Quando na aula se aplica uma metodologia que vem aliada ao tradicionalismo como por exemplo a experimentação, isto faz com que desperte no aluno o prazer em estudar, não só isso, mas também sua curiosidade pela ciência. O ensino tradicional tem suas contribuições para o aprendizado, porém quando esse ensino é aliado com outra metodologia é perceptível a melhora na aprendizagem.
Agradecimentos
Ao senhor Deus Pelo Dom da vida.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnologia – Semtec. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília. Mec/Semtec, 1999.
CLEMENTINA, Carla Marli. A Importância Do Ensino Da Química No Cotidiano Dos Alunos Do Colégio Estadual São Carlos Do Ivaí De São Carlos Do Ivaí-PR. Disponível em: www.nead.fgf.edu.br/...quimica/CARLA_MARLI_CLEMENTINA.pdf. Acesso em: 30/08/2013.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos Santos; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Educação em Química: Compromisso com a Cidadania. 4ª ed. Rio Grande do Sul: Unijuí, 2010.
MORAES, Caroline roberta; VARELA, Simone. Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino-aprendizagem. Disponível em: <web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_06.pdf MORAES.>. Acesso em: 05/09/2013.