ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Soares, A.K.L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; França, J.L.V. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Pereira, E.J.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Almeida, J.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Alexandre, D.L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Paiva, N.I. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Liberato, M.C.T.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)
Resumo
O tema drogas causa um forte impacto negativo, criando um ambiente de medo e repressão. Soluções para os problemas causados pelas drogas são propostas frequentemente, mas mesmo assim ocorrem vários casos de pessoas envolvidas com drogas. O uso de jogos educacionais como atividades lúdicas e promovem melhor assimilação do conhecimento. O ensino de Química tem suas particularidades e dificuldades, e com o presente trabalho procura-se juntar o assunto drogas e a Química presente nela. O jogo foi aplicado em uma turma do 1º do Ensino Médio da Escola Governador Adauto Bezerra. O trabalho foi produzido por alunos do curso de Licenciatura Plena em Química, e incentivado pelo Grupo de Estudos sobre as Drogas de Abuso da Universidade Estadual do Ceará.
Palavras chaves
Jogos educacionais; Química; Drogas
Introdução
As drogas são consumidas em todo mundo, seja de forma lícita ou ilícita, e isto provoca impactos na nossa sociedade que são difíceis de serem minimizados (Monteiro et al. 2007). Portanto é necessário o uso de medidas preventivas, de modo que se possa evitar o nascimento do problema. O consumo de drogas tem se destacado como um problema que atinge todas as classes sociais e todas as idades sem distinção alguma. Algumas soluções são propostas, mas com a velocidade em que o problema vem se agravando, elas não acompanham o avanço do problema sendo ineficientes, fazendo-se necessária a criação de novos caminhos para a resolução do problema. Os jogos educacionais quando aplicados promovem a discussão possibilitando a melhor assimilação envolvendo conceitos que têm aplicações no cotidiano dos alunos, logo, a utilização desse tipo de jogos vem sendo focada visando a sensibilização dos adolescentes. O caráter lúdico promove a participação ativa dos jovens de maneira descontraída e divertida, além de produzir aprofundamento nas discussões abordadas pelo jogo (Yonekura e Soares 2010). Dessa forma, eles apresentam grande potencial para melhorar o ensino e facilitar as discussões sobre assuntos difíceis de serem tratados, principalmente para jovens. A disciplina de Química é uma de muitas que tem uma assimilação complicada, por conter assuntos abstratos e de difícil entendimento. Portanto o uso de jogos educacionais é uma das possíveis alternativas de inovar o ensino de Química, contextualizando assuntos e fazendo com que os alunos observem por outra perspectiva os conteúdos ensinados.
Material e métodos
Foi utilizado um jogo de tabuleiro, composto de 35 casas, onde estão intercaladas entre o início e o término do jogo, as opções de responder a pergunta, voltar duas casas, passar a vez, avançar três casas e sair do jogo. Os jogadores sortearam no dado quem iria começar o jogo. O jogador que tirar o maior número começa jogando. O primeiro jogador joga o dado para decidir quantas casas deve seguir, ao parar na casa de perguntas o jogador ao seu lado esquerdo faz a pergunta para ele, acertando na próxima rodada ele poderá avançar, caso ele erre terá que responder outra pergunta. O jogo seguirá em sentido anti-horário, e assim segue até que algum jogador percorra todo o caminho e chegue a casa final. Em seguida foi aplicado um questionário de aceitação e avaliação do jogo e da aula.
Resultado e discussão
O jogo "Caminho contra as Drogas" foi aplicado na Escola Governador Adauto Bezerra, com uma turma do 1º Ano no turno da manhã. A inovação utilizada na aula foi realizada com o intuito de dinamizar e contextualizar o ensino de Química, e proporcionou aos alunos uma experiência nova e fuga da rotina a qual eles estão acostumados. Os resultados a seguir foram baseados nos dados obtidos pelo questionário aplicado, em torno de 35 alunos participaram e responderam o questionário. 96% dos alunos aprovou o uso do jogo, enquanto 4% dos alunos não aprovou o uso. Esses 4% argumentaram que preferem o método de ensino conservador, que faz o uso do quadro, pois acham mais simples de se entender. 97% dos alunos já haviam ouvido falar sobre as drogas e 100% dos alunos declararam ter entendido as informações passadas pelo jogo. 94% dos alunos nunca tiveram contato direto ou indireto com as drogas, enquanto 6% já tiveram contato indireto com as drogas. 96% dos alunos aprovou o uso do jogo para melhorar as aulas de Química e 95% concordaram com a aplicação do jogo para prevenir o uso de drogas, 5% achou que o jogo poderia incentivar o uso de drogas. E 98% dos alunos apoiam a renovação dos métodos de ensino. Logo o questionário atingiu de forma satisfatória os alunos, cumprindo corretamente o seu objetivo principal.
Conclusões
A aplicação do jogo promoveu na sala de aula um ambiente de descontração, animação, entusiasmo e divertimento, aonde a maioria dos alunos apreciou a aplicação do jogo. O jogo contextualizou corretamente o assunto drogas, levando informações importantes sobre a Química que está presente no assunto drogas.
Agradecimentos
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Referências
YONEKURA, T.; SOARES, C. B., O jogo educativo como estratégia de sensibilização para coleta de dados com adolescentes, Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 8, ed. 5, p. 1-7, 2010.
MONTEIRO, S., A visão de estudantes sobre drogas: subsídios para ações educativas orientadas pela redução de danos, Instituto Oswaldo Cruz, Dissertação de Mestrado em Ensino em Biociências e Saúde, 2012.