JOGOS DIDÁTICOS: METODOLOGIA LÚDICA PARA ENSINO DE QUÍMICA

Resumo

Os jogos didáticos têm sido muito utilizados no ensino de química para facilitar interação do conteúdo em sala de aula. No entanto essas propostas metodológicas devem ser bem elaboradas para que não se transformem em um simples passa tempo para os estudantes. Nesse artigo será apresentado o planejamento e o desenvolvimento de 4 jogos lúdicos, 3 relacionados a química orgânica e um em relação a energia das reações (Caminho Químico, Acerte o Alvo, Tabuleiro do L Invertido e Dominó da Química).

Palavras chaves

Jogo; educação Científica; Química

Introdução

Há muito vem se falando em novas formas de ensino não só na área de química como também em outros componentes curriculares, pois acreditava-se que os estudantes que não aprendiam eram os únicos responsáveis pelo seu insucesso. Hoje, o insucesso dos estudantes também é considerado consequência do trabalho do professor (CUNHA, 2012), é por isso que novas metodologias de ensino vêm surgindo para motivar os educandos a quererem aprender. Uma destas metodologias de ensino são os jogos didáticos. Esse artigo traz o exemplo de 4 jogos didáticos para facilitar a compressão do estudante sobre os conteúdos de química. Três desses jogos referem-se à compreensão da química orgânica e um sobre a energia das reações. Porém os mesmos podem ser modificados de acordo com a série e com o conteúdo desejado. No entanto o professor deve tomar cuidado para não transformar essa estratégia de ensino em algo maçante, pois se os jogos didáticos tornarem-se rotina, os estudantes irão se desinteressar e o objetivo de tornar a aula mais atrativa não será atingido, é importante a forma de condução desta metodologia em cada turma especificamente. Nessa estratégia de ensino lúdico o professor tem papel fundamental, pois é ele quem tem a tarefa de intermediar o jogo com o conteúdo. O jogo leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem (CUNHA, 2012). Segundo Zanon Guerreiro e Oliveira,o jogo didático tem sua relevância justificada pela sua capacidade de impulsionar o estudante a participar ativamente do seu aprendizado, levando-o ao prazer e esforço espontâneo; tornando, dessa forma, as aulas de química mais interessantes e menos monótonas, melhorando a compreensão e assimilação dos assuntos abordados.

Material e métodos

Os jogos apresentados nesse artigo foram planejados, confeccionados e desenvolvidos por 4 acadêmicas que encontravam-se cursando a disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências-Química do curso de Química Licenciatura, da Universidade de Passo Fundo (UPF), sendo que os mesmos foram desenvolvidos visando dar subsídios para a discussão didático-pedagógica dos mesmos e testar as estratégias de como desenvolvê-los e aplicá-los em sala de aula. Os jogos foram escolhidos e baseados em alguns clássicos da área, como jogos do tipo trilha, como no “caminho químico”, onde o conteúdo desse jogo envolve a energia envolvida nas transformações da matéria. Em especial as reações exotérmicas e endotérmicas. O objetivo é completar todo o caminho, quem chegar primeiro ao final da trilha ganha os pontos. Outro jogo clássico é o do tipo dardos, no “Acerte no Alvo”, o assunto é o conteúdo de química orgânica, onde foi dada ênfase às representações das ligações e o nome das estruturas formadas. Ao se aproximar do alvo com um alfinete e olhos vendados, o jogador tem a pergunta escolhida e deve respondê-la corretamente. No típico jogo de tabuleiro “Tabuleiro do L Invertido”, foram abordados conteúdos de Química Orgânica. O objetivo do mesmo é completar o tabuleiro com todas as fichas, a equipe que primeiro completar o seu lado do tabuleiro ganha o jogo. No clássico “Dominó da Química”, buscou-se envolver o conteúdo da química orgânica, tendo por objetivo relacionar o nome do composto com sua possível representação estrutural.

Resultado e discussão

Os jogos produzidos foram apresentados e avaliados entre os graduandos de Metodologia do Ensino de Ciências-Química, e os mesmos foram jogados utilizando- se das regras escritas como base. Destacou-se a importância dos mesmos para o aprendizado dos estudantes, isso devido a forma dinamizada de como o conteúdo é abordado no jogo, fazendo com que o educando aprenda de uma forma mais lúdica, promovendo assim uma interação maior do educando com o professor e possibilitando ao educador uma maneira de avaliar se a sua estratégia de ensino está sendo coerente com a metodologia de ensino proposta. Desse modo, acredita-se que os jogos didáticos vêm em prol do educando e do professor, pois além de propiciar uma maior interação entre os mesmos também facilita a compreensão não só do conteúdo como permite que o educando possa interagir com o meio em que está incluso, relacionando conceitos dos jogos com o conteúdo químico, fazendo relações que aumentam seu conhecimento e agucem sua curiosidade.

Conclusões

Os jogos desenvolvidos foram testados em sala de aula da turma de licenciatura apresentando bons resultados, sugere-se a sua aplicação em turmas de ensino médio no componente curricular de química, também no estágio supervisionado do curso, pois acredita-se que se aplicados de forma correta melhorará os resultados na aprendizagem. Isso baseado nos resultados que já foram obtidos em outros trabalhos descritos na literatura.

Agradecimentos

Referências

CUNHA, Marcia B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Revista Química Nova na Escola, v.34, n. 2, p. 92-98, maio. 2012.

ZANON, D.A.V; GUERREIRO, M.AS.; OLIVEIRA, R.C. (2008). Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, Vol 13, n. 1, p. 72-81, março. Disponível em www.cienciasecognicao.org . Acesso em: 23 julho 2014.

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