ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Ribeiro Soares, J. (UESPI) ; e Silva Alves, P. (UESPI) ; Ferreira de Castro, N. (UESPI) ; da Silva Ferreira, R. (UESPI) ; de Sousa Bacelar, L. (UESPI) ; Tito do Nascimento, F. (UESPI) ; Lima de Oliveira, L. (UESPI) ; Karenina Bacelar Santana, P. (UESPI) ; Pereira de Sousa, L. (UESPI) ; Paiva dos Santos, R. (UESPI)
Resumo
O lúdico é um importante instrumento de trabalho no qual o mediador, no caso o professor, deve oferecer possibilidades para a elaboração do conhecimento, respeitando as diversas singularidades. Essas atividades, quando bem exploradas, oportunizam a interlocução de saberes, a socialização e o desenvolvimento pessoal, social e cognitivo. Dessa maneira, este trabalho tem como propósito fazer com que os alunos montassem e balanceiem as reações químicas de forma coerente, assimilando os conceitos básicos com o dia a dia na cozinha, a fim de proporcionar uma aula mais interessante e conseqüentemente um melhor aproveitamento dos alunos em sala de aula.
Palavras chaves
Estequiometria; Cotidiano; Jogo Lúdico
Introdução
O jogo é caracterizado como um tipo de recurso didático-educativo que, de acordo com CUNHA (2004), pode ser utilizado em momentos distintos, tais como: na apresentação e desenvolvimento de um conteúdo ou na ilustração de seus aspectos relevantes, na avaliação de conteúdos já desenvolvidos ou, ainda, na revisão ou síntese de conceitos importantes. Para VIGOTSKY (2007), o aluno exerce um papel ativo no processo de aprendizagem, por apresentar condições de relacionar o novo conteúdo a seus conhecimentos prévios, e o professor se torna o responsável por criar zonas de desenvolvimento proximal, ou seja, proporciona condições e situações para que o aluno transforme e desenvolva em sua mente um processo cognitivo mais significativo. De acordo com MELO (2005), as brincadeiras e jogos ajudam os alunos a serem alegres, comunicativos, desembaraçados e a cultivarem o bom humor, defendendo seus pontos de vista, buscando a aceitação no grupo lúdico, além de prepararem para a vida, gerando prazer de atuar livremente e possibilitando a repetição de experiências e a realização simbólica de desejos. As atividades lúdicas e os jogos podem, também, contribuir significativamente para o processo de construção do conhecimento dos alunos, como mediadores e facilitadores da aprendizagem. Logo, o jogo constitui-se de trabalhos em grupos, o que atende a algumas necessidades sociais de inter-relação, de respeito a regras, competição, cooperação, emocionais: de autocontrole, de desenvolvimento da capacidade criadora, de autoconceito, autoestima, valorização pelo desenvolvimento da capacidade de realização. (LOPES, 2005)
Material e métodos
Foi executado nas salas do 1° Ano da Escola Professor Edgar Tito de Teresina- Piauí, no período de Abril de 2014, o jogo de estequiometria química. A proposta do jogo foi fazer com que os alunos montassem e balanceiem reações químicas, assimilando seus conceitos básicos de acordo com a linguagem do cotidiano baseado em receitas de comidas. Com a sala possuindo cerca de 30 alunos, foi dividida em quatro grupos distribuindo três receitas para cada grupo sendo estas a receita do bolo, do café e a do pão. O jogo foi montado da seguinte forma tendo como exemplo a de um bolo: 1 leite, 3 ovo e 2 xícaras de trigo usados, as quantidades numéricas seriam os coeficientes estequiométricos referente aos reagentes onde se reúnem para formar 1 bolo este sendo o produto onde os alunos montariam a reação química correspondente a cada receita utilizando os conceitos de estequiometria e balanceamento necessários recebendo premiação aquele ou aqueles que acertassem a reação correta.
Resultado e discussão
Inicialmente foi ministrada uma aula sobre o assunto de estequiometria e
ressaltando que para chegar ao balanceamento correto, de uma reação química, o
aluno deve obter a correta proporcionalidade em ambos os lados da reação, onde
foi visível as dificuldades dos alunos absorverem o assunto explicado. Contudo
foi aplicado o jogo “Da cozinha para Química’’ com o intuito de uma melhor
fixação e aprendizado alem de atrair o interesse dos alunos na aula. Dessa
maneira, o jogo abordou, então, de forma lúdica e satisfatória, o balanceamento
e estequiometria de reações químicas, além das premiações que ajudou bastante na
busca do interesse juntamente com o jogo apresentado, pois o grupo A e B
apresentaram 100% de aproveitamento enquanto o C e o D apresentaram
respectivamente 85% e 80% de aproveitamento por encontrarem-se com pequenas
duvidas, não deixando de ser resultados positivos. Contudo proporcionou assim
aos alunos experiências significativas do campo do conhecimento, havendo um
maior aproveitamento dos alunos no assunto estequiométrico, explorando mais
atenção e desenvolvimento dos alunos, estes passando a ver os conteúdos como
algo “prazeroso” e menos “traumático”.
Conclusões
Portanto, o jogo apresentou-se como um recurso viável para que a aprendizagem e a construção de novos conhecimentos químicos aconteçam em ambiente agradável, de modo mais significativo, lúdico e prazeroso, através do jogo pode notar um maior grau de interesse dos alunos ao comparar o dia a dia com os assuntos de química, dessa forma, o jogo corroborou para uma melhor aprendizagem de forma construtiva usando uma metodologia do cotidiano.
Agradecimentos
A DEUS, a Universidade Estadual do Piauí UESPI.
Referências
CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 12, Goiânia (Universidade Federal de Goiás; Goiás), 2004. Anais, 028, 2004.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na Educação: criar, fazer, jogar. 6ª ed. São Paulo, Cortez Editora, 2005.
MELO, C. M. R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar ao processo de construção do conhecimento (continuação). Información Filosófica. V.2 nº1 2005 p.128-137.
VIGOTSKY. L. S. A formação social da mente: o papel do brinquedo no desenvolvimento. 7ed, São Paulo: Martins Fontes Editores, xxxp, 2007.