ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Moura Mariano, A.C. (UECE) ; Melquíades Lima, S. (UECE) ; Rocha da Silva, L. (UECE) ; Cristina Silva Vasconcelos, V. (UECE) ; Lima Alexandre, D. (UECE) ; Tavares Cavalcanti Liberato, M.C. (UECE)
Resumo
O consumo de drogas aumentou muito no Brasil nos últimos anos, trazendo problemas para as famílias e para a sociedade. A introdução do assunto drogas em sala de aula pode ser feito de outra forma, através da utilização de jogos que podem criar uma nova relação, pois a escola é vista, pelos alunos como um meio de obtenção de um maior aprendizado tanto social como cultural. Os jogos educativos têm por finalidade construir novas formas de pensamento, desenvolvendo e enriquecendo a personalidade de cada aluno, e para o professor, os jogos levam a condição de condutor, estimulador e avaliador de aprendizagem. O jogo elaborado é uma ferramenta indispensável no processo de ensino e aprendizagem e tem o objetivo de informar de forma dinâmica as consequências do uso das drogas.
Palavras chaves
Jogos ; Drogas ; Ensino da química
Introdução
A abordagem do cotidiano relacionando a Química e a sociedade vem sendo utilizada numa tentativa de despertar o interesse dos alunos por essa disciplina. O desenvolvimento de estratégias modernas e simples, utilizando experimentos, jogos e outros recursos didáticos, é recomendado para dinamizar o processo de aprendizagem em química. Os jogos estimulam a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança; aprimoram o desenvolvimento de habilidades linguísticas, mentais e de concentração; e exercitam interações sociais e trabalho em equipe (Vygotsky, 1996). Os jogos têm uma relação íntima com a construção da inteligência, sendo uma ferramenta útil para o processo de motivação e para o aprendizado de conceitos. O jogo educativo tem como objetivo atrair os jovens para o perigo que as drogas causam no organismo, na vida de uma pessoa usando a química como disciplina de estudo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre drogas psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, 57% dos jovens entre 12 e 17 anos consideram que obter drogas em "qualquer momento" é "muito fácil". Em 2001, 48,3% já tinham ingerido álcool; três anos depois, eram 54,3%. O consumo de maconha também subiu: de 6,9% em 2001, para 8,8% em 2005. Muitas jovens acham "chato" falar sobre drogas, pois é um assunto delicado e de difícil abordagem. Com os jogos os alunos aprenderiam de forma diferente e descontraída levando o conhecimento das drogas usando a química como disciplina.
Material e métodos
O jogo que será mostrado “Atos e Consequências” é composto por no máximo 3 pessoas. Ele é constituído de 2 dados e um tabuleiro, com 50 casas, sendo que algumas dessas casas você encontrará surpresas e vai ter uma casa referente ao inicio e outra a chegada. A estrutura do tabuleiro é feita com material resistente e cada caminho contém ilustrações relativas às drogas. O jogo fluiu no tempo total de 50 minutos, onde nos primeiros 10 minutos são feitos: distribuição dos piões de cada jogador, esclarecimentos sobre a temática do jogo, regras e objetivos, e o tempo restante foi suficiente para que os participantes percorresse todo o trajeto e respondesse todas as perguntas, superando recuos, avanços e casas especiais. Com o auxilio dos dados e das cartas, que terão informações das drogas, como: tipo, efeitos, fórmula mollecular e nomenclatura.
Resultado e discussão
O objetivo desse jogo é criar uma nova relação entre aluno e disciplina. O jogo foi aplicado em um grupo de discentes do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará (UECE) participantes do projeto “atos e consequências”, os participantes concluíram que esse jogo será de máxima importância para a sua utilização nas atividades docentes. De forma geral os jogos apresentaram uma excelente aprendizagem na disciplina, dando ao aluno motivação para o estudo da química. Foi observado que o assunto gerou interesse e curiosidades pelos alunos, tornando a aprendizagem ao final satisfatória. Também foi possível perceber que houve uma socialização entre os alunos, tornando-os mais aptos a absorverem os assuntos em sala de aula.
Conclusões
Com a elaboração deste trabalho, foi observado que os alunos tiveram uma participação ativa no seu processo de aprendizagem e crescimento pessoal, uma vez que a cooperação melhora a eficácia da ação pedagógica. Deve-se ressaltar a conscientização para o não uso de drogas.
Agradecimentos
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Referências
CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. ENEQ. 2004.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1996.