ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Fonseca, K.C.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Marques, J.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Montelo, D.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Oliveira, C.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Barbosa, L.G.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Batista, R.G. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Silva, J.G.D. (PROFESSOR CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS) ; Neto, O.S.S. (PROFESSOR DA ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ OPERÁRIO) ; Castro, I.P.M. (PROFESSORA DO IFTO CAMPUS PARAISO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (PROFESSOR DO IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)
Resumo
O objetivo desse trabalho é relatar uma experiência didático-pedagógica aplicada pelos alunos do PIBID de Química do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins vivenciada na sala de aula da Escola Estadual são José Operário através da utilização do feijão-preto como indicador, natural ácido base, avaliando o seu espectro de cores em função do pH. Os resultados e as discussões ofereceram condições para que esses alunos compreendessem o fenômeno químico estudado bem como as relações estabelecidas entre os conceitos teóricos e os experimentos. O experimento possibilitou a motivação dos alunos que observaram o caráter ácido básico de soluções presentes no seu dia a dia utilizando o caldo de feijão preto como indicador.
Palavras chaves
Processo de ensino; Aprendizagem; feijão preto
Introdução
Uma das causas do impedimento do ensino de química são as aulas elaboradas por professores que envolvem a memorização de regras e leis, o que torna a disciplina sem atração para os alunos (LIMA e MARCONDES, 2011). De acordo com os PCNs, o ensino deve ser contextualizado, utilizando situações interessantes e significativas presentes no cotidiano dos alunos, informações que reelabore e amplie os conhecimentos prévios, proponha articulações entre os conceitos construídos favorecendo o processo ensino-aprendizagem (BRASIL, 1996). O interesse dos alunos pela Química deve ser estimulado através de atividades práticas. Cabe ao professor a responsabilidade de preparar, mediar e oportunizar a aprendizagem do aluno auxiliando ele a aprender por meio do estabelecimento de inter-relações entre teoria e prática (SALVADEGO e LABURÚ 2011, p.216), A Química não deve ser restrita aos laboratórios, mas relacionada a outros ambientes, tais como cozinha, praças e jardins, sala de aula etc, para que os alunos percebam que ela faz parte do cotidiano de todos (ROSA e TOSTA, 2005). O gosto pela Ciências pode ter início no laboratório escolar, entretanto, é possível a realização atividades práticas sem um laboratório. O mais importante é oportunizar aos alunos atividades práticas, mesmo que realizadas na própria sala de aula. (PENTEADO e KOVALICZN 2013). O objetivo desse trabalho é relatar uma experiência didático-pedagógica aplicada pelos alunos do PIBID de Química do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO Campus Paraíso do Tocantins vivenciada na sala de aula da Escola Estadual são José Operário através da utilização do caldo de feijão-preto como indicador natural de ácido e base e construção de um espectro de cores em função do pH.
Material e métodos
A experiência foi realizada nas dependências (sala de aula e cozinha) do Colégio São José Operário em Paraíso do Tocantins com alunos do 2º ano do Ensino Médio. Os procedimentos experimentais foram elaborados pelos bolsistas do PIBID. O caldo do feijão preto foi extraído através da cocção de 200 gramas de feijão em 600 mL de água em forno micro-ondas por 5 minutos.Apos a cocção o extrato foi filtrado em um coador e concentrado através de aquecimento em fogo baixo no fogão. Foram utilizadas diferentes substâncias do cotidiano, água mineral, água de torneira, suco de laranja, suco de limão, detergente, água sanitária, sabão e vinagre de álcool, com valores de pH na faixa de 1,0 a 14 consultadas na literatura, em seguida foram adicionado 2 mL do extrato de feijão preto, através de seringa, para a observação das mudanças de coloração. Após a determinação da acidez e basicidade em função da coloração das substâncias utilizadas os alunos foram divididos em grupos, onde receberam soluções acidas (vinagre) e básicas (água sanitária) para diluição com água destilada e construção do espectro de cores utilizando do caldo do feijão-preto como indicador natural. Após o experimento foram discutidos os resultados da variação de espectro de cores em função do pH e variação de cor em diferentes concentrações de pH
Resultado e discussão
Os alunos puderam observaram o gradiente de cores produzidas por diferentes
substâncias utilizadas no cotidiano e construíram uma tabela para o uso do
extrato de feijão preto, utilizado como indicador, informando o pH encontrado
na literatura, coloração adquira e situação acido base. Descreveram as vantagens
da utilização de corantes naturais como indicadores, tais como, facilidade de
aquisição, baixo custo e não toxicidade, o que reforça a idéia de que nem sempre
as substâncias químicas, são nocivas (SOARES, SILVA e CAVALHEIRO, 2001).
Relataram também que após as aulas teóricas de ácido-base e a experiência feita
seriam capazes de classificarem os materiais domésticos em termos de sua
natureza ou ácida ou básica. (DEMO, 1996). As aulas práticas propiciam o
trabalho em equipes, em que os alunos precisam aprender a conviver para
desenvolver as atividades. (TRINDADE 2009, p.52). A partir das observações na
aula, evidenciou-se o comportamento reflexivo, crítico e ativo dos alunos, onde
o conhecimento foi construindo pelo sujeito na relação com o outro e o professor
mediou o processo ensino-aprendizagem. O aluno foi o protagonista do seu
conhecimento, onde o objeto de estudo foi trabalhado, refletido e reelaborado
pelos alunos evidenciando que não há mais espaço para um ensino de Química
memorístico sem nenhum significado para os alunos (AGOSTINHO,2009; VASCONCELOS,
2001). A figura e tabela 01 demonstram o espectro de cores, coloração e
condição acido base encontrados pelos alunos.
Conclusões
O experimento possibilitou a motivação dos alunos que observaram o caráter ácido básico de substancia presentes no seu dia a dia utilizando o extrato de feijão preto como indicador. O caldo de feijão preto apresenta potencialidade como indicador natural, podendo ser utilizado no processo de ensino-aprendizagem para a contextualização do ensino de química do conteúdo de equilíbrio ácido-base evidenciando a possibilidade da realização de experimentos com um custo baixo em sala de aula utilizando substancias do cotidiano.
Agradecimentos
A DEUS, CAPES, PIBID-Química/IFTO, IFTO/Campus Paraíso do Tocantins e Escola Estadual São José Operário/ Paraíso do Tocantins - TO
Referências
AGOSTINHO, L. C. L.; Uma abordagem do conteúdo de ácido-base de maneira contextualizada no ensino de Química para Educação de Jovens e Adultos – EJA. TAO, Universidade Estadual da Paraíba, Brasil, 2009
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF. 138 p. 1996
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996.
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