ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Martins, J.S. (UFCG) ; Araújo, A.L. (EEEM PROFESSOR LORDÃO) ; Melo, F.M.A. (EEEM PROFESSOR LORDÃO) ; Santos, J.C.O. (UFCG)
Resumo
O ensino de Química no Brasil segue ainda, em muitos casos, os padrões tradicionalistas que norteavam a aprendizagem das ciências exatas. A pedagogia da autonomia de Paulo Freire expõe as limitações do ensino tradicional mostrando que precisa haver mais compreensão e aplicabilidade dos conteúdos vistos em sala, com maior participação dos alunos. Esta pesquisa visa investigar quais as dificuldades de compreensão sofridas pelos alunos nas aulas de química no município de Picuí e quais as perspectivas desses alunos quanto às metodologias aplicadas. Para tanto, foi aplicado um questionário, visando identificar a visão dos alunos no 1º, 2º e 3º ano.
Palavras chaves
Ensino de Química; Contextualização; Ensino Inovador
Introdução
É comum ouvir de muitos estudantes do ensino médio que não gostam da disciplina Química e que a consideram chata. O ensino de química ainda segue o modelo tradicional, que se caracteriza pelo conhecimento de inúmeras fórmulas por parte dos alunos, memorização de reações e propriedades, sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na natureza. A química é uma ciência experimental, e como o próprio nome já indica, fica melhor exposta na forma de atividades práticas (ALVES, 2010). Diante dos fatos, sente-se uma necessidade de diagnosticar as dificuldades encontradas pelos alunos na compreensão dos conteúdos ministrados, tendo em vista que não há um caminho único para ensinar química que seja igualmente adequado para todos os alunos. No Brasil, muitos jovens não têm oportunidade de aprimorar seus estudos; junto a isso, a pequena carga horária de que os professores dispõem, muitas vezes, os direciona a ser apenas divulgadores dos temas trabalhados. Outros fatores dificultam a capacitação desses mesmos professores, o que corrobora o tradicionalismo no ensino da química, visto que os procedimentos metodológicos não se atualizam. Este trabalho tem por objetivo identificar as principais dificuldades dos alunos na compreensão da disciplina Química do 1° 2º e 3º Ano da escola estadual professor Lordão – PB e quais as suas perspectivas diante deste quadro.
Material e métodos
O presente trabalho foi desenvolvido Na Escola Estadual Professor Lordão, situada na cidade de Picuí -PB, com a colaboração de 213 alunos que estão cursando nesta escola o 1° 2º e 3º anos do Ensino Médio. Foi aplicado um questionário in loco visando obter informações sobre os processos de ensino/aprendizagem, tais como as dificuldades e perspectivas em relação ao ensino da disciplina Química. O mesmo foi aplicado em seis salas do 1°, 2º e 3º anos com alunos do turno diurno.
Resultado e discussão
Após a análise dos dados obtidos pelo questionário,72% dos alunos afirmaram que
gostam de estudar química, mas encontram dificuldades de compreensão no fato da
escola não proporcionar como estrutura física um laboratório químico para a
execução de aulas práticas. O gostar de química está relacionado à visão que o
aluno tem da disciplina, que para eles é indispensável à vida, sendo fonte de
conhecimento que exige raciocínio, compreensão, além de possuir uma prática que
a comprove. As justificativas fornecidas pelos 28% que responderam não gostar de
estudar química, relaciona-se com a visão que os alunos têm da disciplina e do
modo como é ensinada. Para eles a química possui uma quantidade excessiva de
assuntos a serem estudados, além de temas considerados abstratos ou ensinados de
maneira confusa e superficial. A falta de motivação para o estudo está associada
à dificuldade em entender e assimilar os conceitos químicos.Nas aulas de
Química, ou de qualquer outra disciplina, podem e devem ser aplicados
estratégias ou métodos alternativos às aulas expositivas tradicionais, com
vistas a despertar no educando o interesse ou a vontade para aprender o que é
proposto em sala de aula. Isso inclui experimentos, aulas de campo, jogos,
brincadeiras etc. Portanto, deve ser preocupação constante do professor
descobrir recursos para despertar no discente o desejo de aprender e fazê-lo
compreender a importância de estudar aquilo que está proposto no currículo.A
motivação é fundamental ao ensino porque dirige a ação do educando para o
aprendizado. A química é por vezes considerada difícil e chata, o que, somado às
deficiências que os alunos trazem de etapas anteriores, torna urgente a
elaboração de aulas instigadoras, dinâmicas e atraentes, que promovam a
motivação e o aprendizado.
Conclusões
Segundo o levantamento de dados observou-se que os alunos têm dificuldades na compreensão da disciplina Química e demonstram insatisfação em relação à estrutura física da escola, já que a mesma não possui laboratório químico. Onde uma grande parte dos entrevistados considera necessária a realização de experimentos relacionados à Química.
Agradecimentos
PIBID/CAPES/UFCG
Referências
ALVES, L. O papel das atividades experimentais no ensino de Química. Disponível em:<http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o-papel-das-atividades-experimentais-no-ensino-quimica.htm> Acesso em: 07 de junho de 2010.