ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Fernando Leite Lima de Sousa, I. (IFPI) ; Manoel Martins Pacheco Junior, R. (IFPI) ; Luana dos Santos Carvalho, F. (IFPI) ; Raimundo de Moura Rosa, C. (IFPI) ; Jose dos Santos, O. (UESPI)
Resumo
Os experimentos quando propostos nos livros didáticos, quase sempre não são realizados, e quando são, limita-se a uma simples demonstração sem participação ativa dos alunos, ou apenas os convidam a seguir um roteiro, sem instigar a curiosidade ou mesmo fazê-lo associar a relação existente entre o experimento e os conceitos (LIMA, et. al., 2000). Diante disto, o presente estudo tem como objetivo analisar os livros didáticos adotados em duas escolas do município de Picos- PI. Foram analisados quatro experimentos. Verificou-se que os experimentos são de fácil execução, pois apresenta materiais presentes no dia-a-dia, e que contribui bastante para a aprendizagem dos alunos.
Palavras chaves
ENSINO; CINÉTICA QUÍMICA ; EXPERIMENTOS
Introdução
O estudo da cinética química no ensino médio procura salientar essencialmente os motivos pelos quais as diferentes reações químicas ocorrem em velocidades diferentes, bem como alguns fatores que podem modificar a velocidades dessas reações, e a forma como isso ocorre (JUST e RUAS; 1997). O ensino de química vem se resumindo na sua grande maioria a memorização de fórmulas, nomenclatura de compostos e cálculos matemáticos deixando de lado os aspectos conceituais. Os experimentos quando propostos nos livros didáticos, quase sempre não são realizados, e quando são, limita-se a uma simples demonstração sem participação ativa dos alunos, ou apenas os convidam a seguir um roteiro, sem instigar a curiosidade ou mesmo fazê-lo associar a relação existente entre o experimento e os conceitos (LIMA, et. al., 2000). Diante disto, os professores adquirem uma formação incompleta, sem contextualização e habilidades para atuar junto aos alunos na realização de atividades experimentais ou práticas e dessa forma dificultando o processo de ensino-aprendizagem. Zanon e Palharinhe (1995), afirmam que a não contextualização da química pode ser responsável pelos altos índices de rejeição do estudo dessa ciência pelos alunos e isso se deve ao fato de termos uma formação ineficiente que não prepara os professores para a contextualização dos conteúdos. Nesse contexto, existe uma necessidade de se aperfeiçoar o ensino de cinética química procurando sempre uma atualização dos conceitos do ensino médio e a constante contextualização dos conteúdos transmitidos (SILVA apud LIMA et. al., 2000). A proposta do nosso estudo consiste em analisar os experimentos propostos pelos autores dos livros didáticos de química do ensino médio de uma escola publica estadual e uma particular.
Material e métodos
A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, adotou-se uma abordagem qualitativa por trazer o diálogo e análise de interpretação diante de determinados fatos. Primeiramente foi verificado se os livros de química adotados em uma escola pública estadual e particular do Piauí apresentavam experimentos propostos referentes aos conteúdos de cinética química. Os livros analisados foram os seguintes: Tito e Canto (2009) e Feltre (2004). Foram analisados quatro experimentos, três na escola privada que adotava Feltre (2004) e um na escola pública que adotava Tito e Canto (2009). Para analise foi levado em consideração os seguintes aspectos: a) materiais utilizados; b) o nível de dificuldade para a realização dos experimentos e; c) a verificação do acesso aos reagentes utilizados. A partir da apropriação e seleção dos dados coletados nos livros didáticos, passou-se a fazer a pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados e suas inferências e resultados (BARDIN, 2009). Os experimentos foram realizados e as perguntas relacionadas aos mesmos respondidas. Foi feito a verificação da acessibilidade do material e de facilidade de execução.
Resultado e discussão
Foi observado um experimento no livro de Tito e Canto (2009) que permitia
relacionar a variação de temperatura e a velocidade das reações e três
experimentos no livro de Feltre (2005) que relacionava fatores como superfície de
contato, temperatura e enzimas com a velocidade das reações. Verificou-se que
esses experimentos são de fácil realização pelos alunos, por apresentam materiais
de fácil acesso, reagentes simples e presentes no dia-a-dia, facilitando a
aprendizagem do aluno, visto que a pratica atrelado á teoria é de suma importância
para a compreensão do conteúdo, ainda mais por si tratar de cinética química. Os
experimentos que pediam provetas foram substituídos por copos de vidros assim sem
interferir nos resultados dos experimentos.
Conclusões
A partir da análise feita em livros de Química do Ensino Médio pode-se considerar que a utilização de atividades experimentais podem ser uma ferramenta essencial em sala de aula contribuindo muito para uma melhoria do ensino de química. Diante dos seguintes aspectos analisados : a) materiais utilizados; b) o nível de dificuldade para a realização dos experimentos e; c) a verificação do acesso aos reagentes utilizados. Considera-se também que essa prática aguça a curiosidade do aluno, desperta sua atenção e facilita sua aprendizagem.
Agradecimentos
A Deus, e a todos que contribuíram direto e indiretamente para o sucesso deste trabalho.
Referências
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.
FELTRE, Ricardo. Química. v.2, 6 ed, São Paulo: Moderna, 2004.
JUSTI. R.S.; RUAS. R.M. Aprendizagem de química reprodução de pedaços isolados do conhecimento?. Química Nova na Escola. Aprendizagem de Química, nº 5, Maio 1997.
LIMA, J. F. L; PINA, M. S. L; BARBOSA, R. M. N; JÓFILI, Z. M. S. A contextualização do ensino de cinética química. Revista Química Nova, 2000.
PERUZZO, F.M; CANTO, E.L. Química na abordagem do cotidiano. v.2, 5 ed., São Paulo: Moderna, 2009.
SILVA, Fausthon Fred. A Equação de Arrhenius: Uma alternativa em Ensino de Cinética Química no Nível médio. CNNQ, 2007.
ZANON, l.B. e PALHARINI, E.M.A Química no ensino fundamental de ciências. Química Nova na Escola, n. 2, p. 15-18, 1995.