ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
de Almeida Morais, K. (UESPI) ; e Silva Alves, P. (UESPI) ; Ferreira de Castro, N. (UESPI) ; Karenina Bacelar Santana, P. (UESPI) ; Alves Cardoso, B. (UESPI) ; Simone Cardoso, F. (UESPI) ; Eulália Alves de Olveira, M. (UESPI) ; Lima de Oliveira, L. (UESPI) ; Fortes de Oliveira, J. (UESPI) ; Paiva dos Santos, R. (UESPI)
Resumo
A busca por novas metodologias e estratégias de ensino para a motivação da aprendizagem devem ser de forma acessível, moderna e de baixo custo, porém, para isto acontecer é desafiador para os professores, dessa maneira, os jogos didáticos, bem como o da Tabela Periódica, descrito neste trabalho, surgem como uma metodologia alternativa incentivando o trabalho em equipe e assim a interação aluno-professor, auxiliando no desenvolvimento de raciocínio e habilidades. O objetivo deste trabalho é desenvolver habilidades cognitivas e importantes para o processo de aprendizagem, tais como resolução de problemas sobre tais elementos químicos, percepção, criatividade e raciocínio lógico para um melhor reaproveitamento do jogo.
Palavras chaves
Tabela Periódica; todologias alternativas; jogo lúdico
Introdução
Quando se trata de Química, alunos do ensino fundamental, assim como do ensino médio, temem a essa disciplina, nesse contexto, alguns obstáculos devem ser superados pelos estudantes no ensino de ciências, tais como o aprendizado de um novo vocabulário. (OLIVEIRA, 2008) Entretanto, as atividades lúdicas passaram a ser reconhecidas por muitos pesquisadores como essenciais na psicofisiologia do comportamento humano, sendo consideradas como necessidades básicas da personalidade, do corpo e da mente. (HUIZINGA, 1971) Assim, atualmente, o lúdico não está associado somente aos jogos, mas também a todas as atividades que são agradáveis de serem praticadas. (MACEDO, 2005) O jogo didático possui duas funções: a lúdica e a educativa, onde as mesmas devem coexistir em equilíbrio. Se a função lúdica prevalecer, não passará de um jogo, e se a função educativa for predominante será apenas um material didático. (KISHIMOTO, 1994) Creditam-se a Mendeleiev o mérito de ter elaborado a ideia que conduziu à tabela periódica dos elementos, um dos instrumentos de consulta mais utilizados pelos químicos (e pelos estudantes de Química) em todo o mundo. (TITO, 2003) A classificação periódica dos elementos, ou, se preferirmos, o sistema periódico dos elementos, é sem dúvida, um dos mais poderosos ícones na ciência: um único documento que consolida muito de nosso conhecimento sobre química, apesar das dramáticas mudanças que ocorreram na ciência nos últimos anos. (SCERRI, 1998).
Material e métodos
A pesquisa foi executada no período de Abril de 2014, em turmas do 9° ano do ensino fundamental da Unidade Escolar Santa Inês, escola da rede estadual de educação do estado do Piauí. Inicialmente foi realizada uma pesquisa exploratória através da aplicação de um questionário, com o propósito de diagnosticar o conhecimento dos alunos sobre o tema “Tabela Periódica”. Contudo foi disponibilizada uma cópia da Tabela Periódica para cada aluno no decorrer das aulas. As turmas foram divididas em duas partes, no qual para cada grupo teve obtenção do conhecimento apenas teórico, e o outro grupo assim obterá tanto o conhecimento teórico como na pratica, para no final ter a comparação de qual possuiu mais êxito, entretanto, foi trabalhado de forma lúdica, desenvolveu dinâmicas e jogos didáticos, no final foi utilizado outro questionário, comparando o rendimento dos grupos. O jogo didático aplicado foi desenvolvido com 98 elementos químicos e as propriedades trabalhadas foram: numero atômico, massa atômica, ponto de ebulição, ponto de fusão, densidade, eletronegatividade e configuração eletrônica. Esses parâmetros foram escolhidos em função das necessidades dos alunos e professores.
Resultado e discussão
O estudo da Tabela Periódica é sempre um desafio, pois os alunos têm dificuldade
em entender as propriedades periódicas e aperiódicas e, inclusive, como os
elementos foram dispostos na tabela e como essas propriedades se relacionam para
a formação das substâncias. Na maioria dos casos, eles não sabem como a utilizar
e acabam por achar que o melhor caminho é decorar as informações mais
importantes. Dessa maneira, o jogo da Tabela Periódica foi apresentado aos
alunos após uma introdução e questionários do assunto realizado. Dessa maneira,
o jogo foi utilizado para aprendizagem e maior fixação do conhecimento. Com a
aplicação deste jogo na escola Santa Inês, a sala depois de dividida no meio,
onde possuía cerca de 40 alunos, pode-se verificar no Primeiro grupo onde teve
conhecimento apenas teórico um menor rendimento de acertos, cerca de 30%, porém,
no segundo grupo onde foi dado teoria e pratica, teve um maior rendimento de
porcentagem, cerca de 70%. Entretanto, o grupo que obteve apenas teoria teve sua
vez de perguntar para o outro grupo, como vice-versa, através disso, foi
determinado o rendimento de ambas as partes, no qual o segundo grupo foi o
vencedor, contudo, procurou-se deixar claro para os alunos que o objetivo do
jogo não era uma disputa para se conhecer o vencedor, e sim apresentar as várias
características dos diversos elementos químicos que compõem a Tabela Periódica.
Após o jogo se pode observar que houve melhora significativa no entendimento de
como utilizar essa tabela, pois perceberam que nela se encontram dados que vão
além de nome, símbolo, massa e número atômico de cada elemento.
Conclusões
Portanto, os jogos contribuíram para uma melhor aprendizagem da periodicidade dos elementos químicos, auxiliando esclarecimento nítido sobre características dos elementos químicos. Dessa maneira, o jogo mostrou ser uma boa metodologia alternativa, além de auxiliar uma melhor relação professor-aluno. Na busca por materiais didáticos para o ensino das propriedades periódicas e aperiódicas, pode- se verificar a Tabela Periódica de forma interativa, porém, o grupo que teve maior êxito foi o que usufruiu de conhecimento teórico e prático.
Agradecimentos
Agradeço a Deus, a Universidade Estadual do Piauí- UESPI, por apoiar financeiramente, a minha mãe e meus amigos.
Referências
HUIZINGA, J. Homo Ludens. Tradução de J.P. Monteiro. São Paulo. Perspectiva, 1971.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
MACEDO, L.; PEETY, A.L.S.; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
OLIVEIRA, M.A. O laboratório didático de química: uma micronarrativa etnográfica pela ótica do conceito de articulação. Ciência & Educação, v. 14, n. 1, p. 101-114, 2008.
SCERRI, E. The evolution of the periodic system. Scientific American, 279, p. 78 83, 1998.
TITO, F. M. P., CANTO, E. L. Química: na abordagem do cotidiano. Vol. 2. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2003.