ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Aires Rocha, M. (IFMT) ; Pereira Garcês, B. (IFMT)
Resumo
RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar a receptividade e compreensão, por parte dos alunos, dos conteúdos que são ministrados diariamente, usando para isso aulas experimentais. Foram desenvolvidos experimentos envolvendo ácidos e bases e exemplificando suas propriedades e utilidades afins. O presente trabalho levou em consideração a interatividade entre aluno e professor, ou seja, a medida que se realizava um experimento, o professor avaliava o comportamento dos alunos com relação ao experimento, sendo que os mesmos se manifestavam de forma diferente diante de cada experimento. As aulas foram realizadas em duas turmas do 2º ano do ensino médio do Centro de Educação de Jovens e Adultos, (CEJA) e tiveram duração de 3 horas .
Palavras chaves
CEJA; Experimento; Ácido
Introdução
INTRODUÇÃO Os alunos de nível médio em geral, têm uma grande dificuldade pra assimilar os conteúdos de química, mas em se tratando dos alunos do Centro Educacional de Jovens e Adultos, as dificuldades são maiores. De modo geral, são pessoas adultas com idade entre 40 e 50 anos ou jovens entre 18 e 25 anos, que não tiveram oportunidade de cursar o ensino regular, e que agora buscam melhorar a qualidade do seu conhecimento. Normalmente são pais ou mães de família que trabalham o dia inteiro e dedicam pouco tempo aos estudos. Esse fato tem contribuído de forma decisiva para o aumento da evasão escolar, pois por não terem uma base, ao se confrontarem com os conteúdos das aulas expositivas apenas, estes alunos acabam por se sentirem incapazes de contornar as dificuldades que se apresentam. Pensado nisso, é que resolvemos elaborar algumas práticas sobre conteúdos que são estudados por estes alunos pra avaliar a receptividade dos mesmos em relação à prática e a vivência da química no dia- dia.
Material e métodos
METODOLOGIA A metodologia adotada para a aplicação deste trabalho consistiu de uma breve aula teórica seguida pelas práticas comentadas, ou seja, após cada prática, fazíamos alguns comentários e interrogávamos os alunos, que (eram num total de 35) apresentavam suas dúvidas e opiniões. A atividade foi planejada tomando como referenciais teóricos Goldani (2007),Salvador (2002), Usberco (2002) e De Boni (2007). Foram realizados 4 experimentos simples envolvendo ácidos e bases, sendo eles: a Extração do extrato de repolho roxo, que foi feito com o auxilio de liquidificador, e posterior uso como indicador de ácidos e bases, levando se em conta a mudança na coloração da substância testada. A condutividade elétrica do meio ácido ou básico foi o experimento seguinte, onde foi feito o teste de continuidade, usando se para isso suco de limão, uma pilha, Led e três pedaços de fio. No terceiro experimento, os alunos puderam comprovar como soluções ácidas ou básicas podem funcionar como soluções eletrolíticas pra gerar corrente elétrica; com o uso de uma laranja, fita de magnésio, fio de cobre e um Led, que se acendeu com forte intensidade durante o experimento, exemplificando assim a geração de corrente elétrica no processo de óxido-redução. O quarto e último experimento mostrou aos alunos como é possível gerar um gás (CO2) apenas com a mistura de um ácido com uma base. Os materiais utilizados pra realização deste experimento foram uma garrafa pet, um balão, ácido acético e bicarbonato de sódio. Ao se juntar com o ácido acético que estava na garrafa, o bicarbonato (que estava dentro do balão), causou uma efervescência, liberando dióxido de carbono e enchendo o balão, que estava posto na boca da garrafa. Encerrados os experimentos, foi feito um questionário avaliativo.
Resultado e discussão
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante do exposto e com base nos questionamentos feitos aos alunos, ficou
evidente que eles adoraram a aula experimental. Um fato interessante e que não
deve passar despercebido, é que, quando fomos propor a aula experimental as duas
turmas, a grande maioria “repudiou” a disciplina, alguns chegaram mesmo a dizer
que “era coisa de louco” e que não faziam questão de participar desse tipo de
aula. No entanto, depois dos experimentos realizados, estes mesmos alunos
chegaram até a gente e confessaram que nunca tinham imaginado que se pudesse
estudar química daquela forma e, ainda, que não pensavam que a química estava
tão presente em nosso dia-a-dia. Aproximadamente 95% dos alunos declararam que
aprenderiam e se dedicariam mais se as aulas tivessem sempre algum tipo
explicação prática ou experimento. Cerca de 35% disseram que, embora não
gostassem muito de química, com aulas experimentais se sentiam mais
entusiasmados a participarem da aula. As duas turmas (100%) declarou que é
impossível aprender química apenas com aulas expositivas. Um total de 90%
afirmou que pra se assimilar melhor a teoria é indispensável a prática.
Conclusões
CONCLUSÃO De acordo com as observações e resultados obtidos neste trabalho, fica evidente que prática e teoria devem estar sempre de mãos dadas, de tal forma que facilite e possibilite uma melhor compreensão/aprendizagem do aluno, que não deve, jamais, ficar preso apenas a fórmulas e teorias sem fim não entendo se quer como elas funcionam. O método experimental torna se uma opção valiosa para proporcionar um aprendizado satisfatório de química. Além disso, fica evidente que, a forma como os conteúdos são ministrados podem influenciar os alunos de uma maneira indesejada.
Agradecimentos
Referências
REFERÊNCIAS
USBERCO, João. Química volume único. 5. Ed. São Paulo, Saraiva, 2002.
SALVADOR, Edgar. Química volume único. 5. Ed. São Paulo, Saraiva, 2002.
GOLDANI, Eduardo. . Introdução Clássica à Química Geral. Ed. Tchê Química Cons. Educ. LTDA, Porto Alegre,2007, p. 161 a 168.
De BONI, Luíz Alcídes Brandini. Introdução Clássica à Química Geral. Ed. Tchê Química Cons. Educ. LTDA, Porto Alegre,2007, p. 161 a 168.