ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ensino de Química
Autores
Lima Luz, B.R. (IFMT) ; Souza, K. (IFMT) ; Martins, T. (IFMT)
Resumo
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de desenvolver a conscientização socioambiental nos alunos das Escolas Municipais e Estaduais,pois estamos vivenciando um tempo de grande preocupação ambiental, pois o planeta Terra vem se transformando devido às ações antrópicas. Para discutir sobre esta transformação, é preciso compreender sua causa. Portanto, este projeto tem enfoque na questão das sacolas plásticas, que possui um papel de grande importância na transformação do meio ambiente. Para tanto, usou de pesquisa quantitativa e qualitativa com os alunos do ensino médio do município de Confresa - MT, a fim de compreender qual a visão ótica dos jovens sobre o assunto em questão.
Palavras chaves
Sacolas Plásticas; Meio Ambiente; Consciência Ambiental
Introdução
As sacolas plásticas foram introduzidas no cotidiano das pessoas a partir da década de 70, com a finalidade de transportar mercadorias em pequenas quantidades, além de oferecer comodidade para os consumidores e se instituir um meio de propaganda para seus distribuidores (GUIMARÃES et al., 2009). As sacolas plásticas são fabricadas a partir de uma resina sintética derivada do petróleo não biodegradável, consumindo assim, muitos anos para seu desaparecimento parcial do meio ambiente. Como a matéria-prima para a fabricação das sacolas são os combustíveis fósseis, consequentemente emite para atmosfera, no processo de degradação, grande quantidade de gás carbono – apontado como um dos grandes problemas ambientais da atualidade. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, somente no Brasil são consumidas 12 bilhões de sacolas plásticas ao ano, cerca de 66 unidades ao mês por cada brasileiro (O Globo ONLINE apud GUIMARÃES et al., 2009). Deste modo, observa-se que as sacolas plásticas não possuem somente custo financeiro, mas principalmente ambiental. Sendo assim, este projeto teve como objetivo realizar levantamento sobre o uso, a destinação e a visão sobre as sacolas plásticas com os estudantes do ensino médio de Confresa– MT, em escolas de ensino público e estadual .
Material e métodos
O nosso foco inicial foi a criação de medidas, que são submetidas a estudos, que foram baseados em um levantamento, elaborado através de um questionário de perguntas, implantado nas escolas púbicas e estaduais da cidade de Confresa MT , que foi o pilar inicial da nossa pesquisa.Vivemos em um mundo globalizado, no qual necessitamos de bens e serviços que possam garantir nossas necessidades de sobrevivência, sendo que a maior parte desses bens e serviços é retirada da natureza. Segundo Medina &Santos (1999), do ponto de vista de fundamentação pedagógica a concepção do processo ensino-aprendizagem cria a possibilidade de que o educador possa fornecer novos elementos ao processo de educação que possibilitem mudar a “visão de mundo” dos sujeitos da educação. Foi realizada uma pesquisa com os estudantes do ensino médio do município e do estado de Confresa – MT, no mês de janeiro de 2014, no qual foram aplicados questionários a 220 alunos de três escolas: uma municipal, duas estadual . O questionário era constituído de quinze perguntas objetivas relacionadas com o uso e o destino e das sacolas plásticas.
Resultado e discussão
O trabalho teve notadamente resultados positivos, por despertar o interesse e a
curiosidade dos alunos sobre questões ambientais totalmente inseridas no seu
cotidiano, utilizando metodologia e linguagem apropriadas ao publico presente
nas palestras ,a pesquisa realizada, notou-se que os estudantes possuem
consciência de que as sacolas plásticas são prejudiciais e causam impactos ao
meio ambiente, ficando evidente na pergunta em que 75% dos alunos entrevistados
afirmam que as sacolas plásticas são prejudiciais ao ambiente. Quando
questionados se conheciam qual o tempo de vida útil das sacolas plásticas, 78%
dos entrevistados afirmam desconhecerem. A falta de informação sobre o descarte
das sacolas é apontada por 81% dos pesquisados. Em seguida, foi arguido sobre a
responsabilidade de informar o descarte correto das sacolas, sendo que
atribuíram esta responsabilidade ao/à: poder público (45%), própria comunidade
(35%), comércio (13%) e outros (7%). Quando perguntados se houvessem descarte
adequado de sacolas no município, 71% disseram que contribuiria separando as
sacolas plásticas do lixo comum. Outra questão estava relacionada sobre a
extinção das sacolas plásticas, no qual 57% deles se mostraram contrários. Na
pesquisa, ainda se buscava saber quantas sacolas os alunos usavam mensalmente,
dos quais: 48% usavam mais de 50 sacolas, 32% utilizavam 30 sacolas e 20% com
uso de até 20 sacolas. Para saber se os alunos trocariam as sacolas plásticas
por sacolas biodegradáveis, mesmo com custo, 52% deles se mostraram favoráveis.
Conclusões
Foi de suma importância para que os mesmos adquirissem uma maior vivência com os problemas advindos da disposição dos resíduos sólidos no meio ambiente, bem como, de processos simples para a reutilização desses resíduos deforma ecologicamente correta Observamos que os alunos do ensino médio do município de Confresa - MT possuem a consciência de que as sacolas plásticas são prejudiciais ao meio ambiente, além de que precisam de maiores informações quanto ao uso e destinação correta das sacolas. Outro aspecto notadamente importante é que estes estudantes estão dispostos a mudar seus hábitos, contribuindo para a conservação ambiental.
Agradecimentos
: Ao IFMT-Campus Confresa pelo apoio nesta pesquisa.
Referências
GUIMARÃES, L. D. D.; ALBUQUERQUE, E. C. B. S. Embalagens plásticas num contexto maior. 2009.
MARTINS, C. T.; JESUS, A. S.; REGINI, G. Percepção ambiental sobre o uso de sacolas plásticas. In: X ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS GRADUAÇÃO. 2009.
SANTANA, M. C. Impacto ambiental causado pelo descarte de embalagens plásticas - Gerenciamento de riscos. São Paulo, 2009. 90p. Monografia - Centro Tecnológico da Zona Leste / Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
VIANA, M. B. Sacolas plásticas: aspectos controversos de seu uso e iniciativas legislativas. 2010.