ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Ambiental
Autores
Lima de Sousa, C. (IFPI) ; de Carvalho Pereira, E.G. (IFPI) ; de Jesus Bezerra, E.V. (IFPI) ; Sousa, F.I. (IFPI)
Resumo
Nos dias atuais com o crescimento desordenado da população, cresce também, outro fator preponderante: o lixo. Esse, quando considerado comum, tem seus destinos certos como aterros sanitários e até mesmo lixões. Porém, quando são advindos da rede de saúde como Hospitais, Clínicas, Consultorias e PSF’s, deve-se ter total atenção, tanto por parte dos geradores, como pela população. Pois a mistura do lixo hospitalar com o lixo comum podem trazer danos irreversíveis à saúde do homem e ao meio ambiente. O presente trabalho tem por finalidade a investigação de como esta sendo descartado o Lixo Hospitalar, incluindo coleta, armazenamento, tratamento e o despacho final, em um Hospital Público do Município de Picos-PI
Palavras chaves
Lixo hospitalar; Descarte; Materiais
Introdução
A falta de informação e a separação dos resíduos são dois dos maiores desafios para o descarte correto do Lixo hospitalar. Faz-se necessário a elaboração de projetos que determinem melhorias no setor e que eduque a população alertando sobre possíveis contaminações. Segundo a Lei 307 de 24 de dezembro de 2004, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foram estabelecidas regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado, da origem ao destino (aterramento, radiação e incineração) atingindo hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios e outros estabelecimentos de saúde. Assim, é de vital importância que o Lixo Hospitalar antes de ser levado ao seu destino final, seja separado, armazenado, tratado conforme sua necessidade e por fim, descartado de forma correta, obedecendo todas as normas. O objetivo desse trabalho é demonstrar como deve ser feita a coleta do Lixo Hospitalar para que, uma vez jogados em locais indevidos, não venha causar danos à população e ao meio ambiente.
Material e métodos
Através de entrevista buscou-se investigar como está sendo feito a coleta do lixo hospitalar no Hospital Regional Justino Luz. Procurou-se também, saber se a Instituição promove campanhas de alerta e prevenção do manuseio correto do lixo considerado infectocontagioso. E, se é feito algo para minimizar a quantidade do lixo produzido pelo hospital, contribuindo assim, mais uma vez com o meio ambiente. A pesquisa teve como foco o Maior Hospital Público da cidade de Picos- PI. Para a coleta de dados, foi realizada uma entrevista com a Gerente do Serviço de Resíduos Hospitalares, responsável pelo setor. O Hospital Regional Justino Luz, é uma instituição Pública com mais 40 anos de existência e o único na cidade a atender urgências e emergências, possuindo assim um estado de lotação constante. Para a elaboração do trabalho, foi utilizado questionário através de um roteiro, onde foi gravada a entrevista no intuito de identificar quais os procedimentos adotados pelo Hospital, no descarte correto do lixo. O questionário era composto por dez perguntas relacionadas ao tema, com grau moderado de conhecimento. A partir daí, obteve-se o conhecimento necessário para o desenvolvimento desse trabalho.
Resultado e discussão
Como forma de estabelecer um primeiro contato, no início da entrevista, fez-se
algumas introduções com a Responsável pelo setor, sobre: o período de atuação a
frente do cargo e uma definição resumida do que viria a ser o Lixo Hospitalar.
Foi-se então, para pergunta de número três “Qual o destino do Lixo Hospitalar
gerado no Hospital Regional”? Segundo o que foi informado, a coleta e o descarte
de todos os Resíduos Químicos produzidos no Regional, são de responsabilidade de
uma Empresa especializada, localizada na capital Teresina. Daí, todos os demais
procedimentos como o tratamento e o descarte final do lixo não são realizados
pelo o Hospital Regional. A partir dessa resposta, veio a pergunta “O Hospital
dispõe dos materiais necessários ao armazenamento correto do Lixo”? Sim. A
instituição dispõe de um galpão onde ficam armazenados os resíduos hospitalares.
Primeiro é feita a identificação, depois a classificação dos rejeitos, onde
estes são separados conforme a sua característica. Só então, é que serão
acondicionados em sacos, específicos ao seu tipo. Para o grupo dos perfuro
cortantes o recomendado é que estes sejam mantidos em caixas especiais, conta a
Gerente. A respeito da fiscalização dos Órgãos Públicos no recolhimento dos
resíduos, na Instituição em questão o período varia entre seis meses e um ano,
conforme dito. Esta, entre outras, tenta impedir e punir os estabelecimentos que
descartam o lixo hospitalar em lugares incorretos, como:lixões comuns, ou a céu
aberto, rios e etc. Já, para os catadores ou profissionais que manuseia esse
tipo de lixo sem a devida proteção, corre o grande risco de contaminação (AIDS e
hepatite), por restos de materiais deixados nos perfuro-cortantes (seringas,
bisturis e etc.). Porém, no Hospital Regional não ha registro de tal fato
Conclusões
Assim, a partir dos dados obtidos, pode-se afirmar que a coleta e o descarte dos resíduos hospitalares gerados no Hospital Regional Justino Luz, estão sendo feitos de forma adequada. Sendo que, a partir da coleta, a Empresa. Licitante, se encarrega de fazer o tratamento e o descarte final (incineração, aterramento). Restando para a Instituição, apenas a parte da classificação e o armazenamento do lixo. Contudo, é necessário que se desenvolva uma política de conscientização quanto ao descarte desse tipo de lixo. Pois, uma vez jogados incorretamente, prejudicam tanto a natureza como a população.
Agradecimentos
Antes de tudo, a Deus pelo dom da vida. Desenvolver esse trabalho me deixou imensamente feliz, por se tratar de um tema de grande relevância.
Referências
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Resolução - RDC Nº 307, de 24 de Dezembro de 2004;
SOUSA, C.L: Questionário de Pesquisa de Campo “O Descarte do Lixo Hospitalar, no Hospital Regional Justino Luz, Picos-PI”, jul. de 2014;
http://www.fragmaq.com.br/blog/lixo-hospitalar/separacao-do-lixo-hospitalar/: acesso em 09 de agosto de 2014.