A INFLUÊNCIA DA QUÍMICA NO MEIO AMBIENTE LOCALIZADO: Analisando a influência da química no contexto socioambiental do município de Macapá-AP

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ambiental

Autores

Freitas, A.C.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; da Costa, H.L.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; dos Santos, M.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; de Carvalho, P.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Rodrigues, A.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP)) ; Maciel, J.P.F. (INSTITUTO MACAPAENSE DO MELHOR ENSINO SUPERIOR)

Resumo

O seguinte estudo traz como foco central a investigação e analise dos principais problemas enfrentados pelos moradores e visitantes da cidade de Macapá-AP, relacionados aos problemas ambientais vigentes no local, tendo em vista a influência da química nesta situação, levando em conta as diversidades e dificuldades de destinação do lixo. A relevância de cunho social que busca entender o porquê que em áreas de ressaca os danos oriundos desta má manipulação de resíduos é mais frequente, quais as precauções e iniciativas já existentes para a destinação do lixo na cidade, apontando os prós e contras do desenvolvimento da química na sociedade local.

Palavras chaves

Química; Resíduos; Destinação

Introdução

A química desempenha um papel fundamental no ambiente de nosso planeta. De fato, é comum a população culpar os químicos sintéticos e seus criadores pelos problemas de poluição mais comuns. Mas passa despercebido que a maioria dos problemas ambientais das décadas e dos séculos passados, como, por exemplo, a contaminação biológica da água potável, foi resolvida unicamente quando foram aplicados métodos de ciência em geral, e da química em particular. O aspecto crítico fundamental, entretanto, reside na questão de se a contaminação por agentes químicos em níveis reduzidos afeta negativamente a saúde das pessoas ou de outros organismos vivos. A questão é difícil de responder e resolver, porque os efeitos são relativamente sutis e difíceis de serem identificados, porém, para o entendimento deste problema, devemos buscar compreender a ciência, desde sua origem, passando por suas causas e benefícios. Neste sentido, esta pesquisa vem para investigar os mais variados ambientes da cidade de Macapá, a fim de entender melhor até onde a manipulação de resíduos químicos funciona de forma negativa nestes espaços e, de que forma a química contribui para diminuir esses danos socioambientais.

Material e métodos

A principio, faz-se necessária a realização de um levantamento bibliográfico, aprofundando os conceitos de algumas palavras chaves destacadas no decorrer da pesquisa, como: A era dos Descartáveis (SEMA, 2001); Química Ambiental (Dias, 2000); Reeducação Ambiental (JACOBI, 2003); Práticas Socioambientais (Baird, 2002) e Elementos químicos radioativos e pesados (Reidler & Günther, 2002), no qual foram consultados dados de maneira informal de sites da internet, artigos publicados, livros e outros espaços que dispõem de acervo voltado para a temática em debate, a fim de esclarecimento para a equipe de pesquisadores. Em uma nova etapa, serão selecionadas áreas que possuem a forte ocorrência da situação-problema, onde deveremos encontrar sustentação para as hipóteses via pesquisa descritiva, levantadas por meio de coleta de opinião entre cidadãos e estudiosos, por meio de conversa formal. Em seguida, serão centralizados esforços na obtenção e organização de dados mais precisos em torno do assunto, dividido em duas sub-etapas, onde, primeiramente serão mapeadas as áreas de perigo biológico existentes na cidade de Macapá, arrecadando evidências como fotografias, relatos em vídeo e a opinião por extenso de pessoas e autoridades envoltas neste problema sobre as áreas onde o descarte indevido de materiais químicos tóxicos e poluentes tem mais incidência, buscando entender a evolução deste processo. Em seguida, serão postos em analise todos os dados coletados para fins de conclusões futuras.

Resultado e discussão

No Amapá, a questão da destinação dos resíduos sólidos sempre apresentou um quadro caótico, na década passada, o município de Macapá produzia cerca de 3 toneladas de lixo mensalmente e destes, 100% dos resíduos possuíam destinação inadequada. Apesar da adequação do antigo lixão para o Aterro Controlado de Macapá, o Estado ainda não possui uma política, bem como, plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, a maioria dos municípios do Estado ainda possuem lixões para o destinação de seus resíduos. Quanto a gestão dos resíduos sólidos dentre os dezesseis municípios do Estado, o Município de Macapá é o único, segundo a Pesquisa de Saneamento Básico 2008 promovida pelo IBGE, que apresenta plano de gerenciamento de resíduo, bem como, aterro controlado operacional. Contudo, não apresenta coleta seletiva de resíduos sólidos e a disposição de produtos perigosos é realizada no aterro sem o devido tratamento. Em 2012, o município de Macapá produzia cerca de 139.239 toneladas de lixo por ano na qual a maior parte deste não recebeu o devido tratamento, apesar da criação do aterro controlado. Em relação ao descarte de materiais perigosos, como pilhas e baterias, o retrato é ainda mais grave, existem poucos postos de coleta que, geralmente, não são conhecidos pela sociedade. Todo esse desordenamento acarretou em alguns graves problemas, como a contaminação do lençol freático, o processo inverso de descarte de resíduos nas áreas de ressaca, o excesso de doenças oriundas do acúmulo de lixo em locais públicos, algumas mudanças climáticas (temperaturas mais elevadas), e inúmeros transtornos de questão sanitária.

Lixão em Macapá

Aterro controlado de Macapá, antiga lixeira pública, que fica na BR-210 a 14 quilômetros do centro da cidade

Poluição das áreas de ressaca em Macapá

A falta de recursos e de trabalhos de conscientização dos moradores das áreas de ressaca acarretando na poluição do ambiente em que vivem

Conclusões

Mediante todos os dados, percebemos que se todo o resíduo for retrabalhado de modo eficiente, não provocará danos ambientais, e para que isso seja executado, precisamos de profissionais e, principalmente da sociedade. A reflexão sobre as práticas científicas e sociais em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, considera-se uma forma abrangente e democrática de utilizar a ciência como instrumento na tentativa de recuperação do ecossistema localizado, mostrando aos cidadãos a importância de manter-mos a saúde do nosso planeta.

Agradecimentos

Agradecemos a todos os colaboradores que não mediram esforços para o progresso desta pesquisa.

Referências

ALMEIDA, M. D. C. et al. Produção de biodiesel a partir de óleos de Cozinha usado para atender a logística do Governo – Projeto Biococção. SEMA: Macapá, 2011.
ALMEIDA, M. D. C. et al. Projeto de Educação Ambiental para o descarte correto de pilhas e baterias. SEMA: Macapá, 2011.
BAIRD, C. Química Ambiental. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
DIAS, P. A educação Ambiental. Unesco, 1980. p. 13-63.
JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. São Paulo: Annablume, 2003.
REIDLER, N.M.V.L.R. Resíduos gerados por pilhas e baterias usadas: uma avaliação da situação brasileira, 1999 - 2001. São Paulo (BR), 2002. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.
REIDLER, N. et al. Impactos ambientais e sanitários causados por descarte inadequado de pilhas e baterias usadas. São Paulo, 2003.

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Apoio

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