QUALIDADE FISICO QUIMICA E SANITÁRIA DA ÁGUA TRATADA DISTRIBUÍDA PARA CONSUMO HUMANO PELO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DA CIDADE DE PARAÍSO DO TOCANTINS – TO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Ambiental

Autores

Barbosa, L.G.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Vieira, J.T.F. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Montelo, D.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Oliveira, C.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Marques, J.L. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Fonseca, K.C.S. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Castro, I.P.M. (PROFESSORA DO IFTO CAMPUS PARAISO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Ferraz, R.G.B. (PROFESSOR DO IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Silva, J.G.D. (PROFESSOR CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS)

Resumo

O estudo foi desenvolvido na Cidade de Paraíso do Tocantins localizado na região Centro Oeste do estado do Tocantins com área total de 1.268,058 km 2 e população de 44.417 habitantes. Foram realizadas sete coletas mensais no período matutino durante os meses julho a dezembro de 2013 totalizando 42 amostras para analise físico-químicas e 42 para microbiológicas. As análises físico-químicas seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater e as microbiológicas a técnica de Tubos Múltiplos conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde. Os resultados obtidos demonstraram que a água oferecida à população de Paraíso do Tocantins apresentou valores em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.9

Palavras chaves

sistema de abastecimento; Água tratada; Qualidade sanitária

Introdução

O crescimento populacional mundial, a urbanização, expansão da agricultura e desenvolvimento industrial contribuíram para o desenvolvimento da poluição e contaminação que impactaram negativamente a capacidade de autodepuração dos recursos hídricos, prejudicando a qualidade e quantidade de água disponível ao consumo humano (RICHTER, 1999; PHILIPPI, 2005; BECKER, 2008) A água destinada ao consumo humano deve passar por um conjunto de etapas de tratamento e atender aos critérios de potabilidade estabelecido pela Portaria 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). A água potável não deve conter microrganismos patogênicos e deve estar livre de bactérias denominadas coliformes (FUNASA, 2006). Devido à relação entre qualidade da água e ocorrência de doenças, a distribuição de água segura para consumo humano e que não ofereça risco à saúde é fundamental para a manutenção da saúde da população. É importante a realização de um controle e monitoramento periódico da qualidade da água utilizada para abastecimento e consumo humano. A higienização periodicamente dos reservatórios de água devem ser realizadas para que impurezas e contaminações venham comprometer a potabilidade da água armazenadas nos reservatórios (CALAZANS et al., 2004). Assim, não é suficiente apenas disponibilizar água em quantidade adequada, pois a sua qualidade é de uma importância crescente para todos os consumidores (SANTOS et al., 2011) Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água para consumo humano na cidade de Paraíso do Tocantins por meio de variáveis físico-químicas, microbiológicas e conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.

Material e métodos

O estudo foi desenvolvido na Cidade de Paraíso do Tocantins, que está localizado na região Centro Oeste do estado do Tocantins, no Vale do Araguaia, possui área total de 1.268,058 km2 e população de 44.417 habitantes (IBGE, 2012). Foram realizadas sete coletas mensais em Pontos de Controle de Qualidade (PCQs) fixos e pré-determinados pela companhia de saneamento no intervalo das 06:00 à 07:00 hora da manhã , durante julho a dezembro de 2013, totalizando um número de 42 amostras para analise físico-químicas e 42 para microbiológicas. Os procedimentos adotados para coleta, transporte das amostras seguiram o Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras da Agencia Nacional de Água e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CAESP, 2011). Foram coletados 100 mL de água em cada ponto amostral em frascos de polietileno esterilizado e identificado. As amostras identificadas foram acondicionadas, em uma caixa térmica, e transportadas para o Laboratório de Saneamento do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Tocantins – Campus Paraíso do Tocantins para analises das amostras. As análises de potencial hidrogeniônico (pH), cloro residual livre (CRL) e turbidez seguiram os métodos analíticos do Standart Methods for Examination of Water and Wastewater da AWWA (America Water Works Association) (APHA, 2005) e as de coliformes totais termotolerantes por meio da técnica de Tubos Múltiplos, conforme procedimentos descritos pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2006) e comparados com a Portaria n°. 2.914 de 12 de janeiro de 2011, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012).

Resultado e discussão

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde nº. 2.914 de 2011, o valor máximo de turbidez permitido é 5uT como padrão organoléptico de potabilidade. Os valores encontrados para turbidez variaram de 0,18 a 0,89 uT, estando em conformidade com a legislação. A Portaria citada obriga teor de cloro residual livre de, no mínimo, 0,2 mg L-1 e no máximo 2 mg L-1 em qualquer ponto do sistema de abastecimento. Contudo, essa mesma lei estabelece, no anexo VII, determina o teor máximo permitido é igual 5 mg L-1. Os valores determinados para o pH variam de 6,0 a 9,5, e todos os obtidos nas coletas atendem esse limite, observados entre 6,80 a 7,10. O grupo dos coliformes termotolerante é representado pela Escherichia coli considerada indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos (VON SPERLING, 2005). A legislação estabelece que a água distribuída a população seja isenta de coliformes termo tolerantes em 100 mL, independente do numero de amostras analisadas. Quanto aos indicadores de contaminação microbiológica (coliformes totais e fecais), nenhuma das amostras apresentou presença desses coliformes, atendendo o que estabelece a portaria referida anteriormente. De acordo com os dados obtidos pelas análises físico-químicas e microbiológicas da água verifica-se que as amostras apresentaram valores para os parâmetros físico- químicos e microbiológicos em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011.


Tabela 01. Média dos parâmetros analisadas


Gráfico 01. Média das analises dos parâmetros turbidez, cloro residual e pH

Conclusões

Os resultados obtidos demonstraram que as análises físico-químicas e microbiológicas da água oferecida à população de Paraíso do Tocantins apresentaram valores em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011, que estabelece o padrão de potabilidade da água para consumo humano. Recomenda-se o continuo monitoramento da qualidade da água consumida pela população para minimizar os riscos á saúde advindos da ingestão de água que não atenda ao padrão brasileiro de potabilidade.

Agradecimentos

A DEUS, AO IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS

Referências

APHA - AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - Standard methods for the examination of water and wastewater. 16 ed. New York, APHA, AWWA, WPCF, 2005.

BECKER, H. Controle Analítico de Águas. Fortaleza – CE, Versão 4. 2008, p. 46

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção 1, 04 de janeiro de 2012, p. 43-49.

BRASIL. Portaria n° 2.914, de 12 de dezembro de 2012 do Ministério da Saúde que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial, Brasília, 14 de dezembro de 2011, Seção 1, p.39.
Brasília, 2006.

CAESP. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Guia Nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. São Paulo: CETESB; Brasília: ANA, 2011. 325p. Disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 . Acesso em 24 jun. 2014.

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006. 408 p. ISBN: 85-7346-045-8.

FUNASA. Fundação Nacional de Saúde Ministério da Saúde. Manual Prático de Análise de Água

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Paraíso do Tocantins – Dados Básicos. 2012.

PHILIPPI, J. A.; PELICIONI, M. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri, SP:Manole, 2005.

RICHTER, C.A, NETTO JM. Tratamento de água: Tecnologia atualizada. São Paulo: Editora Edgar Blucher Ltda,1999.

SANTOS, D.; MOREIRA, M.; ALMEIDA, A. B. Avaliação do risco da degradação da qualidade da água em sistemas públicos de abastecimento. 2011. Disponível em: < https://rdpc.uevora.pt:8443/handle/10174/3466 . Acesso em: 23 maio. 2014.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: DESA/UFMG, 2005.

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