ISBN 978-85-85905-10-1
Área
Química Analítica
Autores
Pereira, M.R.S. (UEMA) ; Carvalho, W.L. (UEMA) ; Santos, M.S. (UEMA) ; Silva, M.V.V. (UEMA) ; Sousa, N.K.F. (UEMA) ; Sales, J.S. (UEMA) ; Araujo, H.C. (UEMA) ; Ferreira, D.R.M. (UEMA) ; Silva, R.L.M. (UEMA) ; Martins, L.P.S. (UEMA)
Resumo
Este experimento foi realizado para aplicação de testes estatísticos (Teste t student e Teste F) na avaliação da quantidade de acido acético em amostras de vinagre de álcool e vinho tinto, através da titulação volumétrica; usando a solução de hidróxido de sódio a 0,125 M, padronizada com bifItalato de potássio e as amostras citadas. Foi realizado o tratamento estatístico dos dados obtidos, no qual se determinou o desvio-padrão e o coeficiente de variância, obtendo um valor de 1,88x10-3 e 1,91%, respectivamente, indicando que o método é preciso, mas não tão exato. Também se determinou a concentração de acido acético nas cinco titulações de cada amostra, resultando nos teores de acido acético de 3,41% e de 3,35% respectivamente para o vinagre de álcool e de vinagre de vinho tinto.
Palavras chaves
Acido Acético; Testes estatísticos; Titulação
Introdução
Diversos testes estatísticos permitem aos pesquisadores inferir sobre os resultados experimentais. No entanto, para a aplicação correta dos testes estatísticos, é de fundamental importância que o pesquisador tenha conhecimento sobre quais os tipos de fatores, de variáveis respostas, de tratamentos e do delineamento experimental que irão constituir o seu trabalho (BERTOLDO, 2008). A resposta deve ter precisão (reprodutibilidade de um resultado, através do desvio-padrão e coeficiente de variância) e exatidão (proximidade do valor verdadeiro) suficiente para subsidiar decisões futuras. Para isso, existem dois métodos muitos usados para comparar resultados, o teste t de Student (usado para comparar um grupo de medidas com outro, a fim de decidir se são ou não diferentes) e o teste F (teste da razão de variância, usado para comparar se dois desvios-padrão são significamente diferentes entre si). Estes métodos utilizam o número de graus de liberdade, em termos estatísticos, o número de valores independentes necessários para determinar a quantidade estatística (VOGEL, 2008). As amostras a serem analisadas são o vinagre de álcool e vinho tinto comercial da marca Minhoto. Conforme a legislação brasileira o teor mínimo de ácido acético para o vinagre deve ser no mínimo 4%. Entretanto, o teor de ácido encontrado no vinagre para o consumo deve compreender valores entre 4% e 6%. O presente trabalho tem como objetivo aplicar os testes (Teste t student e Teste F) na avaliação quantitativa do ácido acético nas amostras de vinagre minhoto (álcool e vinho tinto), calculando o teor de ácido acético contido no vinagre comercial e seus devidos-padrões.
Material e métodos
Prepararam-se as soluções de vinagre (álcool e vinho tinto) e de Hidróxido de Sódio, que foi padronizada com a solução de Biftalato de Potássio, o qual anotou-se os volumes gastos do NaOH para a realização dos cálculos. O procedimento foi realizado em triplicata. Para a titulação com as amostras de vinagre, retirou-se uma alíquota de 2mL da amostra de vinagre (álcool) com o auxilio de uma pipeta e transferiu-se para erlenmeyer, que foi diluída em 23 mL de água destilada. Acrescentou-se três gotas de fenolftaleína. Em seguida titulou-se com a solução padronizada de NaOH. Observou-se o aparecimento de uma coloração rósea, indicando o fim da titulação. Anotou-se os volumes gastos do NaOH para a realização noscálculos. O procedimento foi realizado em 5replicata. E para o vinagre vinho tinto utilizou-se o mesmo procedimento.
Resultado e discussão
A Tabela 1 e 2 mostra os valores obtidos para os desvios-padrões (S) das
amostras de vinagre álcool (V.A.) e vinho tinto (V.V.T), no qual as médias foram
12,16 e 11,94, e os desvios-padrões de 0,270 e 0,114, respectivamente. Sendo
assim, o teste F foi calculado usando os desvios-padrões encontrados, obtendo-se
um valor de 5,60; já o Ftabelado(6,39). Logo, os desvios são significamente
diferentes entre si, ou seja, não há variabilidade nos resultados dos
experimentos realizados nas amostras de vinagre álcool e vinho tinto. O teste t
student comparou-se medidas repetidas para saber se fornecem resultados
idênticos ou diferentes dentro de um determinado nível de confiança, o qual
obteve-se um valor de 1,674. Como a literatura não disponibilizou-se o nível de
confiança usou-se o nível de 95%, e o Ttabelado(2,306). Portanto, para o
intervalo de 95% de confiança a diferença é significativa, logo os resultados
não são diferentes. A tabela 3 mostra os valores utilizados para concentração de
Biftalado e NaOH existentes nas amostras 1, 2, 3. A tabela 4 apresenta os dados
para o S (1,88x10-3) e Coeficiente De Variância (C.V.) de 1,91%. Sendo que,
através do S e C.V. determinou-se a precisão da solução utilizada, constatando-
se um bom nível de precisão, pois quanto menor o desvio-padrão e o coeficiente
de variância, mais preciso será o conjunto de medidas. Já em relação a exatidão
da solução a ser utilizada, não esta estava no bom nível de exatidão, pois
quanto menor a dispersão dos dados, maior será a chance do valor medido se
aproximar do valor verdadeiro. Com os dados obtidos, determinou-se a porcentagem
de ácido acético presente em cada amostra, no qual o teor de ácido acético
encontrado foi de 3,41% e 3,35% para o V.A. e V.V.T., respectivamente.
Conclusões
Com bases nos resultados, observou-se que através dos dados estatístico, analisou-se o quanto o método era preciso e estava no bom nível de exatidão, obtendo-se um desvio-padrão de 1,88x10-3 e coeficiente de variância de 1,91%. Logo, foi possível determinar os teores de ácido acético de 3,41% e de 3,35%, respectivamente nas amostras de vinagre de álcool e vinho tinto, no qual estes valores estão um pouco abaixo dos padrões exigidos pela legislação brasileira, que estima como valor mínimo uma porcentagem de 4% de ácido acético no vinagre comercial, considerando às amostras terem sido diluídas.
Agradecimentos
Laboratório De Ensino de Química da Universidade Estadual Do Maranhão-Uema.
Referências
BERTOLDO, Juliano Garcia et al. Problemas relacionados com o uso de testes de comparação de médias em artigos científicos. Revista Biotemas, 21 (2), junho de 2008.
VOGEL, Arthur Israel. Análise química quantitativa. 6°ed. Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2008. 63-79. p.
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