Avaliação Espaço-Temporal dos Hidrocarbonetos Alifáticos em Sedimentos Superficiais do Rio Sergipe

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Analítica

Autores

Barreto, T. (UFS) ; Santos, L. (UFS) ; Silva, B. (UFS) ; da Silva, M. (UFS) ; Alexandre, M. (UFS) ; Damasceno, F. (UFS)

Resumo

Este presente trabalho tem como objetivo determinar quantitativamente e qualitativamente, os hidrocarbonetos alifáticos em sedimentos superficiais de amostras coletadas, em três pontos do estuário do Rio Sergipe. As análises de HAs foram realizadas por cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS). Onde de acordo com os resultados obtidos, observou-se que os níveis de HAs no Rio Sergipe não indicaram que o mesmo vem sofrendo com a atividade antrópica em seu entorno. Já que, tanto sua distribuição quanto as razões obtidas para HAs podem ser consideradas pristinas. Porém o maior nível de HAs encontra-se no ponto em que há maior trânsito de veículos.

Palavras chaves

Hidrocarbonetos Alifático; Sedimentos; Rio Sergipe

Introdução

Os hidrocarbonetos alifáticos compreendem os n-alcanos lineares e os Isoprenoides, no qual estes compostos são os mais abundantes presentes na matéria orgânica¹. Essas características são originárias de seu alto caráter lipofílico e alta hidrofobicidade, bem como pela ausência de grupos funcionais, gerando baixa reatividade química. Os hidrocarbonetos tendem a persistirem longos anos no ambiente e se distribuírem amplamente no ambiente estuarino. Isso os faz serem atribuídos com o nome de biomarcadores geoquímicos, pelo fato de indicar a contribuição externa, tanto biogênica como antropogênica destes contaminantes no ambiente aquático²,3. Assim sendo, este presente trabalho tem como objetivo determinar quantitativamente como qualitativamente os hidrocarbonetos alifáticos em sedimentos superficiais do Rio Sergipe.

Material e métodos

O preparo das amostras de sedimento envolveu a extração em ultrassom, fracionamento e limpeza do extrato utilizando uma coluna empacotada com 2g de sílica gel (70 - 230 mesh) e 1g de alumina neutra. As análises de HAs foram realizadas por cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS).

Resultado e discussão

Foram realizadas onze coletas ao longo de 11 meses em três pontos no estuário do Rio Sergipe: ponto P1 (10°57’33,91”S; 37°3’12,06”O), ponto P2 (10°53’34,07”S; 37°2’53,67”O) e ponto P3 (10°51’42,94”S; 37°3’10,57”O). O preparo das amostras de sedimento envolveu a extração em ultrassom, fracionamento e limpeza do extrato utilizando uma coluna empacotada com 2g de sílica gel (70 - 230 mesh) e 1g de alumina neutra. As análises de HAs foram realizadas por cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS). Os valores das concentrações de HA variaram de 4,30 à 12,78 ug.g-1 no ponto 1, 4,89 à 11,64 ug.g-1 no ponto 2 e 5,18 à 11,71 ug.g-1 no ponto 3, sendo que a maior concentração de HA, baseando- se no somatório de sua concentração nos pontos, mostrou que o Ponto 2 teve maior predominância de HA, pelo fato da região ter um grande tráfego de veículos e atividades de embarcação. As maiores concentrações de HA foram observadas na última coleta, realizada logo após o período chuvoso da região. A razão Pristano/Fitano foi utilizada para indicar o perfil dos HA. Esta apresentou uma variação anual de 1,0 a 1,7 para o ponto P3 e 0,9 a 1,6 para o ponto P2, indicando que possivelmente o ambiente não tem contaminação por óleo. O Índice Preferencial de Carbono (IPC) igual a 7,8 no ponto P3 está associado a uma origem biogênica dos alcanos analisados.

Tabela 1: Niveis de Concentração de HAs em Sedimentos do Rio Sergipe

Niveis de Concentração de HAs em Sedimentos do Rio Sergipe

Conclusões

Os níveis de HA no Rio Sergipe não indicam que o mesmo vem sofrendo com a atividade antrópica em seu entorno. Tanto sua distribuição quanto as razões obtidas para os HA podem ser consideradas prístinas. Observa-se que o maior nível de HAs encontra-se no ponto 2 pelo fato de haver um maior trânsito de veículos na região.

Agradecimentos

Os autores agradecem a UFS pelo espaço e a CAPES pela bolsa concedida.

Referências

¹Maioli, O. L. G.; Rodrigues, K. C.; Knoppers, B. A. e Azevedo, D. A. J. Braz. Chem. Soc., Vol. 21, No. 8, 1543-1551, 2010.
²Alexandre, M. R.; Huang, Y. e Madureira, L. A. S. Geochem. Brasil., 20(2)208-218,2006.
3 Daskalou, V.; Vreca, P.; Muri, G.; Stalikas, C. 2009. Recent Environmental Changes in the Shallow Lake Pamvotis (NW
Greece): Evidence from Sedimentary Organic Matter, Hydrocarbons, and Stable Isotopes. Archives of Environmental Contamination and
Toxicology 57, 21-31.

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