AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS POR VENDEDORES AMBULANTES NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Analítica

Autores

Silva, K.S. (UEMA) ; Costa, E.T.F. (UEMA) ; Ferreira, A.M.P. (UEMA) ; Silva, H.S. (UEMA) ; Santos, M.S. (UEMA) ; Lourenço, M.S.N. (UEMA)

Resumo

As análises feitas objetivaram avaliar a qualidade de águas minerais comercializadas por ambulantes na cidade de São Luís, verificando sua conformidade com a Legislação e com os rótulos dos fabricantes. Foram selecionados 5 pontos de venda de águas minerais por ambulantes, no Centro da cidade, e coletadas 2 garrafas de água mineral sem gás em cada ponto. As amostras foram adquiridas na forma como estavam sendo comercializadas e levadas ao laboratório da UEMA para análise dos parâmetros físicos e químicos: cor, turbidez, condutividade, pH e teor de cloretos. Os resultados indicaram que todas as amostras analisadas estão dentro do padrão estabelecido pela Legislação Brasileira e em conformidade com os rótulos do fabricante.

Palavras chaves

água mineral; análise físico-química; qualidade

Introdução

As águas minerais se diferenciam das demais águas subterrâneas por atingirem maiores profundidades, isso se deve as condições especiais do solo (ROCHA et al., 2009). A qualidade e os parâmetros da água mineral são expressos através das características físicos- químicas contidas no rótulo. A cor é a característica física de uma água devido à existência de substâncias dissolvidas, na maioria dos casos de natureza orgânica. (APHA, 2012). Para águas minerais engarrafadas a Legislação permite um valor máximo para cor de 5 uH (BRASIL, 2000). Segundo a Portaria 518/MS a cor não deve ser superior a 15 uH (SABESP, 2008). A turbidez, é uma propriedade física dos fluidos, que se traduz na redução da sua transparência devido à presença de materiais orgânicos ou inorgânicos em suspensão que interferem com a passagem da luz através do fluido. (APHA, 2012). A regulamentação especifica para águas minerais engarrafadas determina uma turbidez máxima aceitável de 3,0 uT (RDC nº 54 BRASIL, 2004) A Condutividade é usada para especificar o caráter elétrico de uma solução eletrolítica. Ela é indicativa da facilidade com a qual um líquido é capaz de conduzir uma corrente elétrica. (APHA, 2012). O pH é padrão de potabilidade, e em sistemas de abastecimentos de água para consumo humano o seu valor deve fixar-se no intervalo de 6,0 a 9,5. (BRASIL, 2011). Porém, para águas minerais engarrafadas é exigido valores de pH entre 4,2 e 6,0, de acordo com BRASIL, 2005. O cloreto se incorpora às águas subterrâneas através da lixiviação do solo e das rochas, podendo provocar sabor salgado na água quando presente em concentrações excessivas (CETESB, 2007). Para água engarrafadas de fontes minerais, o Valor Máximo Permitido de cloretos, de acordo com a Portaria 2914/2011, é de 250 mg L- 1 (FUNASA,2013)

Material e métodos

As análises foram realizadas no laboratório de Química e Biologia da UEMA, para avaliar as características físico-químicas (pH, condutividade elétrica, cor, turbidez e cloretos). Os resultados analíticos foram comparados com as informações presentes nos rótulos das dez amostras de água mineral sem gás. As garrafas de 500 mL estavam lacradas, sem possibilidade de contaminação externa. Os parâmetros físico-químicos foram escolhidos como variáveis explicativas, especialmente em conformidade dos mesmos à RDC 274/2005 (BRASIL, 2005) e Portaria 2914/2011 (BRASIL, 2011). Foram analisadas dez amostras, todas em duplicata. O teor de cloretos foi determinado pelo método de Mohr, utilizando solução de AgNO3 0,01N padronizada. O método para determinar pH foi o Potenciométrico, utilizando pHmetro de bolso marca pHtex. A Condutividade Elétrica foi medida em condutivímetro digital modelo MD – 5770 Icel. A turbidez foi determinada pelo método turbidimétrico (turbidímetro portátil modelo HI 93703 marca Hanna Instruments). As determinações da cor foram realizadas pelo Método Espectrofotométrico (espectrofotômetro DR 2000 Hach). Todos os métodos de análises realizados para obtenção dos resultados apresentados neste trabalho seguiram a marcha analítica determinada por APHA (APHA, 2012). Os resultados das determinações físico-químicas foram comparados aos limites estabelecidos pela Resolução RDC nº. 274 de 22 de setembro de 2005, que dispõe sobre o regulamento técnico para águas envasadas (BRASIL, 2005) e aos VMP’s (Valor Máximo Permitido) definidos pela Portaria MS 2914 de 12 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011) que dispõe sobre os procedimentos para controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Resultado e discussão

Após a realização das análises fez-se o confronto dos resultados obtidos com os valores estabelecidos pelas normas regulamentadoras da qualidade de água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Os resultados obtidos e seus VMP’s são apresentados na tabela abaixo: A seguir, realizou-se a leitura dos rótulos e posterior comparação dos valores indicados, para cada parâmetro, e os valores obtidos.




Conclusões

A qualidade das águas minerais comercializadas por vendedores ambulantes no Centro da cidade de São Luís-Ma apresentou uniformidade físico-química quantos aos parâmetros cor, turbidez, condutividade elétrica, pH e cloretos, atendendo totalmente as especificações previstas na Legislação Brasileira. A análise dos rótulos dos fabricantes indicou conformidade quanto à composição físico-química das águas analisadas e os limites estabelecidos pela Legislação, bem como apresentaram informações obrigatórias em seus rótulos, como data de envase e validade.

Agradecimentos

Ao Laboratório de Química e Biologia da UEMA e ao Laboratório de Solos da UEMA

Referências

APHA. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater. American Public Health Association, American Water Works Association, Water Environmental Association, 22th ed, Washington. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 274 de 22 de setembro de 2005. DOU, 23/09/2005. Regulamento técnico para águas envasadas e gelo. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9b898900474592b89b15df3fbc4c6735/RDC_274_2005.pdf?MOD=AJPERES> acesso em 06 de maio de 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria 2914 de 12/12/2011, DOU de 14/12/2011 Controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano. Disponível em:<
http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/Portaria_MS_2914-11.pdf> acesso em 08 de maio de 2014.

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Disponível em:
<www.cetesb.sp.gov.br/Água/rios/variáveis.asp. > Acesso em 23 de junho de 2014.
Fundação Nacional de Saúde. Manual Prático de Análise de Água. 4ª ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, FUNASA. 2013.

ROCHA C. O. et al. Análises físico-químico de água mineral comercializada em campina grande - PB. Revista Verde, Mossoró, v.4, n.3, p. 01, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
RDC nº. 54 de 15 de junho de 2000. Regulamento Técnico para fixação de
identidade e qualidade de água mineral natural e água potável.
http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/54_00rdc.htm>

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