OS ELEMENTOS-TRAÇOS E SUA APLICABILIDADE NO ENSINO MÉDIO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Química Inorgânica

Autores

Ferreira Carcará da Silva, A.C. (IFPI) ; Costa Filho, J. (IFPI) ; Fernando do Nascimento, L. (IFPI) ; dos Santos Sousa Júnior, R. (IFPI) ; Santos Silva, E. (IFPI) ; da Silva Araújo, E. (INCURSOS) ; de Oliveira Pereira, J. (IFPI) ; Costa do Nascimento, F. (IFPI) ; Nunes Almeida Filho, F. (IFPI) ; Elliton Feitoza de Almeida, E. (IFPI)

Resumo

O Ensino ainda muito tradicionalista faz com que os alunos pouco se interessem pelas aulas, principalmente as de química. Esse trabalho tem como principal objetivo mostrar aos alunos como os metais estão presentes em nossas vidas muito mais do que pensamos. A proposta metodológica desse trabalho vislumbra a inter- relação entre o conteúdo de química inorgânica, no que se refere a metais de transição e sua importância na saúde, alimentação e como esse conteúdo é abordado no Ensino Médio. Aplicamos esse projeto na Unidade Escolar Benjamin Baptista, localizada no município de Teresina, Piauí. Falamos de alguns aspectos gerais relacionados às funções e ao caráter essencial de sistemas inorgânicos fundamentais para o desenvolvimento correto e balanceado dos processos metabólicos nos seres vivos.

Palavras chaves

química; metais; alunos

Introdução

Inferimos que nos seres vivos predominam o carbono, o hidrogênio e o oxigênio. Como esses são os elementos fundamentais da Química Orgânica, acreditou-se durante muito tempo que somente os compostos orgânicos e as reações que os envolviam eram indispensáveis para a vida e que os elementos e compostos comumente chamados “inorgânicos” tinham escasso ou nenhum significado para os sistemas vivos. Só recentemente tomou-se consciência de que muitos outros elementos inorgânicos, sobretudo metais de transição, presentes geralmente em baixas concentrações (traços), são essenciais para todos os seres vivos. Hoje sabemos que certas alterações no metabolismo desses elementos-traços causam várias doenças e desordens fisiológicas. Em razão das concentrações muito baixas desses elementos, a importância biológica de muitos deles só foi determinada há pouco tempo, pois foi necessário dispor, primeiramente, de métodos analíticos muito sensíveis e específicos para detectá-los e, depois, de ferramentas bioquímicas capazes de confirmar seu caráter essencial (BARAN, 2011). O termo elemento-traço tem sido preferido em diversas publicações que tratam de assuntos relacionados ao metal pesado, devido ao fato de que nenhum órgão oficial na área de química, como a IUPAC, o tenha definido. Em texto produzido pela IUPAC, é citado que o termo "metal pesado muitas vezes vem sendo usado para nomear um grupo de metais e metaloides que são associados à contaminação e potencialidade tóxica". Para a IUPAC o termo metal se refere ao elemento puro, que possui propriedades físicas e químicas bem características e não aos seus compostos cujas propriedades físicas, químicas e toxicológicas são muitas vezes diferentes (ALLOWAY,2010).Diante dessa perspectiva discutiremos a importância desses metais no organismo.

Material e métodos

Preliminarmente abordamos o conteúdo com slides, expondo a teoria. Em seguida usamos meios didáticos para atrair a atenção dos alunos e fixar ainda mais o tema abordado. O desenvolvimento do trabalho deu-se pela apresentação sobre Elementos-Traços por meio do qual os alunos puderam ver as funções e o caráter essencial dos sistemas inorgânicos para o desenvolvimento correto do metabolismo. A aula expositiva aproxima o conteúdo da aula com a realidade dos estudantes, fazendo o conhecimento ainda mais significativo no que diz respeito ao conteúdo. Pedimos aos alunos para procurarem em suas casas no rótulo de alguns alimentos que continham metais e qual a quantidade. Por fim, pedimos aos alunos para que respondessem em grupo sobre o que foi ministrado. A participação dos alunos em sala é um bom indicador do processo de construção do conhecimento. Mas é importante saber que a participação vai além da exposição oral; deve considerar a postura do aluno durante a aula, a sua disponibilidade, a realização das tarefas, entre outros elementos.

Resultado e discussão

A avaliação do professor é fundamental e deve considerar o resultado das avaliações propostas aos alunos, pois essa é uma importante referência da necessidade ou não de se reapresentar o tema em estudo. Contará ainda com a observação dos reflexos dos alunos, se eles demonstraram interesse por questões relacionadas à educação alimentar, saúde, importância farmacológica dos Elementos-Traços no organismo dos seres vivos para intervir na realidade à qual estão inseridos. O processo de ensino-aprendizagem em química deve ser organizado com base em temas amplos de estudo. Os alunos são intensamente envolvidos na execução de atividades problematizadoras em que buscam e sistematizam conhecimentos. Depois de aplicada a metodologia em três salas da Unidade Escolar Benjamin Baptista, percebeu-se que os alunos mostraram-se interessados pelo conteúdo e através de questionário aplicado vimos que aprenderam de forma satisfatória o conteúdo.

Conclusões

O mais importante dos nossos resultados é a participação dos alunos, sempre de forma bastante interativa. Vimos que os alunos entenderam sobre os metais restantes e alguns outros elementos não metálicos que se encontram em concentrações extremamente baixas no organismo, mas que possuem uma extraordinária importância para a vida. Queremos que ocorra sempre a vontade de revisar e assim entender o conteúdo. Isso possibilitará a turma uma maior criatividade e desempenho diante do trabalho que será apresentado.

Agradecimentos

Queremos agradecer ao PIBID-IFPI e a todos que colaboraram para esse trabalho tão importante para nossa formação moral e acadêmica.

Referências

ALLOWAY, B. J. Heavy metals in soils. New York, John Wiley, 2010.
BARAN, E.J. Metales esenciales para la vida. Ciencia Hoy, v. 2, 2012 p. 50-57.
BARAN, E.J. Química Bioinorgánica. Madrid: Mc.Graw-Hill Interamericana de España S.A., 2011.
BARAN, E. J. Suplementação de Elementos-Traços. Química Nova na Escola, nº 6, julho 2005.

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