ANÁLISE DO PODER CALORIFICO DO ÓLEO DE PALMA E DA FIBRA PRENSADA UTILIZANDO CALORÍMETRO

ISBN 978-85-85905-10-1

Área

Iniciação Científica

Autores

Oliveira, B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA) ; Souza, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA) ; Nabiça, S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA) ; Campos, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Moraes, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; França, L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)

Resumo

O principal produto extraído do dendê (Elaeis guineenses), com valor mercantil e interesse industrial é o óleo extraído de sua polpa, conhecido como óleo de palma. O processo industrial deste óleo produz como co-produto as fibras prensadas que são utilizadas atualmente como biomassa energética para produção de energia térmica. A determinação de parâmetros que possam indicar a capacidade energética de materiais colabora no sentido de otimizar a utilização desses materiais como potenciais fontes de biomassas. Neste trabalho, medidas experimentais do poder calorífico do óleo de dendê e da fibra residual do processo de prensagem industrial foram feitas objetivando a construção de um banco de informações que possa contribuir para o melhor aproveitamento de produto e co-produtos gerados na cadei

Palavras chaves

poder calorifico; análise termoquímica; óleo de palma

Introdução

No Brasil a cultura do dendê (Elaeis guineensis) vem se desenvolvendo amplamente, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. No Estado do Pará, o dendê tem se destacado entre as demais oleaginosas cultivadas nesta região pela alta produção de seus óleos.Segundo SLUSZZ & MACHADO, O dendezeiro (Elaeis guineensis) merece destaque pelo fato de ser perene e com colheita durante todo o ano e apresenta maior produtividade de óleo por área cultivada, produzindo, em média, 10 vezes mais óleo do que a soja (PEREZ et al., 2007).A fibra de dendê é o produto resultante da polpa seca do dendê, após moagem e extração do seu óleo (BRASIL, 2009). De acordo com pesquisadores, toneladas desses resíduos são despejadas diariamente no solo afetando negativamente o equilíbrio ambiental (LOUSADA JUNIOR et al. 2005).

Material e métodos

Analisou-se o óleo de dendê bruto e suas fibras prensadas utilizadas pela empresa Biopalma no município de Moju-PA, com o uso do equipamento Calorimeter 6200 Parr, sendo cada medida feita em triplicata.

Resultado e discussão

A Tabela 1 apresenta os resultados determinados para o poder calorífico das amostras estudadas. Nota-se que a média do poder calorífico do óleo é maior do que a da fibra prensada, isso se dá devido o óleo bruto apresentar uma significativa combustão por unidade de massa. A fibra também apresenta um alto poder calorífico comparado a Pinheiro, 2005 que apresentou poder calorifico de fibra de 4000-4500 cal/g e, maior também àqueles dados de poder calorífico de mais de 50 espécies de madeiras e material lignocelulósico apresentado por Quirino et al (2005).

tabela de poder calorífico

Tabela 1 - poder calorífico do óleo bruto e fibra residual da prensagem

Conclusões

Nota-se que com os resultados obtidos com o experimento foi possível quantificar o poder calorífico das amostras, sendo o óleo superior à fibra. Em geral, os valores obtidos foram superiores àqueles encontrados na literatura.

Agradecimentos

PIBIC- Universidade Federal do Pará- UFPA

Referências

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Sindicato Nacional de Indústria de Alimentação Animal. Associação Nacional dos Fabricantes de Rações. Compêndio brasileiro de alimentação animal. São Paulo: ANFAR/CBNA/SDR, 2009.
PINHEIRO, G.F; RENDEIRO, G; PINHO, J.T; Densidade energética de resíduos vegetais, 2005. Renabio, v. 2, n.2, p. 113-123, 2005.

LOUSADA Junior J.E. et al. Consumo e digestibilidade de subprodutos do processamento de frutas em ovinos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n°2, p. 659-669, 2005.

PÉREZ, A.C.A.; AVDOLOV, N.; NEIVA, C.R.P.; NETO, M.J.L.; LOPES, L.G.; TOMITA, R.Y.; FURLAN, E.F.; MACHADO, T.M. Procedimentos higiênico-sanitários para a indústria e inspetores de pescado: recomendações. 2007. Disponível em: http://www.gipescado.com.br/arquivos/minsp.pdf. Acesso em: 10 jun. 2014.

SLUSZZ, T.; MACHADO, J.A.D. Características das potencias culturais matérias-primas do biodiesel e sua adoção pela agricultura familiar. In: ENCONTRO DE ENERGIA NO MEIO RURAL, 6., 2006, Campinas. Anais... Campinas: AGRENERGD, UNICAMP, 2006. P. 1-10. Disponível em:http://www.proceedings.scielo.brphp?script=sci_arttext&pid=MSC0000000022006000100032&Ing=pt&nrm=iso. Acesso em: 23 jul. 2014.
QUIRINO,W.F.; VALE, A.T.; ANDRADE, A.P.A. ; ABREU, V.L.S; AZEVEDO, A.C.S. Poder calorifico da madeira e de materiais lignocelulócicos. Publicado na Revista da Madeira nº 89 abril 2005 pag 100-106.


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