Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Química Tecnológica
TÍTULO: HIDRÓLISE DE AMIDO DE MESOCARPO DE BABAÇU
AUTORES: Costa, J.S. (UFMA) ; Torres, Y. () ; Leite, C.M. () ; Brandão, K.S. () ; Prazeres, G.M.P. () ; Maciel, A.P. ()
RESUMO: O babaçu é uma palmeira do gênero Orbignya que produz um fruto denominado coco
babaçu que é constituído por três camadas: uma externa fibrosa - o epicarpo; uma
intermediária fibrosa-amilácea – o mesocarpo e por uma camada interna lenhosa
denominada endocarpo no qual estão inseridas as amêndoas.
As amêndoas do coco babaçu são utilizadas para extração comercial e artesanal de
óleo. Além das amêndoas, do fruto do babaçu também pode ser extraída a farinha
de mesocarpo que é rica em amido e fibras (SOUZA et al., 2009).
Devido a constituição amilácea, a farinha de mesocarpo é uma matéria-prima que
pode ser utilizada para a produção de etanol. Para que ocorra a conversão do
amido em álcool é necessário que este seja hidrolisado a monossacarídeos. Neste
trabalho foi determinada a composição nutric
PALAVRAS CHAVES: Mesocarpo de babaçu; Sacrificação; Hidrólise de amido
INTRODUÇÃO: O babaçu é uma palmeira do gênero Orbignya que produz um fruto, denominado coco
babaçu, é constituído por três camadas: uma externa fibrosa - o epicarpo; uma
intermediária fibrosa-amilácea – o mesocarpo e por uma camada interna lenhosa
denominada endocarpo no qual estão inseridas as amêndoas.
As amêndoas do coco babaçu são utilizadas para extração comercial e artesanal de
óleo. Além das amêndoas, do fruto do babaçu também pode ser extraída a farinha
de mesocarpo que é rica em amido e fibras (SOUZA et al., 2009).
Devido a constituição amilácea, a farinha de mesocarpo é uma matéria-prima que
pode ser utilizada para a produção de etanol. Para que ocorra a conversão do
amido em álcool é necessário que este seja hidrolisado a monossacarídeos. Neste
trabalho foi determinada a composição nutricional do mesocarpo de babaçu e
analisada a sua capacidade de sacarificação por hidrólise enzimática.
MATERIAL E MÉTODOS: Mesocarpo de Babaçu
Utilizou-se o pó do mesocarpo de babaçu (Orbygnia sp.) de duas amostras de diferentes fornecedores denominados A e B.
Enzimas
Foram utilizadas as enzimas α-amilase (LIQUOZYME® SC DS) e a glicoamilase (SPIRIZYME® FUEL.)
Caracterização físico-química do mesocarpo de babaçu – Determinou-se as concentrações de proteínas, carboidratos, gorduras, amido e cinzas de duas amostras de mesocarpo de babaçu produzidos no Maranhão.
Hidrólise
A quantidade de farinha de mesocarpo utilizada no experimento foi de 10g para 100 ml de água, obtendo uma mistura inicial de 10%. Foi verificado o pH da mistura e ajustado para 6 com uma solução de hidróxido de sódio a 10%, logo após, teve início a hidrólise do amido com a adição da enzima alfa-amilase, aquecendo e agitando a mistura a temperatura de 95ºC durante 1 hora. Em seguida, diminui-se a temperatura (60ºC) do meio, e foi realizada a correção do pH para a faixa entre 4,0 com a adição de HCl 2M. A segunda enzima, glicosidase, foi adicionada e a mistura foi posta para aquecer durante 1 hora a 60ºC.
Determinação de açúcares redutores - A concentração de glicose gerada pela hidrólise enzimática do mesocarpo de babaçú foi determinada por espectrofotometria pelo método do ácido dinitro-3,5 salicilico (DNS), segundo Miller (1959) e expressa em % de glicose.
Rendimento: Foi calculado sobre a quantidade real de amido na amostra B usada, considerando que apenas este sofreu hidrólise para a obtenção de glicose.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: CARACTERIAÇÃO DO MESOCARPO
A tabela abaixo mostra os resultados mais expressivos em porcentagem para os carboidratos, 84,20% para a amostra A e 88,99% para a amostra B, e verifica-se também que o mesocarpo possui uma porcentagem elevada de amido, 59,58% na amostra A e 64,25% na amostra B.
Podemos observar que os valores de carboidratos e amidos encontrados na tabela são semelhantes aos encontrados por Peixoto (1973), e para os demais valores encontrados dos outros constituintes, apenas os lipídios tiveram uma variação considerada em relação a Peixoto (1973).
Rendimento
Foi obtido da amostra B uma concentração de glicose de 6,5 g. O rendimento de hidrólise foi de 91,5%.
Tabela 01: Caracterização do mesocarpo
CONCLUSÕES: A caracterização físico-química do mesocarpo de babaçu mostrou uma grande porcentagem de carboidratos, dentre estes o amido que pode ser utilizados para fins industriais. Obteve-se uma boa concentração de glicose, o que resultou num ótimo Rendimento de hidrólise.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PAVLAK, M. C. M.; ZUNIGA, A. D.; LIMA, T. L. A.; PINEDO, A. A.; CARREIRO, S. C.; FLEURY, C. S.; SILVA, D. L. Aproveitamento da Farinha de Mesocarpo do Babaçu (Orbignya martiana) para Obtenção de Etanol; Evidência Joaçaba, v. 7, n. 7, p. 7-24, 2007.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ; Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: métodos físicos e químicos de análises de alimentos. 2004. 4.ed. São Paulo
PEIXOTO, A. R. Plantas Oleaginosas Arbóreas. Biblioteca Rural. Ed. Nobel S.A. In: TEIXEIRA, Marcos Alexandre. Biomassa de babaçu no Brasil. Departamento de Energia – FEM – São Paulo: Unicamp, 1973.
MILLER, G. L. Use of dinitrosalicylic acid reagent for determination of reducing sugar. Anal Chemistry, v. 31, p. 426-428, 1959.