Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DO MEL COMERCIALIZADO NO POVOADO TESO NA CIDADE DE ANAJATUBA - MA
AUTORES: Sousa, R.B.M. (UFMA) ; Oliveira, R.W.S. (UFMA) ; Palhano, J.E.S. (UFMA) ; Silva, F.H.D. (UFMA) ; Mendes, R.C. (UFMA) ; Sousa, D.A. (UFMA) ; Everton, P.C. (UFMA) ; Mouchrek, V.E.F. (UFMA)
RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo realizar análises físico-químicas de méis
produzidos e comercializados no povoado Teso, para verificar e avaliar a
qualidade
de acordo com o que preconiza o Ministério da Agricultura e Abastecimento.
Analisaram-se duas amostras de méis adquiridos no Teso (cidade de Anajatuba
MA),
por meio de análises organolépticas, determinação de cor, umidade, cinzas,
sólidos
insolúveis em água, reação de Fiehe – hidroximetilfurfural qualitativo, pH,
acidez, glicídios redutores em glicose e glicídios não redutores em sacarose. As
amostras apresentaram-se dentro dos padrões estabelecidos de qualidade,
reprovadas
em apenas um parâmetro.
PALAVRAS CHAVES: Mel; Parâmetros; Físico-Químicos
INTRODUÇÃO: A atividade apícola há anos tem sido uma das áreas estratégicas de interesse do
Estado do Maranhão para promover o desenvolvimento da agricultura familiar,
diante do grande potencial para a meliponicultura, por sua ampla área
territorial, clima e rica flora. Porém, o desconhecimento do perfil da qualidade
do mel produzido implica na não certificação por selo de controle de qualidade,
em face de não execução de análises físico-químicas na maior parte da produção
local. De acordo com (PAMPLO¬NA, 1994), não existe no Brasil uma norma baseada
nas características dos méis brasileiros, sendo seguidos padrões oriundos de
outros países como a norma da Co¬munidade Econômica Europeia e o “Codex
Alimentarius”, cujos limites para a composição e qualidade do mel são
estabelecidos de acordo com as especificações da FAO, que entende como mel um
produto com características baseadas apenas na espécie A. mellifera, de origem
euro-africana. Os critérios de qualidade do produto final devem ser avaliados
dentro das normativas nacionais para garantir a natureza do produto e a
certificação de sua origem botânica e geográfica. Assim, o conhecimento de seus
parâmetros físico-químicos propicia o diagnóstico e coerente intervenção na
cadeia produtiva para a melhoria de sua qualidade. Desse modo, a apicultura
favorecerá aspectos econômicos, sociais e ecológicos ao município de Anajatuba,
um dos grandes produtores de mel da região da Baixada maranhense, mas cujo mel
produzido carece de caracterização, devido às altas taxas de umidade e
temperatura da região. Assim, o presente trabalho teve por objetivo realizar
análises físico-químicas de méis produzidos e comercializados em Teso, a fim de
verificar e avaliar a qualidade, de acordo com o que preconiza o Ministério da
Agricultura e Abastecimento.
MATERIAL E MÉTODOS: As amostras de méis utilizadas foram adquiridas no comércio informal de feiras do
povoado Teso nos meses de março e novembro de 2012, localizada no município de
Anajatuba- Ma, e transportada para o Laboratório de Análise Físico-Química e
Microbiológica de Água e Alimentos (PCQA/UFMA), acondicionadas em frascos
plásticos de polietileno tereftalato (PET).
Para a avaliação da qualidade físico-química foram realizadas as análises
apresentadas na Tabela 1, com base nas metodologias recomendadas pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através da Instrução Normativa nº
11, de outubro de 2000 (BRASIL, 2000).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados podemos observar na Tabela 01 e Tabela 02.
Conforme a Normativa Nº11 do MAPA, os valores das análises quantitativas
encontram-se dentro das exigências estabelecidas. Dos valores observados nos
testes qualitativos, daremos destaque à atividade diastásica, sendo esta
recomendada para avaliar a qualidade do mel, sua atividade serve de indicativo do
grau de conservação e superaquecimento o que comprometeria seriamente o produto.
TABELA1
Tabela 1. Valores quantitativos dos méis.
TABELA 2
Tabela 2. Valores qualitativos dos méis.
CONCLUSÕES: As amostras de méis de abelhas, produzidas na região da baixada maranhense,
apresentaram padrões de qualidade de acordo com a legislação nacional em vigor,
evidenciando ser adequado para o consumo humano, o que possibilita a produção de
mel em escala comercial nas propriedades rurais e urbanas dessa região.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, de 20 de outubro de 2000.
CRANE, E. O livro do mel. 2ª edição. São Paulo: Nobel, 1985.
PAMPLONA, B. Qualidade do mel. In: IX Congresso Brasileiro de Apicultura, Rio Quente, GO, 1994. p. 353-356.