Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Produtos Naturais
TÍTULO: PRODUÇÃO DE ADUBO ATRAVÉS DO PROCESSO DA COMPOSTAGEM
AUTORES: Nazaré, L.M.R. (IFPA - CAMPUS BELÉM)
RESUMO: Com o crescente desenvolvimento da sociedade temos um aumento da degradação do
meio ambiente e um descaso do tratamento do lixo, ocorrido pela falta de visão
de responsabilidade ambiental, o projeto tem como objetivo mostrar o composto
produzido, os aspectos positivos que beneficiarão as pessoas que utilizarem o
processo da compostagem e amenizar a poluição ambiental. O lixo gerado em Belém,
segundo a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), é de 1,4 mil toneladas/dia
e deste total, 0,72 mil toneladas correspondem à quantidade gerada de composto
orgânico, cujos responsáveis somos nós, cidadãos comuns, sendo que esse lixo
coletado na região não tem o destino adequado, apenas é jogado em um “lixão” a
céu aberto.O composto produzido possui propriedades ótimas para adubagem.
PALAVRAS CHAVES: Sesan; Composto orgânico; Compostagem
INTRODUÇÃO: A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define que lixo é todo e
qualquer resíduo sólido o suficiente para não escorrer, que tenha sido produzido
pela atividade humana. Este projeto dispõe de assuntos relacionados ao resíduo
sólido orgânico e uma forma prática de reaproveitamento do mesmo, a compostagem.
As informações usadas no desenvolvimento do projeto foram obtidas em livros e
sites confiáveis como, do IBGE e da Sesan. De acordo com a Sesan, são usados na
coleta do lixo domiciliar caminhões abertos, e carroções caminhões compactadores
tracionados por trator. A coleta é realizada em dias alternados nos bairros.
Segundo a Secretaria, a prefeitura não realiza a coleta seletiva. A matéria
orgânica, que em Belém representa 52% do total dos resíduos sólidos domiciliares
e dos centros comerciais, porém menos de 3% do lixo vai para as usinas de
compostagem que é um processo fácil de ser feito e será apresentado. Seria
fundamental que fosse realizado a coleta seletiva para que se separasse o
composto orgânico e assim facilitar o processo. A compostagem ajuda a amenizar a
quantidade de lixo que é descartado sem aproveitamento e diminui de forma
considerável a poluição que o mesmo causaria, além de produzir composto orgânico
utilizando-se de um processo que não possui alto custo para gerar renda.
MATERIAL E MÉTODOS: A compostagem é um processo químico-biológico de transformação da matéria
orgânica, como,
estrume, folhas, papel e restos de comida, em substâncias húmicas,
estabilizadas, semelhante ao
solo, a que se chama composto, com propriedades e características completamente
diferentes do
material inicial. A compostagem deve ser desenvolvida em duas fases distintas: a
primeira, a fase
ativa, quando ocorrem as reações bioquímicas de oxidação mais intensas; e a
segunda, a fase de
maturação, onde ocorre a humificação do material previamente estabilizado. A
compostagem é feita,
com a presença do oxigênio do ar (via aeróbia) e sem este oxigênio (via
anaeróbia), controlado,
termofílico, desenvolvido em duas fases por sucessões de colônias mistas de
micro-organismos (por
ser mais rápido e não exalar odores desagradáveis ou líquidos agressivos, o
processo aeróbio de
compostagem costuma ser preferido). Os materiais orgânicos que podem ser
compostado classificam-
se de uma forma simplificada em castanhos e verdes. Os castanhos são aqueles que
contêm maior
proporção de Carbono, ou seja, ramos pequenos, folhas secas ou relva seca. Os
verdes são os que
têm maior proporção de Azoto, como relva fresca ou cascas de legumes e de
frutas.
• Procedimento:
- Coleta: Coletou-se o lixo orgânico para o teste.
- Trituração dos resíduos orgânicos: redução da granulometria dos resíduos,
objetivando diminuir
o seu volume e favorecer o seu processo; (processo opcional)
- Transporte e armazenamento: depois de triturado foi colocado dentro de um
equipamento de
suporte que posteriormente foi rebocado até o local de compostagem, onde foi
construído o
compostor em buraco na terra, local que foi observado o resíduo orgânico até o
procedimento
concluído.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para teste a quantidade de resíduo orgânico coletado e de composto produzido foi
pequena e ficando em observação o processo teve um resultado ótimo com
propriedades boas, pode ser vendido e também utilizado de forma caseira gerando
renda. Dependendo-se da quantidade de lixo orgânico coletada contribui-se de
forma considerável com o meio ambiente. Foi alternando-se materiais verdes com
materiais castanhos, teve-se um nível ótimo de umidade e remexendo-se a pilha 1
a 2 vezes por semana, o composto foi pronto em 1 a 2 meses. O processo deu uma
finalidade adequada para mais de 50% do lixo doméstico, ao mesmo tempo em que
diminuiu a quantidade de lixo que seria jogado fora poluindo o ambiente.
Obs.: não se pode confundir o adubo com fertilizante químico.
Adubo orgânico
Composto orgânico produzido, após limpeza pequenas
impurezas.
CONCLUSÕES: O composto orgânico pode ser utilizado em qualquer tipo de cultura, associado ou
não a fertilizantes químicos, em quantidades que variam, em função da qualidade do
solo. Logo, palestras de sensibilização e mobilização social seriam essenciais
para apresentação e divulgação do projeto extensivo e, assim, desenvolver a ideia
proposta já que trás benefícios. Através dos testes pode-se perceber que o
composto possui um valor rico em nutrientes e tem um valor agronômico equivalente
ao encontrado no mercado e com um preço de mercado menor do que o comercial.
AGRADECIMENTOS: Ao IFMA - Campus Zé Doca e IFPA - Capus Belém.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Lima, Luia Mário Queiroz. LIXO, TRATAMENTO E BIORREMEDIAÇÃO. – São Paulo : Hemus, 1995.
EQUILÍBRIO AMBIENTAL E RESÍDUOS SÓLIDOS NA SOCIEDADE MODERNA / Brasil, Ana Maria. Fátima Santos; – 3. Ed. – São Paulo: FAARTE Editora 2007.
CARTILHA DE LIMPEZA URBANA, PDF. – São Paulo: 2005.
COMPOSTAGEM ib. www: URL: <http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/compostagem.htm> Acessado em 17 de abril de 2013
Campbell, Stu; “Deixe Apodrecer! – Manual de Compostagem”; Colecção Euroagro; Publicações Europa-América; Maio de 2005;