Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -Descartes de embalagens de agrotóxicos no município de Confresa- MT
AUTORES: Silva de Almeida, M. (INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO - CONFRESA) ; Costa Souza, K. (INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO - CONFRESA)
RESUMO: Uso de agrotóxicos no processo produtivo agropecuário resulta em alterações no
meio
ambiente e na saúde dos seres vivos. Os problemas gerados têm natureza complexa,
envolvendo aspectos e modificações biossociais, políticos, econômicos e sócio-
ambientais.Com essa problemática, os acadêmicos do curso de Licenciatura
Ciências da Natureza com Habilitação em Química trabalham na proposta de
educação ambiental, visando o desenvolvimento sustentável, pois o município de
Confresa que vem desenvolvendo na produção agrícola e consequentemente fazendo
mais uso de agrotóxicos, muitos sem conhecimento dos riscos do produto e da
embalagem quando descartada de forma incorreta. E através da educação ambiental
espera mudar essa problemática, para que todos possam crescer economicamente com
sustentabilidade
PALAVRAS CHAVES: Embalagens de agrotóxico; Educação Ambiental; Descartes de embalagens.
INTRODUÇÃO: O Brasil hoje é considerado o maior consumidor de defensivos
agrícolas no mundo. Isso, sem dúvida é resultado do modelo de desenvolvimento do
setor agrícola no país. Os resíduos químicos tóxicos presentes em embalagens de
agrotóxicos e afins, quando abandonados no ambiente ou descartados em aterros e
lixões, sob ação da chuva, podem migrar para águas superficiais e subterrâneas,
tornando perigosas para o homem, os animais e o meio ambiente. Além disso,
algumas pessoas reutilizam embalagens para armazenar alimentos e ração de
animais (INPEV, 2006).
No município de Confresa- MT não e diferente, tem a central
de recolhimento de embalagens de agrotóxicos mais ainda existem alguns
agricultores que não estão realizando o descarte correto dessas embalagens,
algumas vem sendo descartadas próximos aos recursos hídricos, podendo ocorrer à
poluição do solo e dos recursos hídricos. Conforme os dados repassados pela a
empresa Associação dos representantes de produtos agropecuários do Baixo
Araguaia (ARPABA) responsável pelo recolhimento das embalagens de agrotóxicos,
somente os pequenos produtores vêm devolvendo essas embalagens. Neste sentido,
acadêmicos do curso de Licenciatura Ciências da Natureza com Habilitação em
Química trabalham na proposta de educação ambiental, visando o desenvolvimento
sustentável, o município de Confresa está desenvolvendo na produção agrícola e
consequentemente fazendo mais uso de agrotóxicos, muitos sem conhecimento dos
riscos do produto e da embalagem quando descartada de forma incorreta. A partir
do que foi exposto, desenvolver uma proposta de educação ambiental com foco na
sensibilização, torna-se extremamente relevante, pois as pessoas precisam ser
sensibilizadas para o sentir parte do ambiente, e, a partir disso, inserir-se no
ambiente desencadeando ações pautadas na sustentabilidade socioambiental.
MATERIAL E MÉTODOS: Conhecida no cenário nacional como a capital da reforma agrária, o município de
Confresa está localizado na Microrregião Norte do Araguaia. Situa-se em uma área
de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica e tem 5.819,73 km².
A proposta de Educação Ambiental está sendo desenvolvida nos assentamentos,
situado no município de Confresa. O delineamento do trabalho é subsidiado por
discussão/reflexão de textos de autores como: PERES, F e MOREIRA; J. C,
TREVISAN, R. M. de S.; ZAMBRONE, F. A. D; JACOBI (2003); REIGOTA (2007).
Também visitas aos produtores rurais de sojas, milho e pequenos produtores de
hortaliças para realizar palestras, treinamentos sobre a forma adequada de
descartes de embalagens de agrotóxicos e aplicações, distribuição de folders,
informativos e peças teatrais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Da ECO-92 também resultou o “Tratado de Educação Ambiental para sociedades
sustentáveis e responsabilidade global” que logo na sua introdução enfatiza que
a educação ambiental para a sustentabilidade equitativa é um processo de
aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal
educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e
social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades
socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação
de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e
coletiva em níveis local, nacional e planetário (ProNEA/2005).
Até o momento 40% das famílias estão participando das discussões. Portanto, essa
aprendizagem permanente e contextualizada, envolvendo os atores locais é
necessária para a mudança de comportamento. Impera-se a necessidade de se
incrementar os meios e a acessibilidade à informação, bem como o papel indutivo
do poder público nos conteúdos educacionais e informativos de sua oferta, como
caminhos possíveis para alterar o quadro atual de degradação socioambiental.
Trata-se de promover o crescimento de uma sensibilidade maior das pessoas face
aos problemas ambientais, como uma forma de fortalecer sua corresponsabilidade
na fiscalização e no controle da degradação ambiental.
O saber ambiental emerge em oposição à racionalidade moderna que fragmenta o
homem e natureza. Nesse sentido, a educação ambiental exige mudanças
epistemológicas, visando um aprender a conhecer a partir de um “repensar o já
pensado” para se construir um conhecimento novo baseado em uma abordagem que
integre os potenciais da natureza, os valores humanos e as identidades culturais
em práticas produtivas sustentáveis.
Anexo 01
Gráfico da quantidade de embalagens vazias, que
foram devolvidas a ARPABA no meses de Janeiro a
Julho de 2013.
CONCLUSÕES: O desenvolvimento econômico deve ser encarado como um processo complexo de
transformações, pois a demanda populacional seguido da devastação dos meios
naturais que ainda resta exige mudanças de hábitos e isto deve ser entendido como
uma resultante do processo de crescimento, cuja maturidade se dá ao atingir o
crescimento sustentável, ou seja, que todos tenham a capacidade de crescer com
equidade, qualidade de vida e justiça social.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS DE
AGROTÓXICOS VAZIAS - INPEV. Disponível em: <http://www.inpev.org.br/>. Acesso em 14/06/13.
GADOTTI, M. Educar para a sustentabilidade. São Paulo: Ed, L, 2009.
PERES, F e MOREIRA, J. C. É veneno ou é remédio? Agrotó¬xicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.
TREVISAN, R. M. de S.; ZAMBRONE, F. A. D. Regulamentação do registro de
agrotóxico: abordagem da avaliação da exposição e do risco toxicológico ocupacional.
Campinas, SP: ILSI Brasil, 2002. p 160.