Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: DIAGNÓSTICO SOBRE OS PRINCIPAIS CONTEÚDOS DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO QUE DIFICULTAM O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
AUTORES: Carvalho de Souza, S. (UEPB CAMPUS PATOS) ; Oliveira dos Santos, R. (PM-JP E PM-CAB) ; Lucena Trajano, L. (UEPB CAMPUS PATOS) ; Ferreira Alves, M.C. (UEPB CAMPUS CAMPINA GRANDE)
RESUMO: Muitos foram os educadores famosos que, nos últimos séculos, ressaltaram a importância do apoio visual ou do visual-tátil como facilitador para a aprendizagem e em termos de sala de aula, é fundamental o papel que o material didático pode desempenhar. O objetivo foi diagnosticar os principais conteúdos de Química com maiores dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. A metodologia aplicada foi de pesquisa de campo com sessenta e dois alunos do ensino médio do projeto “Ações Construtivas do Conhecimento Químico nas Escolas Públicas do Sertão Paraibano”. E segundo os entrevistados, a presença de jogos lúdicos nas aulas diminui as dificuldades encontradas e faz aumentar a interação entre o conhecimento conduzindo a um caminho saudável para a consolidação no processo de aprendizagem.
PALAVRAS CHAVES: Dificuldades; Química; Metodologia.
INTRODUÇÃO: Inspirados em teóricos da educação, tais como LIBÂNEO (1994), LÜCK (2010) e PERRENOUD (2000), pretendemos trabalhar na perspectiva de superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos envolvidos. Isso porque, como profissionais formadores de formadores, desejamos que nossos discentes exerçam criticamente sua profissão, sejam capazes de enfrentar problemas complexos e adquiram a capacidade de trabalhar com criatividade. Na maioria das escolas tem-se dado maior ênfase à transmissão de conteúdos e à memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas, deixando de lado a construção do conhecimento científico dos alunos e a desvinculação entre o conhecimento químico e o cotidiano. Essa prática tem influenciado negativamente na aprendizagem dos alunos, uma vez que não conseguem perceber a relação entre aquilo que estuda na sala de aula, a natureza e a sua própria vida (MIRANDA; COSTA, 2007).
MATERIAL E MÉTODOS: Para a realização deste trabalho fez-se uma investigação através de entrevistas com aplicação de questionários a sessenta e dois (62) alunos com idades entre 14 e 17 anos do ensino médio envolvidos no projeto “Ações Construtivas do Conhecimento Químico nas Escolas Públicas do Sertão Paraibano” realizado nas dependências da UEPB campus da cidade de Patos/PB, onde se buscou diagnosticar os conteúdos de Química que apresentam grandes dificuldades de aprendizagem no ensino médio e quais os meios sugeridos pelos alunos para contorná-los.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O desinteresse encontrado nos alunos do ensino médio quando o tema são as disciplinas que envolvem cálculos, seja química, física ou matemática é alarmante e assustador. Especialmente, na disciplina de Química, os conteúdos mais citados pelos alunos participantes da entrevista por apresentar maiores dificuldades são: tabela periódica, estequiometria, ligações químicas, eletroquímica, geometria molecular, propriedades da matéria, isomeria, química orgânica e modelos atômicos, como mostrado na Figura 1. Ao serem questionados sobre o grau de dificuldade encontrada, a grande maioria respondeu por envolverem cálculos matemáticos e “decorebas”. E como forma de amenizar as dificuldades encontradas foram sugeridas por todos os entrevistados, a presença de aulas práticas, jogos lúdicos em sala e metodologias inovadoras por parte dos professores. Em relação à realização de aulas práticas os alunos justificaram com os seguintes trechos aqui citados: “pois fica mais fácil o aprendizado em conjunto com as aulas teóricas”, “facilitam muito no aprendizado, porque é praticando que se aprende”. Em relação à importância de jogos lúdicos na exposição dos conteúdos foi respondida pelos entrevistados como frases do tipo: “é melhor, pois brincando fica mais empolgante os assuntos”, “facilita pela forma de estarmos nos divertindo e aprendendo ao mesmo tempo” e “além de estimular no aprendizado, podemos aprender se divertindo e interagir melhor com o professor”. Sobre metodologias inovadoras por parte dos professores, os discentes afirmaram que “empolgam mais e dar mais vontade de realizar as atividades”, “chama mais a atenção”, “não fica uma aula entediante e cansativa”, “é bom sair da rotina”, “é mais legal e mais fácil de aprender”, “facilita o entendimento e aprimora o raciocínio".
Figura 1 - Os assuntos mais difíceis segundo os alunos entrevistados.
Os principais conteúdos de Química apontados como dificultadores no processo ensino aprendizagem.
CONCLUSÕES: De forma quase que totalitária dos alunos entrevistados revelou gostar de estudar Química e ficaram evidenciados que as dificuldades que venham implicar para uma aprendizagem mais significativa estão relacionadas à metodologia empregada pelos professores, à escassez de aulas práticas nas escolas, jogos lúdicos e a inserção de dinâmicas em sala de aula, complexidade dos assuntos, principalmente nos conteúdos que envolvem cálculos matemáticos. Portanto, existem dificuldades no processo de aprendizagem dos conteúdos de Química, mas há meios que levam a resultados muito bons, como os sugeridos.
AGRADECIMENTOS: A todos do projeto “Ações Construtivas do Conhecimento Químico nas Escolas Públicas do Sertão Paraibano” realizado na UEPB no campus de Patos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 2ª edição.
LÜCK, H. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2010.
MIRANDA, D. G. P; COSTA, N. S. Professor de Química: Formação, competências/ habilidades e posturas. 2007.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.