53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL AO ESTUDAR QUÍMICA.

AUTORES: Marques, J... (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Souza, S.C. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Souza, A.M.S. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Amorim, M.B.L. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Oliveira, D.A.B. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Trajano, L. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Dantas, I. (UEPB/CAMPUS PATOS) ; Santos, R.O. (UEPB/CAMPUS PATOS)

RESUMO: Esse trabalho apresenta algumas dificuldades encontradas pelos alunos com deficiência visual ao estudar química, ou seja, trata-se da inclusão dessas pessoas no ambiente escolar, tornando-os cidadãos integrados socialmente. Foi desenvolvido um trabalho de pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa com alunos paraibanos com deficiência visual que estudam o terceiro ano do ensino médio na cidade de João Pessoa com idades entre 17 (dezessete) e 20 (vinte) anos nos meses iniciais do ano de 2013. Durante essa pesquisa percebeu-se os grandes desafios que esses alunos tiveram que enfrentar para tentarem entender os assuntos de química, pois a grande maioria dos professores não estão preparados para incluir alunos com deficiência visual em suas salas de aulas e não possuem recursos.

PALAVRAS CHAVES: Inclusão; Ensino de Química; Dificuldades

INTRODUÇÃO: Desenvolver trabalho em relação à inclusão de alunos com deficiência visual é de extrema importância uma vez que, a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 determina a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando estilos e ritmos de aprendizagem, assegurando uma educação de qualidade a todos mediante um currículo apropriado, com arranjos organizacionais, estratégias de ensino e o uso de recursos diversificados. A grande maioria das escolas públicas enfrenta o desafio de incluir pessoas com algum tipo de deficiência em seu número de alunos, não pelo espaço, mas pela falta de capacitação como também de materiais específicos. Foi desenvolvida uma pesquisa nessa com alunos com deficiência visual que estão cursando o ensino médio com o objetivo de fazer um estudo diagnóstico dos principais desafios e conquistas enfrentados por essas pessoas em relação à disciplina de química e à vida cotidiana. Nesse sentido, voltou-se a atenção para responder o seguinte questionamento: Quais as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência visual ao estudar química e como seus professores conseguem contorná-las?

MATERIAL E MÉTODOS: Para a realização deste trabalho fez-se uma investigação através de entrevistas com alunos com deficiência visual que estão cursando o terceiro ano do ensino médio na Cidade de João Pessoa/PB, buscando identificar as especificações no processo de inclusão de alunos cegos e sua interação nas aulas de química.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A desmotivação encontrada no processo ensino aprendizagem nas instituições da rede pública de educação está relacionada com o número de alunos portadores de deficiência que é superada dia após dia por professores e alunos. A escolha dos alunos foi feita por se tratar de um público alvo da pesquisa. Para o presente trabalho, os resultados foram obtidos através de conversas descontraídas, entrevistas, mesa redonda em sala de aula e aplicação de questionários. No que diz respeito as dificuldades enfrentadas em sala de aula notou-se que a falta de materiais adequados é um dos pressupostos para essa realidade, aliado a falta de ajuda das pessoas para a realização das atividades escolares. Muitos assuntos são de difícil compreensão como: tabela periódica, ligações química e geometria molecular, que foram citados pelas entrevistadas, quando estudaram na primeira série do ensino médio. E o que facilita bastante a compreensão dos conteúdos é a utilização de recursos didáticos alternativos como também a participação em aulas práticas, pois como relatou uma das entrevistadas que “o cego ele fixa melhor os conteúdos quando toca, sente e cheira”. Diante disto, foi possível observar que grandes são os desafios, mas eles não se deixam abater e sempre buscam superá-los.

CONCLUSÕES: As dificuldades enfrentadas por alunos que estudam Química com deficiência visual são enormes e cada vez mais vem aumentando o número de alunos como esses no ambiente escolar; . A inclusão de materiais alternativos auxilia na compreensão dos assuntos e é fator primordial para que os professores contornem os problemas existentes ao transmitir os conteúdos. Portanto, é preciso investir na preparação e capacitação de profissionais bem como, na construção de recursos didáticos alternativos que facilitem no aprendizado de pessoas com essa deficiência, para obter assim, melhores resultados.

AGRADECIMENTOS: AGRADECIMENTOS: A todos envolvidos nesse projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ANACHE, A. A. Educação e deficiência: estudo sobre a educação da pessoa com "deficiência" visual. Campo Grande: CECITEC/UFMS, 1994.
BRASIL. LDB- Leis de Diretrizes e Bases. Lei de nº 9394, 20 de Dezembro de 1996. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial, no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
SOMBRA, L. A. Instituto Benjamin Constant: a educação de cegos é uma realidade. E. M. L. S.