53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: ABORDAGENS FREQUENTES DE CONTEÚDOS DE QUÍMICA NO NOVO MODELO DO ENEM: ANÁLISE DAS PROVAS DE 2009 A 2012

AUTORES: Silva, G.F.B. (IFPE - CAMPUS VITORIA) ; Silva, A.V.S.F. (IFPE - CAMPUS VITORIA) ; Albuquerque, B.C.P. (IFPE - CAMPUS VITORIA) ; Sales, E.S. (IFPE - CAMPUS VITORIA) ; Júnior, O.P.S. (IFPE - CAMPUS VITORIA) ; Perdigão, C.H.A. (IFPE - CAMPUS VITORIA)

RESUMO: O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é aplicado no Brasil a partir do ano de 1998, com a finalidade de gerar uma avaliação em torno das Competências e Habilidades na formação do estudante. Sendo assim, a pesquisa tem o objetivo de analisar os conteúdos da disciplina de Química abordados com freqüência neste exame de acordo com a nova matriz de referencia. Este estudo trata-se de uma abordagem Quanti-qualitativa realizando uma investigação documental acerca das provas que abordam conceitos de Química no ENEM referente aos anos de 2009 a 2012. Visto o grau da problemática, a pesquisa atende a resultados significativos, de maneira a otimizar de maneira didática a característica do exame se adequando à realidade da Educação Brasileira.

PALAVRAS CHAVES: ENEM; abordagem de conteúdos; Ensino de Química

INTRODUÇÃO: O Ministério da Educação no ano de 2009 apresentou uma proposta de reformulação para o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, a Matriz de Referência 2009, tornando este exame em muitos casos, como sendo a principal maneira dos estudantes ingressarem em Instituições de Ensino Superior segundo Matos (2011). Até 2008, o exame tinha uma duração de cinco horas, e era aplicado em apenas um dia. Com a sua reformulação, atualmente é aplicado em dois dias e continua com a divisão em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias, e Ciências Humanas e suas tecnologias. Na Matriz de Referência para o ENEM 2009 são elencados cinco eixos cognitivos comuns a todas as áreas do conhecimento, sendo: Dominar linguagens; Compreender fenômenos; Enfrentar situações-problema; Construir argumentação, e Elaborar propostas (BRASIL, 2009). Com a finalidade de investigar as Competências e Habilidades que são cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio, a pesquisa buscou identificar os conteúdos da disciplina de Química abordados com frequência no NOVO ENEM a partir do ano de 2009.

MATERIAL E MÉTODOS: Esta pesquisa trata-se de uma abordagem Quanti-qualitativa realizando uma investigação documental a respeito das questões que abordam com frequência conteúdos de Química na nova matriz de referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a partir do ano de 2009. Para a análise, foram selecionadas as provas de cor amarela, selecionando as questões que abordam conteúdos da disciplina de Química, a fim de identificar a freqüência de abordagem dos conteúdos. A escolha desse campo de pesquisa se justifica pela necessidade de analisar a estrutura das questões de Química no ENEM. Para realizar a investigação documental, serão selecionadas as provas do ENEM que foram aplicadas no ano de 2009 até 2012. Serão utilizadas como instrumentos de coleta de dados às provas que tratam de Química no Enem juntamente com suas resoluções, literaturas da área de estudo, os PCN’s, e as OCNEM.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O ENEM apresenta o histórico de relacionar os conteúdos de uma disciplina específica com o cotidiano, de forma interdisciplinar. No tocante enquanto uma ciência experimental, a disciplina de Química dispõe de uma variedade de temas que podem ser discutidos visando contribuir no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Desde a mudança de acordo com a nova matriz de referência para o ENEM 2009, é percebível o nível que tem sido cobrado nas questões que abordam conteúdos de Química. Se comparado com as provas do antigo modelo do ENEM, fica clara a freqüência de abordagem de alguns conteúdos, além de abranger as três áreas que assim é dividida a disciplina, como: Química Geral, Físico-Química e Química Orgânica. As questões, a partir do ano de 2009 têm sido elaboradas de modo que os discentes no momento de sua resolução necessitem de estudos mais específicos da disciplina, deixando de lado um pouco o mito de que o ENEM busca aplicar apenas questões com abordagem do cotidiano. No exame aplicado no ano de 2009, houve o tratamento de questões visando às três áreas na qual a Química é dividida, indo desde assuntos relacionado ao ciclo do carbono, até a questão da radiação, discutindo também sobre os isótopos dos elementos químicos. Na prova de 2010, não tem muito que se observar, visto que os conteúdos cobrados foram os mesmos no ano anterior. Porém, nos anos de 2011 e 2012, o exame poderia ser considerado como apresentando as questões melhor elaboradas com relação à Química, valorizando realmente os discentes que tem se dedicado ao ingresso em Universidades. A Química Orgânica, por exemplo, é um tema abordado com freqüência nesses últimos dois anos, em específico no exame de 2012, sendo aplicada desde os impactos ambientais, até as vitaminas presentes no corpo humano.

CONCLUSÕES: Como principais resultados destacam-se contribuições tanto para os docentes com relação ao Ensino de Química, como para os discentes. Para os docentes no que diz respeito ao acervo teórico. Repercutindo nos estudantes também, de maneira a otimizar de forma didática a característica do exame se adequando a realidade da Educação Brasileira. Portanto, diante do estudo realizado, foram identificados que no novo modelo do ENEM, de acordo com a matriz de referência 2009, os quesitos começaram a abordar conceitos mais específicos da disciplina de Química, tornando o nível mais elevado das questões.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Ministério da Educação. Matriz de Referência para o ENEM 2009. Brasília. 2009.

MATOS, Karine G. Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM): Análise das questões de Química no período de 2006 a 2011. Universidade Federal de Alagoas, UFAL, 2011.