53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: A ANÁLISE DE SOLOS EM AULA PRÁTICA NO ENSINO MÉDIO

AUTORES: Ribeiro, L. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Souza, F. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Vanuchi, V. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Cunha, E. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; da Silva, A. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA)

RESUMO: Este trabalho aborda a análise de solos a partir de aulas práticas com alunos do ensino técnico em florestas, com o intuito de oferecer informações sobre questões ambientais, como por exemplo, degradação de solo e o meio ambiente que o cerca, e enfatizando o ensino de química, tais como vidrarias, reagentes e resultados.

PALAVRAS CHAVES: Análise de solo; Aula prática; Química

INTRODUÇÃO: Uma das atividades que mostram grande entusiasmo em escolas é o ensino em laboratório, visto que os alunos saem do convívio de sala de aula para aula prática. Para Beltran e Ciscato (1991), as dificuldades no ato de ensinar química estão vinculadas, entre outros fatores, com os poucos recursos investidos na educação e o uso de uma metodologia de trabalho inadequada ao desenvolvimento intelectual do aluno, onde professores insistem em métodos voltados à excessiva memorização de fatos, símbolos, fórmulas, nomes e teorias que parecem não ter nenhuma relação entre si, contribuindo em nada para as competências e habilidades desejáveis no ensino médio. A realização de aulas práticas é de grande importância para a fixação de conteúdos teóricos já estudados em sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS: A abordagem deste trabalho está centralizada em análises de solos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Ji-Paraná, cidade de Ji-Paraná, RO. Após a realização da análise de solos com os alunos do ensino técnico de florestas, auxiliado por alunos de Licenciatura Plena em Química na referida unidade de ensino, foi elaborado um questionário subjetivo, com finalidade de obter a visão dos alunos sobre análises de solos antes do experimento. Coletou-se amostra de solo de um rio que se localiza na cidade de Ji-Paraná, e também, amostra de solo de horta, na cidade de Urupá, RO. Esta amostra permaneceu duas semanas em repouso, para secar totalmente para uso. Usou-se o Ecokit solo (Alfakit) do PIBID, para que fosse realizada a análise de pH e Amônia da amostra colhida. Utilizou-se a turma do segundo ano, turma “A”, que se encontrava com 39 alunos presentes, e a turma do segundo ano “B”, que se encontrava com 23 alunos presentes, ambos do ensino técnico em Florestas. Ambas as salas foram separadas pela metade, sendo que a turma que ficava na sala respondia questionário enquanto a outra realizava o experimento, logo depois, havia uma troca, para que todos respondessem o questionário e fizessem o experimento, ou seja, os alunos que permaneceram na sala responderam o questionário antes da aula prática, e os que estavam no laboratório, responderam o questionário depois da aula prática.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na realização da aula prática de análises de solos com os segundos anos, pode-se observar grande desempenho dos alunos visto que estavam bem orientados quanto à relação da disciplina de química aliada a análise de solos, cujo objetivo era assemelhar a disciplina ao meio ambiente, de forma a ficar mais explícito os impactos ambientais que estão presentes ao nosso redor. Quando questionados sobre qual seria a importância desta aplicação de aula prática no curso técnico de florestas, as respostas foram positivas, logo que evidenciaram que a química é aliada nas questões ambientais que envolvem toda a sociedade. Outro ponto positivo, foi o conhecimento em relação à qualidade do solo ligada ao pH encontrado, onde na maioria das respostas, o plantio era o mais evidenciado quando o assunto era acidez em excesso no solo. Com a aplicação dos questionários subjetivos aos alunos, pode-se analisar os dados obtidos. Os resultados mostraram que na turma que ainda não havia participado da aula prática, 45% dos alunos tinham noção sobre o solo, 84% sabiam definir pH, 72% dos alunos tinham consciência da degradação ambiental. Na turma que primeiramente participou da aula prática, 65% dos alunos tinham conhecimento da definição de solo, 93% definiram pH corretamente, 98% exemplificaram degradações que ocorrem no solo. A partir da dos questionamentos observou-se que a aula prática atrelada a conhecimentos tradicionais obteve-se um resultado eficaz. A aula prática alcançou o objetivo proposto, os alunos demonstraram interesse, compreenderam os assuntos propostos, relacionaram o conhecimento prático com o saber tradicional, além de que os mesmos conseguiram relacionar o conteúdo dado com alguns fatores presenciados pelos mesmos nos seus cotidianos.

CONCLUSÕES: Conclui-se que com a realização deste trabalho envolvendo a disciplina de química aliada ao ensino técnico em florestas é de grande importância visto que os alunos saem da rotina da sala de aula, para adentrar-se em pesquisas no laboratório. Notou-se que após a realização dos experimentos os alunos puderam assimilar o que sabiam na teoria aplicando na prática. Concluíram que estas análises são de grande importância para o curso, que o ambiente deve ser respeitado, e uma das formas de conhecer a natureza do solo é analisá-lo, observá-lo e anotar as mudanças que ocorrem.

AGRADECIMENTOS: Agradeço a CAPES por financiar esse trabalho através do PIBID/IFRO-RO. Ao IFRO pelo apoio durante a atividade, e aos coordenadores do Projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A. Química. Coleção Magistério de 2º grau. São Paulo: Cortez, 1991. Disponível em: http://www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos_14/gioppo_scheffer_neves.pdf > Acesso em 10/07/2013.