Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: MANGANÊS: IMPORTÂNCIA E PROBLEMAS ASSOCIADOS
AUTORES: Lima, L.L. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Lima, L.P. (IFMT-CAMPUS CONFRESA) ; Ferreira, R.L. (IFMT - CAMPUS CONFRESA)
RESUMO: O presente trabalho teve o objetivo de enfatizar a importância do manganês como
oligoelemento e também conscientizar alunos que frequentam laboratório de química
sobre o perigo que a exposição ao manganês apresenta ao organismo humano, podendo
causar parkinsonismo induzido. Os estudos apontam que o manganês é de suma
importância para o organismo humano em pequenas quantidades, agindo como cofator
de algumas enzimas, entretanto em excesso se torna tóxico, causando danos em
alguns sistemas. Trata-se de uma revisão bibliográfica simples baseada na
literatura através de consulta a artigos científicos selecionados
por meio de busca no banco de dados do SciELO e Scholar.
PALAVRAS CHAVES: manganês; bioinorgânica; laboratório de química
INTRODUÇÃO: O manganês é um dos elementos mais fartos na crosta terrestre, encontrado
generosamente distribuído em solos, sedimentos, rochas, água e materiais
biológicos. Metal pertencente à classe dos metais de transição, possui número
atômico 25, está localizado no grupo 7 da Tabela Periódica, possui massa atômica
de 55 u, se apresenta como um metal cinza e aparece na forma de minerais, sendo
encontrado no estado sólido na natureza. Alguns dos compostos de manganês que
mais se destacam são os sais: manganatos e permanganatos (agentes oxidantes
fortes, podem ser usados em análise quantitativa e em medicina). O manganês é
essencial para o ser humano em pequenas quantidades, mas, quando em excesso no
organismo pode causar efeitos deletérios como toxicidade em diferentes
níveis, sendo mais perigoso para o funcionamento do sistema nervoso central. O
objetivo do trabalho foi enfatizar a importância do manganês como
oligoelemento(QUINTAL et al., 1991) e também conscientizar alunos que
frequentam laboratório de química sobre o perigo que a exposição ao manganês
apresenta ao organismo humano (PARKINSON e OGILVIE, 2001)
MATERIAL E MÉTODOS: Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura simples, realizada em abril
de 2013, através de pesquisas por artigos indexados no banco de dados do Scholar e
SciELO.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Segundo a literatura, a atuação do Mn de modo geral é através de estreita
ligação com diversos minerais. Algumas das funções do Mn no organismo são:
síntese de glicosaminoglicanos e síntese de matriz mucopolissacarídica da
cartilagem, ativação de enzima antioxidante na mitocôndria, metabolismo
de lípides, metabolismo de carboidratos via estabilização ou ativação de algumas
enzimas da neoglicogênese como piruvato carboxilase e isocitrato de hidrogenase,
ativação de enzimas para o metabolismo dos hidratos de carbono e colesterol e
participa na regulação da tolerância à glicose (GUILARTE R, 2011. No sangue, é
encontrado principalmente nos eritrócitos, também é encontrado no fígado, ligado
aos sais biliares. No caso de inalação de manganês, se encontra maiores teores
nos pulmões, seguido do fígado, rins e baço. Quando é por injeção subcutânea,
observa-se o aumento nos tecidos, sendo maior no pâncreas. Já por via
gastrointestinal a quantidade de metal retida no organismo é menor. A exposição
excessiva a esse elemento é tóxica a diversos níveis, sendo o sistema nervoso
central o mais vulnerável, pois mesmo em pequenas quantidades, os efeitos
observados são os mais alarmantes. Os sintomas são semelhantes à doença de
Parkinson em alguns aspectos, mas quando induzido pelo manganês pode ser
diferenciado da doença de Parkinson devido à maior localização no globo pálido e
estriado. Pessoas com acumulação elevada de Mn no cérebro demonstram a perda ou
diminuição de neurônios de ativação das células gliais. Mesmo que os níveis de
excesso de Mn no cérebro resultem em uma forma atípica de parkinsonismo, este
resultado clínico não é associado à degeneração de neurônios dopaminérgicos
nigroestriatal como é o caso na doença de Parkinson (PARKINSON e OGILVIE,
2001).
CONCLUSÕES: Apesar da importância do manganês para o organismo humano por ativar diversas
enzimas presentes em vários processos fisiológicos, a exposição excessiva a esse
elemento é tóxica, sendo o sistema nervoso central o mais afetado. Estudos
recentes insinuam que a exposição demasiada ao manganês cause a inabilidade de
liberar a dopamina, causando anormalidades de movimento em pessoas que sofreram
essa exposição. Em pessoas jovens, a quantidade inferior de ferro propicia a sua
retenção, apresentando assim maior potencial tóxico, do que em adultos.
AGRADECIMENTOS: Agradeço a Deus por ter chegado até aqui.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: PARKINSON, A.; OGILVIE, B.W. Biotransformatio of xenobiotics In: KLAASSEN, C.D. Toxicology, the basic science of poisons, 6 Ed., New York: McGraw Hill, 2001.
QUINTAL S. V; LOTUFO B. J. P; BETTA L. S. Importância dos oligoelementos na nutrição perinatal. 1991.
GUILARTE R. T. Manganese and Parkinson's disease: a critical review and new findings, Rev. Ciênc. Saúde Coletiva vol.16 no.11 Rio de Janeiro. 2011.