53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO SOBRE MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

AUTORES: Oliveira, F.A. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Cesar, J.V.C. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Pinto, T.J.S. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Santos, W.W.R. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; da Silva, A.A. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA) ; Cunha, E.M.F. (INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA)

RESUMO: Muito se tem discutido sobre problemas ambientais, a falta de políticas públicas e de conscientização com relação a utilização dos recursos naturais tem levado a degradação ambiental. Considerando que a escola é um espaço de aprendizagem, cujas ações se estendem para o meio social, é necessário que se promova discussões sobre o tema. O estudo objetiva verificar a concepção dos alunos sobre meio ambiente e educação ambiental (EA), promovendo discussões a respeito do tema. A metodologia utilizada é de revisão bibliográfica e observação participante, foi aplicado um questionário contendo questões abertas e fechadas a alunos do 1º ano do ensino médio. Constatou-se que eles possuem um conhecimento superficial sobre EA, e que apesar de ser um tema atual e de relevância as ações são evasivas.

PALAVRAS CHAVES: Educação ambiental; Ambiente escolar; Promoção de discussão

INTRODUÇÃO: O relacionamento do homem com a natureza já faz parte da história da humanidade, assim como também a falta de preocupação do mesmo com o planeta e com os seres que nele vivem. De inicio a relação era estritamente para sua sobrevivência, mas com a evolução humana o contexto transformou-se significativamente. Segundo Effting (2007): Com a urbanização e evolução da civilização, a percepção do ambiente mudou drasticamente e a natureza passou a ser entendida como "algo separado e inferior à sociedade humana", ocupando uma posição de subserviência. No decorrer do século passado, para se atender as necessidades humanas foi-se desenhando uma equação desbalanceada: retirar, consumir e descartar. É importante que a educação ambiental seja trabalhada de forma que relacione as questões ambientais, principalmente o que diz respeito à degradação ambiental, com as questões sociais. Segundo Effting (2007): Chega-se aos dias de hoje com a maioria da população vivendo em centros urbanos. A água limpa sai da torneira e a suja vai embora pelo ralo, o lixo produzido diariamente é levado da frente das casas sem as pessoas terem a mínima preocupação de saber qual o seu destino. Ou seja, a grande maioria da população não consegue perceber a estreita correlação do meio ambiente, com o seu cotidiano. Portanto é evidente a conscientização dos cidadãos para que ajam de modo responsável, conservando o ambiente saudável, para que saibam exigir e respeitar os direitos próprios e os de toda a comunidade tanto local como global, e se modifiquem interiormente, em suas relações com o ambiente.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor José Francisco dos Santos localizada em Ji-Paraná RO. Essa escolha se justifica pelo fato de que na escola desenvolve-se um projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID, intitulado Educação Ambiental como Elemento Transformador do Ensino de Química e Biologia no Sul e Centro-Leste de Rondônia pela autora que é bolsista do projeto. Esse estudo teve por sujeitos os alunos dos 1º anos A e B do Ensino Médio. Para a coleta de dados primeiramente foi aplicado um questionário contendo questões abertas e fechadas para um total de 42 (quarenta e dois) alunos, sendo 22 alunos do 1º A e 20 do 1º B. Com esse questionário procurou-se verificar as concepções que os alunos apresentavam sobre o tema Meio Ambiente e Educação Ambiental. Posteriormente, foi ministrada uma palestra para os alunos do 1ºA e B abordando a temática Educação Ambiental.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após análise do questionário foi possível perceber que 81% dos alunos do 1º A e B, já haviam assistido alguma palestra relacionada ao Meio Ambiente e Educação Ambiental. No entanto, vale destacar que embora a maioria dos alunos tivessem tido contato com palestras que abordassem as temáticas mencionadas acima, a concepção apresentada por eles no questionário geralmente estava relacionada ao meio natural excluindo assim, o meio social. Alguns alunos conseguiram relacionar, mesmo que vagamente, meio Ambiente com o meio em que vivem, mas não conseguiram relacioná-lo ao meio social. Os alunos não tinham a percepção de que fazem parte e que são os grandes agentes modificadores do meio, tinham a visão voltada apenas para o lado naturalista. Como atitude inicial e ainda superficial, foi realizada uma palestra abrangendo Meio Ambiente e Educação Ambiental, o objetivo da palestra foi deixar subentendido aos alunos que eles estão inseridos e são os grandes agentes modificadores do meio ambiente, pois o meio social em que eles vivem faz parte e tem sofrido diretamente com a problemática ambiental. Assim, buscou-se levar os alunos a terem uma visão mais crítica sobre o que é meio ambiente, quais as consequências e impactos diretos que o meio social no qual cada um faz parte sofrerá se a problemática ambiental não for olhada de uma forma mais consciente. Portanto se demonstrarmos a capacidade de tornar nossos alunos conscientes e sensibilizados a essa nova visão sobre o ambiente, eles próprios se tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio, tornando assim esse processo em uma seqüência de ações benéficas ao futuro.

CONCLUSÕES: Embora parte dos alunos já tivesse assistido a palestras sobre educação ambiental e meio ambiente, eles carregavam uma visão muito naturalista acerca do tema, e não conseguiam fazer uma ponte de ligação entre meio ambiente e meio social. A palestra ministrada após a entrevista foi apenas uma pequena ação, das quais podem ser executadas no ambiente escolar. A educação ambiental na escola tem respaldo legal e deve ser trabalhada de forma interdisciplinar. A temática é sempre presente no âmbito escolar, porém os resultados encontrados demonstram que as ações são muito superficiais e evasivas.

AGRADECIMENTOS: A CAPES pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental nas Escolas Públicas: Realidade e Desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia (Pós Graduação em “Latu Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal Cândido Rondon, 2007.