53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: O jogo a química em casa: um facilitador para contextualizar a aprendizagem de química do ensino médio.

AUTORES: Carvalho, S. (FTESM) ; Goncalves, M. (FTESM / UFRJ)

RESUMO: A Química muitas vezes é ensinada sem contextualização e, em diversos momentos os alunos associam esta disciplina a situações prejudiciais aos seres humanos e com isso não conseguem assimilar a necessidade ou a grande importância que esta ciência agrega em nossa sociedade. Sendo assim, este trabalho consistiu em propor um jogo de tabuleiro que relaciona a química com o cotidiano, tendo o objetivo de despertar nos discentes o interesse pela compreensão da química através de aulas com recurso lúdico. O jogo “A QUÍMICA EM CASA” surgiu como uma proposta para as aulas, que além de estimular a interação entre os alunos também desperta o interesse desses pela área da química, facilitando o processo de ensino-aprendizado de modo contextualizado, dinâmico e divertido.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química; jogos; atividades lúdicas

INTRODUÇÃO: A química esta presente no dia-a-dia das pessoas”. Esta afirmativa é suficiente para justificar a necessidade de o cidadão ser informado sobre essa ciência. Todavia o ensino de ciências no Brasil encontra sérias dificuldades, que permeiam nosso sistema educacional desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. (MÓL, 2008) A aprendizagem deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo fora da sala de aula de forma abrangente e integrada, para que os mesmos possam julgar fundamentados nos conhecimentos químicos as informações adquiridas na mídia, no dia-a-dia, na relação com as pessoas, etc. (SANTOS, 2003) Buscando aumentar o nível cognitivo dos alunos, bem como facilitar a associação da química, o jogo proposto neste trabalho se baseia na observação de fenômenos químicos e físicos que ocorrem habitualmente em uma casa, permitindo uma maior contextualização do conteúdo programático do ensino médio, e sugerindo uma visão integradora de conhecimentos de uma forma mais curiosa, tirando o aluno de uma atitude passiva em sala de aula

MATERIAL E MÉTODOS: O jogo “A Química em casa” baseia-se nas regras de um jogo de tabuleiro comum. E seu objetivo central é chegar ao fim do percurso antes dos demais jogadores. O jogo é composto por 1 tabuleiro, 6 pinos, 1 dado, 140 cartas-questão e 12 cartas-coringa. Para jogá-lo, os participantes devem dividir-se em no mínimo duas e no máximo seis equipes, não havendo limites de jogadores para as equipes, desde que o professor possa garantir e observar a participação de todos os alunos do grupo. O percurso foi numerado e em algumas “casas” foi colocada a imagem do átomo do modelo de Rutherfor. Ao cair nas casas marcadas pelo símbolo de um modelo atômico de Rutherford, o jogador obrigatoriamente deverá retirar uma carta- coringa, a qual “decidirá” seu destino, ou seja, se ele deve avançar, recuar ou até mesmo voltar ao ponto de partida. Deste modo, o vencedor será aquele que obtiver um maior sucesso em responder às questões, avançar um número considerável de cartas e não ser prejudicado pelo revés da carta-coringa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O jogo foi aplicado em um grupo de alunos do Ensino Médio da rede Estadual Pública do Estado do Rio de Janeiro. Com o método utilizado foi observado um ambiente descontraído entre os alunos e professor, e uma associação dos conceitos químicos dados em sala de aula com o cotidiano. Foi observado também, que os alunos apresentaram uma maior curiosidade nos assuntos abordados pelo jogo. Consequentemente o método contribuiu para o aprendizado de forma prazerosa e de fácil entendimento.

CONCLUSÕES: A utilização do jogo demonstrou ser um importante recurso para o Ensino da Química diante da vivência em sala de aula com a realização desta atividade. Notou-se que o jogo é um instrumento facilitador no processo de ensino-aprendizagem, capaz de motivar e melhorar a relação entre os alunos e entre aluno e professor, além de mobilizar o raciocínio.

AGRADECIMENTOS: FTESM- FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
MÓL, Gerson de Souza; Santos, Wildson Luiz pereira dos. et al. Química e sociedade volume único , São Paulo editora nova geração 2008

SANTOS, Wildson L. Pereira dos; Schnetzler, Roseli Pacheco. Educação em química – compromisso com a cidadania. 3º edição. Editora Unijuí, 2003.