Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: DIFICULDADES DO ENSINO NAS AULAS DE QUÍMICA NO COLÉGIO ALUÍZIO FERREIRA EM JI-PARANÁ
AUTORES: Pimentel da Silva, K.M. (IFRO) ; de Souza Almeida, L. (IFRO) ; Duarte Ferreira, R. (IFRO) ; Filho, L.I. ()
RESUMO: O presente artigo tem por finalidade conhecer os obstáculos que os
lecionadores de Química enfrentam em uma escola pública localizada no bairro Nova
Brasília em Ji-Paraná (Rondônia) . Os dados foram obtidos através de um
questionário com perguntas abertas aos quatro docentes, com questões orientadoras,
há quanto tempo lecionam a disciplina, área de formação, carga horária, e as
dificuldades encontradas por eles em relação ao processo de ensino. Além de
demonstrar as dificuldades buscou-se apontar possíveis alternativas para
solucionar os obstáculos. Toda responsabilidade de ensino não está somente no
educador, é preciso que haja investimento e apoio necessários por órgãos oficiais
para que os objetivos da aprendizagem sejam alcançados
PALAVRAS CHAVES: DIDÁTICA; QUÍMICA ; PROFESSOR
INTRODUÇÃO: 1. INTRODUÇÃO
Torna-se importante e necessário um estudo sobre as dificuldades que
professores de química do ensino médio enfrentam para a matéria de química,
pois, essas dificuldades prejudicam a forma de transmitir o conhecimento e
consequentemente refletem no interesse e na compreensão dos alunos.
Chassot (1990, p. 30) explica o porquê: “ A Química é também uma
linguagem. Assim, o ensino da Química deve ser um facilitador da leitura do
mundo. Ensina-se Química, então, para permitir que o cidadão possa interagir
melhor com o mundo”.
Nesse contexto, o presente estudo teve como finalidade verificar
junto ao (s) professor (s) de Química da Escola Aluízio Ferreira, se há e quais
são as dificuldades encontradas para lecionar. Analisando também os principais
fatores que causam tais obstáculos.
A Escola Estadual Aluízio Ferreira trabalha com Ensino Fundamental Médio e
Educação de Jovens e Adultos localiza-se no bairro-Nova Brasília em Ji-Paraná
(Rondônia). É uma escola relativamente antiga para os padrões locais, fundada em
1981. Atualmente possui 1590 alunos matriculados, são divididos em 56 turmas,
sendo elas por períodos: 20 Matutino; 19 Vespertino e 17 noturno, destas 30 de
ensino médio possuem aulas de química.
Na escola existem quarenta e oito professores, sendo que quatro destes
lecionam a disciplina de Química. Apenas um é formado na área, mas, não possui
Licenciatura em Química. Os demais são graduados em Ciências com especificação
em Matemática, Licenciatura em Física e em Zootecnia.
MATERIAL E MÉTODOS: 2 O DESAFIO PROFISSIONAL DO EDUCADOR E DESEMPENHO DO EDUCANDO
A principal dificuldade apontada por ambos é a falta de interesse dos alunos
pela matéria.
Como afirma LIMA E VASCONCELOS, 2006: “A certeza é que essa falta de interesse
dos estudantes acaba desestimulando o educador a buscar metodologias do ensino
mais inovadoras e de avaliação mais criativas”.
Mas, o professor não deve deixar que esse problema desmotive-o, pois, isso se
torna um círculo vicioso, sendo que a consequência deste ato é crescimento da
falta de interesse dos estudantes pela disciplina.
Essa falta de interesse se dá entre outros motivos pela forma como é exposto os
conceitos da Química.
Maldaner e Piedade (1995) afirmam que:
os conceitos devem possibilitar ao estudante aprender de fato a Química, não
ficando limitado apenas em repetir definições ou usar fórmulas e palavras vazias
de significados. O ideal é que as palavras ou conceitos usados pelo estudante
fossem, com o tempo, construindo o seu modo de pensar.
Outra dificuldade destacada pelos professores é a carga horaria. Os conteúdos
são muitos para poucas horas em sala, e dinamiza-los é difícil com tal carga.
Strack et. al. 2009, p. 18-19 diz que:
à prática docente de muitos professores atualmente está comprometida com um
currículo rígido, que prestigia conteúdos desconectados entre si (ausência de
interdisciplinaridade) e, sobretudo, da realidade dos alunos, situação que cria
a desvalorização da aula como um local de construção e mudança, tanto dos alunos
quanto dos próprios professores .
Observou-se que os professores lecionam nos três períodos em salas com
mais de 35 alunos, ajustar os diversificados conteúdos com cada sala e ainda
promovendo se torna quase impossível, faltando assim tempo para dinamizar as
aulas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 3 ESTRUTURA FÍSICA
O processo de ensino está diretamente ligado ao educador, porém, por mais que
exista uma dedicação total, os resultados dependem da estrutura oferecida pela
escola ao educador e aos educandos.
A estrutura física da escola também é um fator que pode propiciar a condição de
ensino. Como propõe Bernardelli (2004), “o ensino da química seria bem mais
simples e agradável se fossem abandonadas as metodologias ultrapassadas muito
utilizadas no ensino tradicional e se investissem mais nos didáticos
alternativos”.
A escola possui somente uma sala com material visual, o que dificulta o
desenvolvimento de aulas mais produtivas, além de perde-se muito tempo
escrevendo em quadros os conteúdos, somente acompanhando no livro didático,
desmotiva o educando.
A escola tem um laboratório bem estruturado, com muitas vidrarias, alguns dos
reagentes nem foram abertos, estando à maioria deles vencidos, também tem quadro
escolar, bancos e bancadas, com espaço suficiente para uma turma com trinta
alunos. A justificativa apresentada pelo professor pelo não uso, esta
relacionada à falta de um técnico para auxilia-lo na preparação da aula. Esse
monitor seria responsável pelo laboratório, facilitando as aulas, não deixando o
professor sobrecarregado. Sem o monitor não têm condições de o professor
preparar o conteúdo da aula, preparar as vidrarias, reagentes, e depois do
término da aula, organizar o laboratório, no intervalo de uma aula e outra.
E como a experimentação é muito importante na atividade pedagógica porque
permite ao aluno visualizar como é e como acontece a Química, investir num
monitor de laboratório é investir numa melhor aprendizagem.
[...] é necessário perceber que o experimento faz parte do contexto de
sala de aula e que não se deve separar a teoria da prática
CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO
Conclui-se que as dificuldades que os professores encontram estão de modo geral
ligadas a especialidade que atua não ser a de sua formação.
Uma realidade do aprendizado no campo de estudo realizado está diretamente
ligada ao profissional habilitado à área. Observando-se os dados encontrados a
formação didática pedagógica para a área não se encaixa no campo de educandos na
escola. E os que possuem habitação na área, reconhecem não ter conhecimento, nem
orientação adequada para realização de experimentos.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BIBLIOGRAFIA
LIMA, K. E. C., & VASCONCELOS, S. D (2006). Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, p. 397-412.
CHASSOT, A. 1990. A Educação no Ensino de Química. Ijuí, UNIJUÍ, p. 117
MALDANER, O. A., & PIEDADE, M. C. T (1995). Repensado a Química: a formação de equipes de professores / pesquisadores como forma eficaz de mudança da sala de aula em química. Química Nova na Escola, p. 15-19.
STRACK, R., MARQUES, M., & DEL PINO, J. C. (2009). Por um outro percurso da construção do saber em educação química. Química Nova na Escola, p. 18-22.
BERNADELLI, M.S., Encantar para Ensinar: um procedimento alternativo para o ensino de psicoterapias corporais. Foz do Iguaçu. Anais 2004. Centro Reichiano.
SEED. Diretrizes curriculares de Química para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
HODSON, D. Experiments in Science and Science Teaching. Educational Philosophy and Theory, p. 53-66, 1988.
TARDIF M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação, v. 13, p. 5-24, 2000.