Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4
ÁREA: Ensino de Química
TÍTULO: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES SOBRE O CONSUMO DE SACOLAS PLÁSTICAS: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE.
AUTORES: Silva, A.C.P. (UFCG) ; Silva, E.F. (UFCG) ; Cardoso, R.A.S. (UFCG) ; Freitas, J.C.R. (UFCG) ; Freitas, L.P.S.R. (UFCG)
RESUMO: Este trabalho teve por objetivo investigar as percepções de estudantes da educação
básica sobre as sacolas plásticas e os impactos ambientais causados pelo seu uso
indiscriminado. A investigação foi realizada com 83 estudantes do 1°; 2° e 3° anos
do Ensino do Médio de uma escola publica do estado da Paraíba, tendo seus dados
sido coletados por meio de um questionário semi-estruturado. Os resultados desta
pesquisa nos leva a refletir acerca da relevância do papel da escola em relação à
Educação Ambiental, sendo esta um importante vetor na contribuição para a
construção desses valores.
PALAVRAS CHAVES: Ensino de Química; Meio ambiente; Sacolas plásticas
INTRODUÇÃO: Quando se fala em sustentabilidade e poluição ambiental, as sacolas plásticas e
o seu uso de forma indiscriminado, é sempre tema de debate e tem despertado
importantes discussões. Por ainda serem largamente empregadas para fins de
transporte de produtos adquiridos e reutilizadas no acondicionamento de lixo
doméstico, as sacolas plásticas utilizadas de forma não consciente tem sido um
dos materiais de consumo que mais tem batido o recorde em poluição e degradação
ambiental. Segundo Neto et al (2011) o crescimento significativo de lixo não
biodegradável, junto à dificuldade de reciclagem desse tipo de material, faz
crescer o desafio de se desenvolver materiais biodegradáveis com características
que permitam a sua utilização. Propriedades como, maleabilidade, leveza e
resistência destacam os aspectos positivos desse produto, principalmente para
fins de transporte e proteção de mercadorias, porém, sua durabilidade ressalta
seu aspecto negativo. Por possuir baixa degradabilidade, as sacolas plásticas
podem levar de 100 á 400 anos para se decompor no meio ambiente por ação de
fungos e bactérias, além de causar poluição visual, entupimento de bueiros e
interferência na alimentação de animais. Em razão dessa realidade, a educação
ambiental é um fator indispensável para que uma mudança de consciência de fato
ocorra, pois, de acordo com Neto et al (2011) através dessa nova consciência,
atingiremos uma meta de responsabilidade com o futuro do nosso planeta, em
função de colaborar com novos hábitos que sejam ecologicamente corretos. Diante
dessa problemática, este trabalho teve por objetivo investigar as percepções de
estudantes da educação básica sobre as sacolas plásticas e os impactos
ambientais causados pelo seu uso indiscriminado.
MATERIAL E MÉTODOS: Esse trabalho apresenta uma pesquisa de caráter qualitativo e descritivo. Tendo
sido realizado com 83 estudantes do 1°; 2°; 3° anos do ensino do médio de uma
escola publica do estado da Paraíba. Seus dados foram coletados por meio de um
questionário semi-estruturado versando questões referentes à conceituação de
sacolas plásticas e a relação de seu uso e descarte com meio ambiente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O plástico é um dos materiais mais consumido pelo ser humano. E com sua produção
em larga escala, traz um problema de difícil solução em relação ao seu
reaproveitamento. Os estudantes ao serem questionados a respeito de qual a maior
vantagem de utilização das sacolas plásticas e se conheciam algum malefício
causado pelo uso das mesmas, a maioria respondeu que as utilizam para
transportar ou guardar objetos, mesmo sabendo dos problemas que podem causar ao
meio ambiente. A maioria também respondeu que não se preocupam em utilizar menos
sacolas, mas que, geralmente procuram reutilizá-las em cestos de lixo. Quanto às
questões relacionadas aos tipos e constituintes das sacolas retornáveis, a
maioria declarou já ter visto nos supermercados, porém não conheciam os
componentes que constituíam as mesmas. Ficou claro ainda nas respostas dos
estudantes que a maioria deles desconhecia a gravidade dos problemas ambientais
causados pelo uso indiscriminado das sacolas plásticas. Vianna (2010) coloca que
“esse tipo de desconhecimento pode ser atribuído a diversos motivos, tais como
deficiências no sistema educacional e uma não-cultura ambiental”. Frente a essa
problemática, Jacobi (2003) aponta para a necessidade de se multiplicarem as
práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e
à educação ambiental em uma perspectiva integradora. Jacobi (2003), ao falar a
respeito do papel da educação ambiental ainda coloca que “o educador tem a
função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los
como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no
conceito da natureza.”
CONCLUSÕES: Os resultados apontados nesta pesquisa nos leva a uma reflexão a cerca da
relevância do papel da escola em relação à Educação Ambiental, sendo a escola um
importante vetor na contribuição para a construção desses valores, uma vez que,
através da problematização de situações reais, pode fazer a relação entre os
conteúdos trabalhados no âmbito da sala de aula e a realidade do cotidiano que
envolve estudante.
AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem a Universidade Federal de Campina Grande - UFCG e a
ecretaria de Educação do Estado da Paraíba - SEE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. In: Cadernos de Pesquisa, nº 118:189-205. São Paulo: Fundação Carlos Chagas/Autores Associados. 2003.
NETO, H. H. P.; RANGEL, S. A.; DELATORRE, A. B.; AGUIAR, C. de J.; RODRIGUES, P. M. Sacolas Plásticas: Consumo Inconsciente. Revista online Perspectivas Online: Biologia e Saúde, Campos dos Goytacazes, v. 3, p. 50-70, 2011.
VIANA, M. B. Sacolas Plásticas: Aspectos Controversos de seu uso e iniciativas legislativas. Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Centro de Documento e Informação. 2010. Disponível em http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php /CBS/article/view/107/57 acessado em 12/01/2013.